COSMÉTICOS,ALIMENTOS E MEDICAMENTOS:INGREDIENTES QUE VOCÊ DEVE EVITAR

 

 

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Ingredientes que você deve evitar em cosméticos, alimentos e medicamentos
 
Não é costume dos brasileiros, mas fazer questão de saber quais são ingredientes de um cosmético antes de comprá-lo é essencial. Diariamente somos bombardeados por inúmeras substâncias químicas que nós não conhecemos nem o nome, mas elas podem provocar danos à nossa saúde.
A maioria das pessoas só se preocupa com os parabenos e acham que se um produto não os contém, é seguro. Você já ouviu falar de retinil palmitato, oxibenzona, triclosan? Saiba que embora você quase não ouça falar muito dessas substâncias, elas são ainda mais polêmicas que os parabenos.
O intuito desse post é informar, dar um pequeno alerta sobre o que podemos encontrar nos cosméticos que usamos diariamente. Ninguém é obrigado é usar produtos naturebas, orgânicos, mas no mínimo você precisa ter discernimento e conhecer os ingredientes do produto que você usa, saber se ele pode eventualmente te fazer mal ou não!

Triclosan

Triclosan é um agente antibacteriano e conservante frequentemente encontrado em desodorantes, cremes dentais, sabonetes líquidos ou em barra, produtos antiacne. Segundo o Environmental Working Group (EWG) - organização americana que, dentre outras coisas, é especializada em pesquisa nas áreas de produtos químicos tóxicos – o Triclosan está ligado a distúrbios endócrinos (mesmo em baixas concentrações), bioacumulação (com o tempo, sua atividade antibacteriana torna-se ineficaz) e é classificado como alergênico (pele, olhos e pulmões) pela União Europeia.
Em 2010, a FDA publicou um comunicado alertando o consumidor de que embora o Triclosan ainda seja considerado seguro, ele passará por uma análise mais aprofundada, já que alguns estudos apontam desregulação hormonal por conta do ingrediente.

Alumínio (aluminum powder) e derivados (magnesium aluminum silicate, por exemplo)

Nesse post eu falo sobre o assunto, vale a pena dar uma lida. Outra informação adicional sobre o alumínio (e outros ingredientes que o contenha) é que frequentemente ele é associado a danos no sistema nervoso, ou seja, é apontado como uma possível neurotoxina (fonte).

Chumbo

Não tem função alguma nos cosméticos e nem é acrescentado a eles intencionalmente. No entanto, muitos batons têm sido contaminados por esse metal pesado (que pode causar danos preocupantes ao organismo). Aqui falei sobre isso.

Benzophenone-3, também conhecida como Oxibenzona ou Oxybenzone (em inglês)

Oxibenzona é um ingrediente comumente encontrado em protetores solares, cuja função primária é absorver a luz ultravioleta. Foi banida na Suécia e segundo o EWG, o ingrediente pode causar disfunção hormonal, absorve através da pele em quantidades significativas e contamina os corpos de 97% dos norte-americanos (de acordo com Centro de Controle e Prevenção de Doenças, agência federal americana responsável por administrar programas nacionais de prevenção e controle de doenças contagiosas).
Além disso, em 2006, o SCCP (Scientific Committee on Consumer Products) Europeu considerou a Oxibenzona como um possível ingrediente alergênico e fotoalergênico (isto é, torna o usuário mais sensível à luz solar).
Tanto a Academia Americana de Dermatologia quando a FDA consideram o ingrediente seguro, contrariando os resultados relativamente negativos que vêm sendo publicados acerca da Oxibenzona a partir dos anos 2000. Para complementar a polêmica, um artigo da AOL aponta a falta de regulamentação e supervisão necessárias por parte da FDA acerca da segurança dos protetores solares atuais.

PABA (também conhecido como aminobenzoic acid ou ácido aminobenzóico)

Tem como função filtrar a radiação ultravioleta. Está na lista de ingredientes “restritos ou proibidos” pelo governo canadense e segundo o EWG, pode ser absorvido pela pele, causar dermatite de contato e fotossensibilidade. Além disso, o PABA pode gerar radicais livres e danificar o DNA das células, aumentando o risco de cancro e, consequentemente, câncer.
  • Veja aqui sobre os ingredientes polêmicos encontrados nos protetores solares convencionais

Retinil palmitato e Retinol

Retinil palmitato é um ingrediente composto de ácido palmítico e de Retinol (vitamina A) comumente encontrado em hidratantes faciais e corporais, produtos anti-idade, batons, bases, blushes, dentre outros. Segundo o EWG, quando exposto à luz ultravioleta, os compostos de retinol se quebram e produzem radicais livres tóxicos que podem danificar o DNA e causar mutações genéticas (precursoras do câncer).
A FDA demonstrou certa preocupação acerca da aplicação diária de vitamina A (retinol) na pele: cremes podem acumular um nível suficientemente elevado de vitamina A no corpo da mulher, podendo ser tóxico para o feto em desenvolvimento. Além disso, o EWG relaciona o retinol a males como toxidade cutânea, formação de tumores, toxidade reprodutiva.

Parabenos (Ethylparaben, Methylparaben, Propylparaben, dentre outros)

Com certeza vocês já devem ter ouvido falar dos polêmicos parabenos, conservantes largamente utilizados pela indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética. Eles geralmente vem acompanhados dos nomes Metil, Butil, Propil, Etil, Isobutil, Isopropil e são facilmente identificáveis nos ingredientes dos mais variados cosméticos.
Segundo o EWG, há fortes evidências de que os parabenos tenham ação estrógena. No final de 1998, a equipe do pesquisador John Sumpter da Universidade de Brunel, Grã-Bretanha, publicou um trabalho identificando os parabenos como mimetizadores estrogênicos, o que pode gerar disfunções no comportamento hormonal e aumentar a suscetibilidade ao câncer de mama, por exemplo.
Um estudo publicado na Revista de Cosmetologia afirma: “há razão para preocupação sobre os efeitos endócrinos dos parabenos devido à alta exposição humana a esses compostos. Ainda existem dúvidas sobre sua toxicidade e seu metabolismo, sendo necessário conduzir mais estudos”.

Mineral oil ou Paraffinum Liquidum (óleo mineral)

Aqui no blog já foi feito um post sobre porque devemos evitar o óleo mineral: pode obstruir os poros, acumular na pele e cabelos, não possui qualquer valor nutritivo, pode ocasionar envelhecimento cutâneo, além de interferir nos mecanismos de hidratação natural da pele. Além disso, em 2002, um estudo do National Toxicology Program trouxe limitadas evidências sobre o óleo Mineral ser cancerígeno quando inalado (em produtos aerossol).

Phenoxyetanol

O phenoxyethanol é um conservante que previne a formação de microorganismos e também costuma a ser usado em fragrâncias, como estabilizador. Segundo o EWG, na União Europeia o phenoxyethanol é classificado como um componente alergênico. Além disso, estudos apontam o phenoxyetanol como uma possível neurotoxina, ou seja, pode afetar o sistema nervoso a médio e longo prazo. Há alguns anos, um alerta da FDA também apontou efeitos neurológicos do phenoxyetanol.

Benzyl alcohol (álcool benzílico) e Sodium benzoate (benzoato de sódio)

O álcool benzílico pode causar alergia, ressecamento da pele e danos através dos radicais livres, lado a lado com o álcool etílico, metanol, álcool isopropílico e álcool SD, segundo o site Paula’s Choice.
De acordo com o site Truth in Aging, embora o sodium benzoate em si seja considerado um ingrediente relativamente seguro, ele é frequentemente encontrado nas fórmulas que também contêm vitamina C ou E, e essa combinação pode gerar o benzeno, que é cancerígeno.
Em maio de 2007, um professor de biologia molecular e biotecnologia da Universidade de Sheffield e especialista em envelhecimento chamado Peter Piper ligou os benzoatos a danos celulares. Segundo ele, o conservante causa um aumento da produção de radicais livres, relacionados a doenças graves e ao envelhecimento. Outra pesquisa feita por ele em 1999 apontou que os benzoatos podem atacar as mitocôndrias das células.

Etanolaminas (DEA, MEA, TEA – diethanolamine, monoethanolamine e triethanolamine, respectivamente) e compostos que levem DEA, MEA e TEA no nome (ex: Cocamide DEA, Cocamide TEA, TEA-Lauryl Sulfate, etc)

Etanolaminas são compostos de amônia usados ​​em cosméticos como emulsificantes e agentes de formação de espuma. The Material Safety Data Sheet observa que a exposição prolongada a esses compostos pode resultar em insuficiência hepática, renal ou lesão do sistema nervoso (fonte). Também observa que os estudos em animais com a DEA e a MEA têm mostrado uma tendência para estimular a formação de tumores e causar anormalidades no desenvolvimento de um feto. Segundo a FDA, o Programa Nacional de Toxicologia (NTP) concluiu um estudo em 1998 que encontrou uma associação entre a aplicação tópica de DEA e seus derivados e câncer (leia mais).

Sodium Lauryl Sulfate (SLS) ou Lauril Sulfato de Sódio

Um dos agentes de limpeza mais usados: você vai encontrá-lo em shampoos, detergentes, sabonetes, etc. É um ingrediente irritante (assim como o Ammonium lauryl sulfate), tende a ressecar a pele e os cabelos e é considerado comedogênico. De acordo com o Journal of the American College of Toxicology (fonte), o SLS pode desnaturar as proteínas da pele e ser absorvido pela mesma. Além disso, o SLS é considerado uma toxina ambiental, ou seja, polui o meio ambiente.

Benzyl Benzoate

É usado como solvente, conservante, pode causar dermatite de contato, alergias e seu uso é restrito em fragrâncias. Listado como alergênico pela União Europeia. Estaria associado a distúrbios endócrinos (fonte: Truth in Aging, EWG) e danos no sistema nervoso, principalmente em crianças (fonte).

Tocopheryl Acetate (Acetato de Tocoferol)

É usado como antioxidante e pode causar alergia/dermatite de contato; estudos apontam formações de tumores em altas doses desse composto (fontes: EWG; Truth in Aging). Várias marcas chamam o Acetato de Tocoferol de “vitamina E”, mas não é. A vitamina E natural é o tocoferol (tocopherol), não o Acetato de Tocoferol!

Tolueno (toluene), formol ou formaldeído (formaldehyde) e DBP (dibutil ftalato ou dibutyl phthalate)

O tolueno atua como solvente/antioxidante e é frequentemente encontrado em esmaltes (mas não só neles!), assim como o formol e o DBP. No EWG o tolueno tem no 10, ou seja, é extremamente nocivo. Segundo o EWG, o tolueno é altamente irritante, tóxico para o sistema respiratório e há evidencias limitadas de toxidade para o sistema cardiovascular, renal, dentre outros.
O formol é usado como conservante e desnaturante e tem nota 10 no EWG. Não é novidade para ninguém que o formol é comprovadamente cancerígeno (de acordo com o IARC), fortemente irritante e tóxico para o sistema respiratório. Assim como o tolueno e o formol, o DBP (que atua como solvente – dentre outros usos) tem nota 10 no EWG. O DBP é proibido na União Europeia, pode causar distúrbios endócrinos e é tóxico para o sistema respiratório.

Propylene Glycol

Atua como agente umectante e controlador de viscosidade, dentre outros usos. Está relacionado a possíveis alergias, dermatites de contato, além de poder intensificar a penetração de outros ingredientes na pele. Pode ser tóxico para o sistema reprodutivo.

PEGs (polyethylene glycols) e seus derivados

PEGs são amplamente usados ​​em cosméticos como agentes espessantes, emulsificantes, solventes, etc. Geralmente os PEGs vem acompanhados de números: PEG-100, PEG-7, PEG-8 (dentre centenas de outros) e esses números indicam o peso molecular aproximado do composto. Quanto menor for esse peso molecular, mais facilmente ele poderá penetrar na pele (e claro que isso depende da condição em que se encontra a mesma).
As preocupações relativas aos PEGs são que eles podem ser contaminados com impurezas: os PEG-4, PEG-7, PEG-4-dilaurato, PEG 100) podem ser contaminados com o Ethylene oxide (óxido de etileno), que é extremamente tóxico. Os PEG-6, PEG-8, PEG-32, PEG-75, PEG-150, por exemplo, podem ser contaminados com 1,4-dioxane, que é cancerígeno. Óbvio que os fabricantes atuam de modo a tentar eliminar essas contaminações, mas será que todos conseguem? Não estou segura acerca disso.
PEGs podem causar irritações e sensibilizações em peles predispostas e algo preocupante acerca desses compostos é que eles podem facilitar a penetração de outros ingredientes da fórmula do produto que o contiver. Definitivamente, os PEGs são extremamente polêmicos e devido ao seu amplo uso nos cosméticos, é mais seguro evitá-los.
 
 
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Para quem está chegando agora,  o intuito desse post, assim como o primeiro, é instruir e mostrar o que as pesquisas vem apontando sobre os ingredientes comumente encontrados em cosméticos convencionais (e alguns até em alimentos, medicamentos).
Como podem ver, são numerosas informações para você consultar, avaliar e decidir se você está disposta a se expor a essas substâncias. A maioria são polêmicas e ainda não há um consenso na comunidade científica sobre serem prejudiciais – apenas pesquisas, artigos. Mas o fato é que é ilusório desacreditar na possibilidade de que possam trazer males à saúde a médio e longo prazo.

BHT (Butylated hydroxytoluene)

O BHT é um conservante amplamente usado para prevenir a oxidação de óleos capilares/faciais/corporais, batons, bases (e até em alimentos como margarinas, lasanhas). Segundo o European Food Safety Authority, esse ingrediente é alergênico, tóxico para o sistema imune e tem limitadas evidencias de cancirogenicidade.
De acordo com EWG, um ou mais ensaios in vitro em células de mamíferos apresentaram resultados positivos para mutação e um ou mais estudos mostram a formação de tumores em doses elevadas. BHT foi proibido como conservante em alimentos em países como Japão, Romênia, Suécia e Austrália. No Brasil, infelizmente, ele é permitido, e bastante usado.

BHA (Butylated hydroxyanisole)

Assim como o BHT, o BHA é um conservante usado para prevenir a oxidação de produtos como batons, sombras. No EWG, esse ingrediente tem nota 9-10, numa escalada de risco que vai de 0 (inofensivo) a 10 (perigoso). O BHA está na lista de “ingredientes banidos ou considerados inseguros para uso em cosméticos” da União Europeia, além de ser indicado como alergênico pela mesma.
De acordo com o European Commission on Endocrine Disruption, o BHA é considerado um desregulador endócrino e para o IARC (International Agency for Research on Cancer), esse ingrediente é possivelmente cancerígeno. Como se não bastasse, o BHA pode ser bioacumulativo (ou seja, pode acumular no corpo de seres vivos).

DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea, Diazolidinyl urea

DMDM hydantoin, Imidazolidinyl urea e Diazolidinyl urea são conservantes frequentemente encontrados em produtos capilares (shampoo, condicionador, etc), hidratantes faciais, sombras. De acordo com o EWG, esses ingredientes são apontados como alergênicos e possíveis desencadeadores de dermatite de contato. Além disso, podem conter impurezas de formaldeído (cancerígeno e altamente alergênico) ou liberá-lo. Apesar de existirem alternativas sintéticas, os ingredientes Imidazolidinyl urea e Diazolidinyl urea também podem ser obtidos através de urina e outros fluidos corporais de mamíferos.

Fragrance/Parfum (fragrância/perfume)

Em um cosmético, a fragrância pode derivar de óleos essenciais/flores e plantas (como geralmente ocorre em cosméticos naturais/orgânicos) ou pode ser sintética. De acordo com o SCCNFP (The Scientific Committee on Cosmetic Products and Non-Food Products Intended for Consumers), fragrâncias sintéticas são tóxicas para o sistema imune. Tanto o SCCNFP quanto o Scientific Committee on Consumer Safety apontam as fragrâncias sintéticas como alergênicas. O EWG também indica que as mesmas possam ser tóxicas para o sistema respiratório.
Além de todos esses problemas, a “zebra” acerca das fragrâncias é que quando lemos “fragrance/parfum” em um rótulo, caso ela não seja de origem natural, pode significar que inúmeras substâncias químicas foram misturas de forma a produzir aquele cheiro (e quase sempre elas não vêm especificadas no rótulo, ou seja, você não sabe quais são).
Quando digo inúmeras estou sendo até generosa: mais de 3.000 substâncias químicas podem estar escondidas atrás dessa palavra (fonte), dentre elas os ftalatos (que podem causar distúrbios endócrinos e defeitos congênitos no sistema reprodutivo de meninos), o benzyl benzoate (já apresentado na parte 1 do post).

Cyclopentasiloxane (D5) e Cyclotetrasiloxane (D4)

D5 e D4 são ingredientes condicionantes usados em produtos capilares, hidratantes corporais e faciais. Segundo o Environment Canada, D4 e D5 são tóxicos, persistentes, e têm o potencial de bioacumulação em organismos aquáticos (fonte). A União Europeia também classifica D4 como um disruptor endócrino, ou seja, altera o sistema hormonal. Além disso, em 2009, o governo canadense declarou essas substâncias como potencialmente tóxicas.

Disodium EDTA

Nos cosméticos, atua de diversas maneiras, uma delas é aumentando a formação de espuma em shampoos, sabonetes, mas pode ser encontrado em outros tipos de cosméticos. Estudos apontam que ele pode atuar como um agente que aumenta a penetração de outros ingredientes (que estejam presentes na fórmula do produto) na pele, além de ser fracamente mutagênico (fonte).

Tetrasodium EDTA

Nos cosméticos, atua principalmente como “quelante”, sequestra e diminui a reatividade de íons metálicos que podem estar presentes num produto, e pode ser encontrado principalmente em shampoos e sabonetes. Segundo a União Europeia, esse ingrediente pode ser tóxico para os olhos, e o Environment Canada Domestic Substance List o classificou como “esperado para ser tóxico ou nocivo”. Além disso, assim como o Disodium EDTA, o Tetrasodium EDTA aumenta a penetração de outras substâncias na pele (fonte).

Talc (talco)

Atua de diversas maneiras: absorve umidade, como agente “deslizante”, ou seja, diminui o atrito. É frequentemente usado em sombras, bases, pó facial. Segundo o EWG, o talco pode ser contaminado com amianto, o que representaria riscos de toxicidade respiratória e câncer. Estudos do National Toxicology Panel demonstraram que talcos destinados a uso cosmético e livres de amianto são uma forma de silicato de magnésio, que também pode ser tóxico e cancerígeno.
Além disso, há evidencias limitadas de que ele possa causar toxicidade no sistema respiratórios se inalado. Segundo o IARC, o uso regular talco em órgão genitais é “possivelmente cancerígeno para humanos”.

Methylisothiazolinone e Methylchloroisothiazolinone

Em cosméticos, são usados como conservantes e encontrados principalmente em shampoos, condicionadores e sabonetes líquidos. Há fortes evidências de que possam ser tóxicos e alergênicos para a pele. Outras pesquisas também apontam o methylisothiazolinone como sensibilizador. Testes em células de mamíferos o indicaram como uma possível neurotoxina (fonte). Além disso, há evidências limitadas que o methylchloroisothiazolinone possa ser mutangênico (fonte).

Ingredientes com “-methicone” ou “-ol” [nesse últimos caso, quando o composto não for um álcool, claro] no final (ex: dimethicone, cyclomethicone, dimethiconol, etc)

São agentes umectantes e condicionantes, derivados de silicone, amplamente usados em produtos capilares, primers, bases. Além de serem apontados como toxinas ambientais, ou seja, poluem o meio ambiente, vários ingredientes derivados de silicone tendem a acumular na pele e cabelos, tornando-os pesados e opacos. Quando aplicados na pele, podem obstruir os poros, interferir nos mecanismos de hidratação natural da mesma (causando ressecamento) e há a possibilidade de ocorrer reações alérgicas (fonte).
O Environment Canada Domestic Substance List classifica o dimethicone e o cyclomethicone como “esperado para ser tóxico ou nocivo” (fonte: EWG). Quem estiver interessada em ir mais afundo, nesse site tem uma lista de vários ingredientes derivados de silicone. Não é preciso decorar todos, é óbvio, mas os mais populares já foram citados logo acima.

Sodium Laureth Sulfate

É um “primo” do sodium lauryl sulfate – atua como agente de limpeza e costuma a ser bastante usado em shampoos, sabonetes em geral. É considerado mais polêmico que o sodium lauryl sulfate: Environment Canada Domestic Substance List aponta o ingrediente como “esperado para ser tóxico ou nocivo” e é considerado um ingrediente alergênico.
A maior preocupação acerca do Sodium Laureth Sulfate, além do surgimento de alergias (coceira no couro cabeludo, descamação do mesmo) e ressecamento, é que o ingrediente pode ser contaminado com impurezas de ethylene oxide, considerado cancerígeno e altamente tóxico, e 1,4-dioxane, também considerado cancerígeno e tóxico (fonte: EWG).

Chlorphenesin

É um conservante sintético comumente usado em hidratantes, protetores solares acima de FPS 30, produtos com proteção solar em geral, máscaras para cílios. Pode causar dermatite de contato e alergias, relaxar o músculo esquelético, deprimir o sistema nervoso central e causar depressão respiratória (respiração lenta ou superficial) em lactentes (fonte). A FDA alerta para que mulheres grávidas ou amamentando não usem cosméticos com esses ingredientes. O Cosmetic Ingredient Review (CIR) marcou o chlorphenesin como ingrediente de alta prioridade para revisão.

DMAE ou Dimethylaminoethanol

Amplamente usado em cosméticos anti-idade, hidratantes. Segundo um estudo canadense, o efeito anti-idade do DMAE se dá às custas de sua capacidade de danificar as células (fonte). Segundo o EWG, esse ingrediente pode causar alergias e toxicidade do sistema imune.

Petrolatum

Atuam como agente emoliente e umectante e é comumente usado em produtos capilares, máscara de cílios, até no Bepantol. O petrolatum (petrolato) pode ser contaminado com hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (polycyclic aromatic hydrocarbons – PAHs), que são apontados como cancerígenos (fonte).

Cetrimonium chloride

Em cosméticos, o cetrimonium chloride atua principalmente como conservante e agente de emulsão. É amplamente usado em shampoos, condicionadores, gel capilar. Há forte evidências de que o ingrediente seja tóxico ou alergênico. Além disso, é apontado como uma possível toxina ambiental (fonte).
 
 
Fonte:http://lookaholic.wordpress.com/category/guias/page/2/
 

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