Nua & Linda: novos cosméticos e aparelhos prometem deixar a pele firme e as curvas na medida em tempo recorde
Sentir-se bem – e segura – com o próprio corpo sem nenhuma peça de roupa é um grande desafio.
1. CELULITE
Principal queixa nos consultórios dermatológicos, a celulite atinge 90% das mulheres a partir da adolescência, segundo a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética. Reverter o problema – ou boa parte dele – é possível e requer hábitos relativamente simples. Seguir uma alimentação equilibrada (sem álcool, cigarro e excesso de sal), praticar exercícios com regularidade e aplicar diariamente cremes específicos com cafeína auxiliam a circulação e amenizam o aspecto de casca de laranja. “Nutricosméticos, conhecidos como pílulas da beleza, têm vitaminas formadoras de colágeno, antioxidantes, diuréticos e liporredutores, que melhoram a flacidez, a oxigenação e atuam como anti-inflamatórios naturais”, diz a dermatologista Mônica Aribi, de São Paulo. Massagens e aparelhos que estimulam a drenagem linfática, como o ultrassom Manthus, também são indicados.
Novidade hi-tech: Cellulaze. O novo laser, aprovado pela agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, deve chegar ao Brasil entre novembro e dezembro. As expectativas em torno dele são altas, já que a promessa é de eliminar a celulite com uma única aplicação. No tratamento, o médico introduz uma cânula que leva o laser sob a pele, na área atingida pela celulite. O local é aquecido de dentro para fora, destruindo as células de gordura e deixando a superfície lisa. A sessão irá custar a partir de R$ 4,5 mil*.
2. ESTRIAS
Comuns após a gravidez ou quando há variação rápida de peso, as linhas se instalam quando a pele sofre distensão. Para preveni-las, além de ficar atenta à balança, é importante consumir alimentos ricos em vitaminas C e E, como espinafre e nozes – que estimulam o colágeno –, beber no mínimo dois litros de água e usar hidratante todos os dias. No primeiro estágio, quando ainda estão avermelhadas, as estrias são mais fáceis de tratar. “Cremes com ácido retinoico e sessões de luz intensa pulsada renovam a pele e diminuem sua espessura”, diz Mônica Aribi. “Quando ficam esbranquiçadas, só mesmo métodos potentes, como lasers e intradermoterapia, um processo que injeta ácido hialurônico e vitamina C diretamente na estria. Isso faz que ela perca a intensidade.”
Novidade hi-tech: Células-tronco são a última palavra no tratamento de estrias brancas. Após a aplicação de um creme anestésico, um rolo com agulhas fininhas e curtas é disposto sobre a área atingida e, por meio de microperfurações, injeta o ativo na pele. “O produto utilizado é o Stem Cell Serum, que tem células-tronco extraídas de plantas. No corpo, elas estimulam os fibroblastos, responsáveis pela produção de colágeno e elastina. Há uma melhora de 70% nas linhas”, diz a dermatologista Mônica Aribi. O preço é outro atrativo. Com R$ 800*, é possível fazer cinco sessões do procedimento.
3. FLACIDEZ
A falta de firmeza costuma atingir pontos específicos do corpo, como braços, parte interna das coxas, bumbum e abdome. Ginástica localizada e dieta rica em proteínas estimulam a síntese de colágeno, que deixa a pele com tônus. Segundo a dermatologista Mônica Aribi, cremes e loções com silício orgânico, ginseng e o próprio colágeno ajudam a dar mais sustentação ao corpo. “No longo prazo, nutricosméticos em cápsulas, especialmente os feitos com DMAE (Ácido Dimetilaminoetanol) e licopeno, são boas alternativas. É possível notar o resultado após três meses de uso”, afirma.
Novidade hi-tech: Ulthera. É um ultrassom fracionado que penetra nas áreas mais profundas da derme e regenera as fibras musculares comprometidas, que resultam em flacidez. Além do efeito lifting, o aparelho estimula a síntese de colágeno – o que mantém a firmeza por mais tempo. Uma única sessão é suficiente. Ela sai por R$ 6 mil* para cada parte do corpo. Resultados começam a aparecer 60 dias após o procedimento.
4. VASINHOS
A predisposição genética é o principal motivo para a incidência dos vasinhos. Eles podem ser agravados por obesidade, sedentarismo, uso de hormônios – incluindo anticoncepcionais – e tempo excessivo em pé. Alimentação com pouca gordura, aliada a exercícios físicos – em especial caminhada, ciclismo e natação, que estimulam a circulação e não causam tanto impacto – amenizam o problema. “Não existem cremes eficazes para tratar as varizes”, diz Roberta Bibas, dermatologista do Rio de Janeiro. “Tonalizantes e autobronzeadores uniformizam a cor da pele, deixando os roxinhos menos aparentes.” Cosméticos que combatem o inchaço e o cansaço das pernas também reduzem o incômodo.
Novidade hi-tech: A injeção de glicose, conhecida como escleroterapia, foi repaginada. Nesse novo método, a medicação aplicada tem a forma de espuma. Esse “musse” é obtido por meio da mistura de polidocanol, um tipo de açúcar, com o ar. “Antes, o tratamento era menos eficiente e durava menos, pois o líquido era facilmente absorvido pela corrente sanguínea”, afirma Mônica Aribi. “Já nesse caso, como a espuma é densa, a concentração dentro dos vasinhos passa a ser maior”. O número de sessões, por R$ 350 (cada), varia conforme o caso.
5. MANCHAS
Existem vários tipos de marcas. As esbranquiçadas são mais frequentes em quem abusou do sol. As castanhas podem surgir em função de uma gestação, irritações e machucados da pele ou envelhecimento. Há também as manchas cinzas, comuns em joelhos e cotovelos, que aparecem por conta da fricção da pele com a roupa ou falta de hidratação. De acordo com a dermatologista Roberta Bibas, cosméticos são bons aliados, porém pouco adiantam sem o uso diário do protetor solar. “Cremes clareadores, com hidroquinona, ácido azelaico, arbutim e vitamina C na composição garantem ótimos resultados, dependendo do grau do problema”, diz.
Novidade hi-tech: Spectra. É um laser de média potência que elimina vários tipos de marcas escuras, incluindo melasmas, comuns após a gravidez. O aparelho emite pulsos de luz ultrarrápidos, que fragmentam a mancha em pedaços – depois, eles são absorvidos pelo organismo. Além de uniformizar o tom da pele, também melhora a textura. O método custa, em média, R$ 400* a sessão. É preciso voltar ao consultório cinco vezes, uma vez por semana.
6. GORDURA LOCALIZADA
De origem hereditária, o problema piora com má alimentação, sedentarismo e alterações hormonais. “Os ‘pneuzinhos’ se concentram nos culotes, flancos, coxas e barriga. Apesar de diminuírem, não somem por completo com dietas ou exercícios”, afirma Mônica Aribi. Cremes e géis com ação redutora atuam de forma moderada. Fórmulas com cafeína, chá verde, vitamina C e mentol descongestionam os tecidos e incentivam a queima da gordura persistente.
Novidade hi-tech: Coolsculpting. A técnica utiliza um método chamado criolipolise. Nele, as células de gordura são resfriadas a dois graus e, na sequência, totalmente destruídas. “Esse é o grande diferencial, pois as células morrem e não apenas diminuem. Uma única sessão reduz 25% da gordura localizada”, diz a dermatologista. O custo do tratamento é de R$ 2,5 mil* em média.
Barriga negativa: o abdômen dos sonhos pode ser conquistado
Bons aliados
1. Flacidez: Trilift Body Dermage, R$ 147. 2. Gordura localizada: Gel redutor Amêndoa L’Occitane, R$ 154. 3. Estrias: Creme SD Strivectin, R$ 250. 4. Celulite: Celslim 12h Anna Pegova, R$ 144. 5. Manchas: Clareador D. Blanc Dermatus, R$ 78. 6. Estrias: Cápsulas Striaction Nutricé, R$ 100
* Como os médicos são desaconselhados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) a revelar os valores das sessões, os preços foram pesquisados pela reportagem em setembro de 2012 sem a ajuda destes.
Fonte:http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/
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