Para cada fase da vida do homem, um cuidado especial
Urologia, dermatologia, nutrologia, ortopedia e cardiologia devem fazer parte da rotina de consultas dos homens
1 - UROLOGIA
Infância:
Na primeira fase da vida, é preciso analisar se os testículos do bebê estão posicionados corretamente no saco escrotal, o que deve acontecer até 1 ano e meio.
Até os 3 anos, a pele que recobre a glande deve se desgrudar dela. Caso isso não aconteça, é preciso operar. A fimose, quando não tratada, está associada a problemas como o câncer de pênis no futuro e aumentos dos casos de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo HPV.
Adolescência:
O primeiro cuidado é a orientação em relação ao uso de camisinhas para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
Nessa fase, também podem aparecer os sintomas de varicolece, que são varizes no cordão espermático. A doença leva ao aumento da temperatura na região, ao mau desenvolvimento testicular e, em alguns casos, até à infertilidade.
Adultos:
Após os 20 anos, as visitas ao urologista devem se tornar regulares por conta do risco de tumores nos testículos. Também é preciso analisar o saco escrotal para que o médico saiba se o paciente tem varicocele.
A partir dos 40 anos:
Nessa idade, o foco são os distúrbios hormonais. É quando se torna obrigatória a visita ao urologista, principalmente para avaliação precoce do câncer de próstata, ainda mais em pacientes com histórico familiar. O exame do PSA (Prova do Antígeno Prostático) analisa a quantidade dessa substância no sangue. Caso ela esteja elevada, o médico sugere novas análises — bem como o toque retal — para descobrir se, de fato, o homem está com câncer de próstata.
Também a partir dos 40 anos é que os distúrbios da sexualidade humana, que no caso do homem envolvem a incapacidade de ter ou manter uma ereção, ficam mais evidentes. A maioria dos casos tem tratamento.
Entre os 50 e os 60 anos:
A queda dos níveis de testosterona traz sintomas como irritabilidade e enfraquecimento dos músculos. É preciso procurar tratamentos de reposição hormonal.
Fontes: Aguinaldo Cesar Nardi, presidente da SBU e Rômulo Maroccolo, diretor da SBU em Brasília.
2 - DERMATOLOGIA
Independentemente da idade, a melhor forma de manter uma pele jovem é cuidando da saúde de forma global. Ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, evitar o álcool e não fumar são as principais atitudes de quem quer ter uma pele saudável. "O homem tem uma pele mais resistente que a mulher, mas, como ela, deve evitar o excesso de exposição ao sol, em qualquer idade, para não correr o risco de desenvolver o câncer de pele", afirma o dermatologista Gilvan Alves.
Infância:
Já nessa fase, o uso do protetor solar é obrigatório. Outro ponto importante é o cuidado com a alimentação: mesmo nas crianças, a obesidade causa um esticamento da pele que terá repercussão na idade adulta.
Adolescência:
Por ter uma pele mais espessa e com maior número de anexos cultâneos no rosto, os homens têm uma tendência maior à acne. Para evitar cicatrizes, o importante é tratar o problema logo no início, com laseres, como o de CO², e a luz intensa pulsada, diminuindo os riscos de marcas.
Idade adulta:
De acordo com Gilvan Alves, o sexo masculino não quer saber de tratamentos demorados de combate à velhice, preferindo aqueles mais imediatos, como o botox e os laseres. Contudo, é nessa fase que uma das maiores preocupações deles aflora: a calvície. De acordo com o dermatologista, o processo começa, para 80% dos que são afetados, entre os 18 anos e os 25 anos. "Os implantes, hoje, dão o melhor resultado. Mas há também tratamentos orais e tópicos."
Fonte: Gilvan Alves, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
3 - NUTROLOGIA
Infância:
A formação do paladar começa aqui. Nessa idade, os pais devem ficar atentos ao que dão aos filhos, pensando nos reflexos dessa dieta nas fases seguintes.
Adolescência:
O adolescente do sexo masculino tem um estirão mais tardio que o das meninas. Dessa forma, precisam se alimentar de fontes de proteínas, como as carnes magras, e também de carboidratos, como arroz, batata, cereais e massas.
Dos 20 aos 30 anos:
Faixa de consolidação do desenvolvimento hormonal e muscular, ela exige uma manutenção do suporte de carboidratos, mas com maior controle, já que a temporada de crescimento cessou. Também é preciso cuidado com o consumo de bebidas alcoólicas.
Dos 30 aos 40 anos:
A maior preocupação do homem passa a ser o sedentarismo. A procura por nutricionistas e nutrólogos deve acontecer de forma mais regular, não só para analisar os níveis de gordura corporal , mas para montagem de dietas a partir das características de cada homem.
Eles precisam também ficar mais atentos aos horários das refeições, principalmente aqueles com maior predisposição a engordar.
Dos 40 aos 50 anos:
A dieta deve continuar regrada, agora focando na perda de musculatura que o corpo tem com o avanço dos anos. A alimentação precisa ser rica em cálcio e proteínas.
Fonte: Liliane Oppermann, nutróloga.
4 - ORTOPEDIA
Nessa especialidade, não há exames específicos para cada idade. Contudo, o ortopedista Rogério Vidal diz que é cada vez mais comum homens na faixa dos 40 anos procurarem os consultórios para saber se estão preparados para a atividade física. "Não há exame específico para analisar essa possibilidade. O que sugerimos é que eles procurem orientação profissional para que possam ser avaliados, evitando lesões."
As atividades físicas são necessárias em qualquer idade e o risco das lesões não pode ser relacionado com a idade do homem. "O mais importante é ter controle sobre o esforço, sem abusar do próprio corpo." As avaliações envolvem a coluna, o joelho, relacionando ao peso do paciente.
Rogério diz que, neles, a osteoporose é mais tardia, o que faz com que os homens possam demorar mais tempo para começar a se preocupar com a reposição do cálcio. "Pacientes com atividade física regular têm menos problemas de disfunção erétil."
Fonte: Rogério Vidal, ortopedista.
5 - CARDIOLOGIA
A partir dos 20 anos:
O homem já deve começar a se preocupar com o controle dos níveis de glicerídios, triglicerídios e colesterol. É aqui que a medicina preventiva deve começar a atuar, principalmente naqueles que têm histórico familiar de problemas cardiovasculares.
A partir dos 30 anos:
Os homens devem procurar uma avaliação ergométrica que possa ajudar na indicação de uma atividade física ideal, muito importante nesse fase da vida, além do controle de peso e da orientação nutricional.
A partir dos 40 anos:
Além de avaliações físicas, devem ser feitas avaliações funcionais, anatômicas e estruturais do coração.
Acima 50 anos:
O homem deve procurar anualmente o cardiologista. Também precisa ficar atento aos níveis de ácido úrico. Recomenda-se analisar a formação de placas de gordura nas coronárias, focando diminuir os riscos de doenças cardiovasculares.
Fonte: Ana Cristina Ludovice, cardiologista na Clínica Vivid e membro da Sociedade Brasileira de Arritmologia.
6 - PEDIATRIA
O pediatra é o primeiro médico a ter contato com o bebê. Ele deve estar apto a identificar quaisquer anomalias na anatomia e na saúde da criança e, se preciso, encaminhá-la para a especialidade mais indicada ao tratamento. Ainda dentro do útero, podem ser diagnosticadas doenças no trato urinário, identificadas por meio de ultrassonografias.
Anormalidades no pênis e nos testículos não são tão raras nessa faixa etária. Os mais comuns são: hérnias inguinais (na região da virilha); hidroceles (acúmulo de líquido no escroto, que deve ser absorvido até 1 ano de idade); inflamações dos testículos (orquites); irregularidade na posição dos testículos, popularmente identificados como "mal descidos"; e as hipospádias, que são doenças que afetam, em graus variados, a anatomia de diferentes partes do pênis.
A maioria dos meninos apresenta, na infância, um problema facilmente identificável. A fimose é caracterizada por ser uma doença do prepúcio (a pele que recobre o pênis) e sua principal causa são as lesões inflamatórias ou traumatismo locais, frequentemente resultado na manipulação da pele para facilitar a higiene.
A maioria das doenças acima tem indicação de tratamento cirúrgico. Assim, ao ser diagnosticado o problema, o pediatra deverá encaminhar a criança para a avaliação de um cirurgião.
Fontes: Hélio Buson Filho, cirurgião e urologista pediátrico, e Samuel Dekermacher, membro da Sociedade Brasileira de Urologia e urologista pediátrico.
Infância:
Na primeira fase da vida, é preciso analisar se os testículos do bebê estão posicionados corretamente no saco escrotal, o que deve acontecer até 1 ano e meio.
Até os 3 anos, a pele que recobre a glande deve se desgrudar dela. Caso isso não aconteça, é preciso operar. A fimose, quando não tratada, está associada a problemas como o câncer de pênis no futuro e aumentos dos casos de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo HPV.
Adolescência:
O primeiro cuidado é a orientação em relação ao uso de camisinhas para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
Nessa fase, também podem aparecer os sintomas de varicolece, que são varizes no cordão espermático. A doença leva ao aumento da temperatura na região, ao mau desenvolvimento testicular e, em alguns casos, até à infertilidade.
Adultos:
Após os 20 anos, as visitas ao urologista devem se tornar regulares por conta do risco de tumores nos testículos. Também é preciso analisar o saco escrotal para que o médico saiba se o paciente tem varicocele.
A partir dos 40 anos:
Nessa idade, o foco são os distúrbios hormonais. É quando se torna obrigatória a visita ao urologista, principalmente para avaliação precoce do câncer de próstata, ainda mais em pacientes com histórico familiar. O exame do PSA (Prova do Antígeno Prostático) analisa a quantidade dessa substância no sangue. Caso ela esteja elevada, o médico sugere novas análises — bem como o toque retal — para descobrir se, de fato, o homem está com câncer de próstata.
Também a partir dos 40 anos é que os distúrbios da sexualidade humana, que no caso do homem envolvem a incapacidade de ter ou manter uma ereção, ficam mais evidentes. A maioria dos casos tem tratamento.
Entre os 50 e os 60 anos:
A queda dos níveis de testosterona traz sintomas como irritabilidade e enfraquecimento dos músculos. É preciso procurar tratamentos de reposição hormonal.
Fontes: Aguinaldo Cesar Nardi, presidente da SBU e Rômulo Maroccolo, diretor da SBU em Brasília.
2 - DERMATOLOGIA
Independentemente da idade, a melhor forma de manter uma pele jovem é cuidando da saúde de forma global. Ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, evitar o álcool e não fumar são as principais atitudes de quem quer ter uma pele saudável. "O homem tem uma pele mais resistente que a mulher, mas, como ela, deve evitar o excesso de exposição ao sol, em qualquer idade, para não correr o risco de desenvolver o câncer de pele", afirma o dermatologista Gilvan Alves.
Infância:
Já nessa fase, o uso do protetor solar é obrigatório. Outro ponto importante é o cuidado com a alimentação: mesmo nas crianças, a obesidade causa um esticamento da pele que terá repercussão na idade adulta.
Adolescência:
Por ter uma pele mais espessa e com maior número de anexos cultâneos no rosto, os homens têm uma tendência maior à acne. Para evitar cicatrizes, o importante é tratar o problema logo no início, com laseres, como o de CO², e a luz intensa pulsada, diminuindo os riscos de marcas.
Idade adulta:
De acordo com Gilvan Alves, o sexo masculino não quer saber de tratamentos demorados de combate à velhice, preferindo aqueles mais imediatos, como o botox e os laseres. Contudo, é nessa fase que uma das maiores preocupações deles aflora: a calvície. De acordo com o dermatologista, o processo começa, para 80% dos que são afetados, entre os 18 anos e os 25 anos. "Os implantes, hoje, dão o melhor resultado. Mas há também tratamentos orais e tópicos."
Fonte: Gilvan Alves, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
3 - NUTROLOGIA
Infância:
A formação do paladar começa aqui. Nessa idade, os pais devem ficar atentos ao que dão aos filhos, pensando nos reflexos dessa dieta nas fases seguintes.
Adolescência:
O adolescente do sexo masculino tem um estirão mais tardio que o das meninas. Dessa forma, precisam se alimentar de fontes de proteínas, como as carnes magras, e também de carboidratos, como arroz, batata, cereais e massas.
Dos 20 aos 30 anos:
Faixa de consolidação do desenvolvimento hormonal e muscular, ela exige uma manutenção do suporte de carboidratos, mas com maior controle, já que a temporada de crescimento cessou. Também é preciso cuidado com o consumo de bebidas alcoólicas.
Dos 30 aos 40 anos:
A maior preocupação do homem passa a ser o sedentarismo. A procura por nutricionistas e nutrólogos deve acontecer de forma mais regular, não só para analisar os níveis de gordura corporal , mas para montagem de dietas a partir das características de cada homem.
Dos 40 aos 50 anos:
A dieta deve continuar regrada, agora focando na perda de musculatura que o corpo tem com o avanço dos anos. A alimentação precisa ser rica em cálcio e proteínas.
Fonte: Liliane Oppermann, nutróloga.
4 - ORTOPEDIA
Nessa especialidade, não há exames específicos para cada idade. Contudo, o ortopedista Rogério Vidal diz que é cada vez mais comum homens na faixa dos 40 anos procurarem os consultórios para saber se estão preparados para a atividade física. "Não há exame específico para analisar essa possibilidade. O que sugerimos é que eles procurem orientação profissional para que possam ser avaliados, evitando lesões."
As atividades físicas são necessárias em qualquer idade e o risco das lesões não pode ser relacionado com a idade do homem. "O mais importante é ter controle sobre o esforço, sem abusar do próprio corpo." As avaliações envolvem a coluna, o joelho, relacionando ao peso do paciente.
Rogério diz que, neles, a osteoporose é mais tardia, o que faz com que os homens possam demorar mais tempo para começar a se preocupar com a reposição do cálcio. "Pacientes com atividade física regular têm menos problemas de disfunção erétil."
Fonte: Rogério Vidal, ortopedista.
5 - CARDIOLOGIA
A partir dos 20 anos:
O homem já deve começar a se preocupar com o controle dos níveis de glicerídios, triglicerídios e colesterol. É aqui que a medicina preventiva deve começar a atuar, principalmente naqueles que têm histórico familiar de problemas cardiovasculares.
A partir dos 30 anos:
Os homens devem procurar uma avaliação ergométrica que possa ajudar na indicação de uma atividade física ideal, muito importante nesse fase da vida, além do controle de peso e da orientação nutricional.
A partir dos 40 anos:
Além de avaliações físicas, devem ser feitas avaliações funcionais, anatômicas e estruturais do coração.
Acima 50 anos:
O homem deve procurar anualmente o cardiologista. Também precisa ficar atento aos níveis de ácido úrico. Recomenda-se analisar a formação de placas de gordura nas coronárias, focando diminuir os riscos de doenças cardiovasculares.
Fonte: Ana Cristina Ludovice, cardiologista na Clínica Vivid e membro da Sociedade Brasileira de Arritmologia.
6 - PEDIATRIA
O pediatra é o primeiro médico a ter contato com o bebê. Ele deve estar apto a identificar quaisquer anomalias na anatomia e na saúde da criança e, se preciso, encaminhá-la para a especialidade mais indicada ao tratamento. Ainda dentro do útero, podem ser diagnosticadas doenças no trato urinário, identificadas por meio de ultrassonografias.
Anormalidades no pênis e nos testículos não são tão raras nessa faixa etária. Os mais comuns são: hérnias inguinais (na região da virilha); hidroceles (acúmulo de líquido no escroto, que deve ser absorvido até 1 ano de idade); inflamações dos testículos (orquites); irregularidade na posição dos testículos, popularmente identificados como "mal descidos"; e as hipospádias, que são doenças que afetam, em graus variados, a anatomia de diferentes partes do pênis.
A maioria dos meninos apresenta, na infância, um problema facilmente identificável. A fimose é caracterizada por ser uma doença do prepúcio (a pele que recobre o pênis) e sua principal causa são as lesões inflamatórias ou traumatismo locais, frequentemente resultado na manipulação da pele para facilitar a higiene.
A maioria das doenças acima tem indicação de tratamento cirúrgico. Assim, ao ser diagnosticado o problema, o pediatra deverá encaminhar a criança para a avaliação de um cirurgião.
Fontes: Hélio Buson Filho, cirurgião e urologista pediátrico, e Samuel Dekermacher, membro da Sociedade Brasileira de Urologia e urologista pediátrico.
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