Os benefícios da fé
Fé: mais uma aliada contra a dor. Acreditar em Deus ou numa força superior, relacionadas ou não à religião; contemplar a natureza e sentir sua intensidade, beleza, imensidão; desenvolver ações sociais. Cada uma dessas atitudes, em geral, promove a sensação indescritível de bem-estar.
No caso da fé, desde os anos 80 questões em torno de sua importância vêm sendo estudadas e, atualmente, seus benefícios são indiscutíveis.
Pesquisa publicada em 2004 no São Paulo Medical Journal, da Associação Paulista de Medicina, concluiu que a prática da prece, por exemplo, guarda relação com a melhora da saúde de pacientes com câncer.
Outros estudos realizados revelam que quem tem doenças relacionadas ao estresse também apresenta melhora com a prática de preces e meditações. Isso vale ainda para pacientes que apresentam doenças crônicas – principal causa de morte e incapacidade no mundo – como obesidade, hipertensão, câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias.
Se o sistema neurológico está equilibrado, o estado psicológico fica propenso a trazer a sensação de esperança, de perdão, de amor e de altruísmo e desenvolve energias interiores de autocura
A explicação é simples. Segundo o dr. Marcelo Saad, médico fisiatra e coordenador do Núcleo de Estudos sobre a Religiosidade-Espiritualidade em Saúde (NERES), do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), com a espiritualidade desenvolvida, a pessoa tem um estado mental que induz ao equilíbrio neurofisiológico e dos hormônios, além de atuar favoravelmente na imunidade.
“E, se o sistema neurológico está equilibrado, o estado psicológico fica propenso a trazer a sensação de esperança, de perdão, de amor e de altruísmo e desenvolve energias interiores de autocura – o efeito placebo. A fé é ainda capaz de mobilizar a endorfina, o hormônio do bem-estar.”
De olho nos benefícios
Diante desse cenário, o HIAE criou o NERES, que faz parte do Grupo de Dor e Cuidados Paliativos. O objetivo é difundir informações científicas sobre os efeitos biológicos da fé, ministrar palestras para desmistificar o tema e apoiar a assistência espiritualista aos pacientes internados e a seus parentes.
Quando tratamos da dor das pessoas não estamos cuidando somente da parte biológica.
Em um primeiro momento, será enfatizada a importância da espiritualidade com as equipes assistenciais e, depois, divulgada por todo o Hospital, inclusive entre os pacientes, para que seja integrada ao serviço da instituição. Muitos profissionais, entre médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, já mostraram interesse em desenvolver trabalhos sobre essa questão.
O novo serviço a ser implantando será mais uma alternativa para prevenir e amenizar o mal-estar dos pacientes. O Grupo de Dor e Cuidados Paliativos disponibiliza tratamento multidisciplinar, que conta com o suporte de neurologistas, fisiatras, psicólogos e fisioterapeutas, além da dra. Fabíola Peixoto Minson, anestologista, e da dra. Ana Cláudia de Lima Quintana Arantes, geriatra.
“Quando tratamos da dor das pessoas não estamos cuidando somente da parte biológica. Cada um tem a sua crença e isso pode trazer benefícios no tratamento da doença. Com mais essa frente, o atendimento fica ainda mais completo e integral, contemplamos o ser humano como um todo”, explica a dra. Ana Cláudia.
Publicada em outubro/2007
Atualizada em novembro/2009
Fonte:http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/os-beneficios-da-fe.aspx
A fé diminue as taxas de mortalidade e o tempo de permanência no hospital
Foto: Shutterstock |
O QUE A FÉ FAZ PELA SUA SAÚDE
Saiba o que os pesquisadores concluíram sobre os benefícios da fé em sua saúde
Há tempos, religiosos e cientistas estudam a ligação da espiritualidade com a saúde. As pesquisas, no entanto, são pouco conclusivas. “Não há como medir a influência das orações no processo de recuperação”, pondera Marcelo Saad, coordenador do Comitê sobre Religiosidade do Hospital Israelita Albert Einstein. Um estudo feito por Harold G. Koenig, nos EUA, sugere benefícios em pacientes espiritualizados.
1-Mostram melhora no sistema imunológico e saúde vascular mais robusta.
2-Enfrentam situações adversas com mais sucesso.
4-Possuem menor tendência ao desenvolvimento de doenças como depressão (se deprimidos, recuperam-se mais rapidamente), hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC) e coronarianas.3-Passam menos tempo no hospital.
5-Apresentam baixa mortalidade.
6-Têm menor índice de suicídio.
Fonte:http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/o-que-a-fe-faz-pela-sua-saude/2189/
A ciência comprova que a espiritualidade pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Atenua também os sintomas de enfermidades como AIDS e câncer, além de melhorar a qualidade de vida e diminuir a violência
Texto: Samantha Cerquentani/ Fotos: Divulgação/ Adaptação: Letícia Maciel
A fé atua em diversas áreas cerebrais, principalmente no sistema límbico, que é responsável
pelas emorções.Foto: Divulgação. |
Existem muitas histórias de pessoas que diagnosticaram doenças e através da fé, ou crença em alguma religião que ajudou em alguma forma no tratamento: fazendo com que o paciente fique tranqüilo durante os procedimentos médicos, a aceitação de tratamentos mais delicados, recuperação em pós-operatórios, chegando até a cura total da enfermidade.
Esses exemplos e outras histórias que ouvimos são muito comuns na rotina dos hospitais de todo o mundo. Porém estão longe de ser crendice popular ou misticismo. A ciência comprovou que a fé pode curar. Nesse contexto é importante destacar que a espiritualidade e a religião são fatores diferentes. Para Niura Pandula, neuropediatra e pesquisadora da Universidade Paulista de São Paulo. (Unesp), a religião é uma somatória de dogmas e ritos preconizados por um determinado grupo. “Já a fé é a conexão com algo mais profundo, não precisa necessariamente estar ligada a nenhuma religião, mas sim com o exercício de ética, da moral, da caridade e da solidariedade”, explica.
Esses exemplos e outras histórias que ouvimos são muito comuns na rotina dos hospitais de todo o mundo. Porém estão longe de ser crendice popular ou misticismo. A ciência comprovou que a fé pode curar. Nesse contexto é importante destacar que a espiritualidade e a religião são fatores diferentes. Para Niura Pandula, neuropediatra e pesquisadora da Universidade Paulista de São Paulo. (Unesp), a religião é uma somatória de dogmas e ritos preconizados por um determinado grupo. “Já a fé é a conexão com algo mais profundo, não precisa necessariamente estar ligada a nenhuma religião, mas sim com o exercício de ética, da moral, da caridade e da solidariedade”, explica.
Espiritualidade e cura
O pesquisador e médico Francisco Habermann (Unesp-Botucatu), também afirma que o conceito de espiritualidade está ligado ao conhecimento da alma humana. “A espiritualidade independe de qualquer formalidade e ultrapassa o de religião”, complementa. A ligação entre espiritualidade e saúde é conhecida desde o início das culturas mais antigas. Mas, desde que a ciência começou provar as origens das doenças “físicas”, foi feita a divisão: religião cuida do espírito e ciência, do corpo.“Agora se sabe que além do corpo também temos o lado espiritual, e podemos unir ambos e chegarmos à espiritualização da medicina. Assim podemos fazer melhores diagnósticos e aprimorar os processos de cura”, diz o especialista Niura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a espiritualidade como um fator que não deve ser desprezado, porque pode gerar equilíbrio e declara que, quando ela é bem empregada, o resultado observado é um reflexo positivo na saúde psíquica, social e biológica, tal como o bem-estar do indivíduo.
E foi comprovado cientificamente que pessoas espiritualizadas podem diminuir o risco de alguns tipos dedoenças como as cardiovasculares, o diabetes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), infartos e insuficiência renal. Além de amenizar os sintomas de doenças crônicas como AIDS e câncer. Ao adquirir o autoconhecimento e a aceitação proporcionados pela fé, o indivíduo consegue mudar seus hábitos, como melhorar a alimentação, praticar atividade física, ter um sono reparador e manter o equilíbrio nos pensamentos e atitudes. A espiritualidade também ajuda a combater a depressão, já que atenua os sentimentos de amargura, raiva, estresse e mesmo ressentimentos. “A fé atua em diversas áreas cerebrais, principalmente no sistema límbico, que é responsável pelas emoções. Ela ainda reforça o sistema imunológico, prevenindo diversas doenças”, afi rma Ricardo Monezzi, pesquisador e psicobiólogo do Institutode Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele explica que os indivíduos espiritualizados, independentemente da religião, demonstram ser menos violentos, pois pensam no próximo, são altruístas e muitas vezes demonstram ser mais solidários. Além disso, pessoas espiritualizadas cometem menos suicídio, ficam menos tempo internadas nos hospitais e geralmente têm mais qualidade de vida. “Elas acreditam que a vida tem um objetivo e aceitam as adversidades com mais clareza e não se sentem desamparadas nos momentos difíceis”, relata o pesquisador Monezi.
E foi comprovado cientificamente que pessoas espiritualizadas podem diminuir o risco de alguns tipos dedoenças como as cardiovasculares, o diabetes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), infartos e insuficiência renal. Além de amenizar os sintomas de doenças crônicas como AIDS e câncer. Ao adquirir o autoconhecimento e a aceitação proporcionados pela fé, o indivíduo consegue mudar seus hábitos, como melhorar a alimentação, praticar atividade física, ter um sono reparador e manter o equilíbrio nos pensamentos e atitudes. A espiritualidade também ajuda a combater a depressão, já que atenua os sentimentos de amargura, raiva, estresse e mesmo ressentimentos. “A fé atua em diversas áreas cerebrais, principalmente no sistema límbico, que é responsável pelas emoções. Ela ainda reforça o sistema imunológico, prevenindo diversas doenças”, afi rma Ricardo Monezzi, pesquisador e psicobiólogo do Institutode Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele explica que os indivíduos espiritualizados, independentemente da religião, demonstram ser menos violentos, pois pensam no próximo, são altruístas e muitas vezes demonstram ser mais solidários. Além disso, pessoas espiritualizadas cometem menos suicídio, ficam menos tempo internadas nos hospitais e geralmente têm mais qualidade de vida. “Elas acreditam que a vida tem um objetivo e aceitam as adversidades com mais clareza e não se sentem desamparadas nos momentos difíceis”, relata o pesquisador Monezi.
Novo paradigma
Como tem reagido a medicina convencional diante dessa nova realidade? De acordo com Paulo de Tarso Lima, coordenador do Setor de Medicina Integrativa e Complementar do Programa Integrado de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e autor do livro Medicina Integrativa – a cura pelo equilíbrio (MG editores), os profissionais da saúde entenderam que o ser humano precisa cuidar do corpo, mente eespírito. E atualmente,em algumas escolas de medicina, os alunos já possuem matérias sobre a importância da espiritualidade no processo de cura. “Há um movimento global na área da saúde que identifica as necessidades dos pacientes e visa respeitar as decisões de cada um, independentemente das crenças ou valores”, afirma. Para que isso ocorra, a conversa entre paciente e médico é fundamental.
Com o diálogo, o profissional saberá no que a pessoa acredita e poderá informar que há bases científicas que comprovem que a espiritualidade auxilia no processo de cura. O médico deverá abordar o paciente de forma humana, entender e explicar o que há por trás das doenças e discutir como ele vê a doença e a cura. “Os médicos precisam respeitar seus pacientes. Escutá-los com atenção e indicar tratamentos que possam ajudar nesse processo”, explica Lima . A prática médica tem mostrado aos profissionais da saúde — convencionais ou não — a importância da fé como coadjuvante da cura dos males orgânicos. Além de curar, cultivar a fé muda os hábitos, torna os indivíduos mais saudáveis, atenua sintomas de doenças, pode levar à cura e traz um sentido na vida de cada um. Crer é preciso.
Com o diálogo, o profissional saberá no que a pessoa acredita e poderá informar que há bases científicas que comprovem que a espiritualidade auxilia no processo de cura. O médico deverá abordar o paciente de forma humana, entender e explicar o que há por trás das doenças e discutir como ele vê a doença e a cura. “Os médicos precisam respeitar seus pacientes. Escutá-los com atenção e indicar tratamentos que possam ajudar nesse processo”, explica Lima . A prática médica tem mostrado aos profissionais da saúde — convencionais ou não — a importância da fé como coadjuvante da cura dos males orgânicos. Além de curar, cultivar a fé muda os hábitos, torna os indivíduos mais saudáveis, atenua sintomas de doenças, pode levar à cura e traz um sentido na vida de cada um. Crer é preciso.
Cultivando a espiritualidade
Que crer é importante é um fato, mas como fortalecer a fé? Para cultivar a espiritualidade é preciso acreditar na vida, ser positivo e crer que há uma razão para os acontecimentos. Para Ricardo Monezzi, pesquisador e psicobiólogo do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é importante acreditar no próprio potencial e em dias melhores. “A fé é algo profundo, um sentimento que transcende o corpo, por isso é necessário confiar em uma força superior. É um processo individual, e cada um precisa descobrir como cultivar esse sentimento”, diz. Confira algumas dicas para aumentar a fé:
- Converse com pessoas espiritualizadas e busque conselhos.
- Conviva com o próximo, tentando sempre se colocar em seu lugar nas adversidades (seja altruísta e solidário).
- A meditação é um exercício cerebral que foca o pensamento e traz conforto e tranquilidade, além de melhorar a memória.
- Pratique técnicas de respiração: a maneira como respiramos pode afetar como pensamos e também como agimos.
- Conheça as terapias orientais que buscam estabelecer o equilíbrio da energia. Ioga é uma ótima opção.
- Concentre-se no dia de hoje. O amanhã é incerto e o passado não retorna. Pense que você só tem o dia de hoje para viver.
- Procure uma religião que combine com o que você acredita.
- Se mesmo assim tiver dificuldades, procure ajuda de um terapeuta. Com a terapia, você poderá encontrar algumas respostas e se reestruturar em momentos difíceis
Fonte:http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/a-fe-pode-curar/192/
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