Acreditar que idoso só combina com hidroginástica e caminhada é ideia ultrapassada(Foto: Getty Images)
Vida jovem: exercícios para idosos vão além da caminhada ou hidroginástica
01/10/2016 09h07 - Atualizado em 01/10/2016 09h07
Incentivo à atividade física, dentro dos limites do corpo, deve ser feito. E se o limite permitir correr, levantar peso e ganhar medalhas, não há motivos para agir diferente
Hoje é dia do idoso e por isso um bom momento para refletirmos a relação de pessoas nessa faixa etária com o esporte. Acreditar que idoso só combina com hidroginástica e uma caminhada em volta do quarteirão é uma ideia ultrapassada e que subestima a capacidade do corpo humano.
A corrida de rua, por exemplo, é um esporte com a faixa etária média elevada. Essa prática esportiva prolonga a expectativa de vida e é benéfica para os idosos, dentro dos limites físicos de cada um. O fato de a corrida ser um esporte de impacto pode trazer mais benefícios do que prejuízos, pois sabe-se que estimular o corpo com impacto ajuda na manutenção da densidade óssea, que tende a diminuir com o avanço da idade.
Além dos ossos, o passar dos anos também tem influência nos músculos, que perdem massa e força. Por isso, um treino de força periódico, como a musculação, o pilates ou o treinamento funcional, ajuda a manter o corpo forte, mais resistente e saudável.
Tivemos a oportunidade de ver nas Paralimpíadas um exemplo de que a idade por si só não é um fator limitante ao esporte. O nadador espanhol Sebastián “Chano” Rodríguez ganhou medalhas aos 56 anos de idade, competindo com atletas muito mais jovens. Ele ainda não entra na faixa etária considerada idosa, mas imagine se ele tivesse em algum momento se considerado “velho demais” para competir. Teríamos perdido a oportunidade de assistir a um nadador de alto rendimento inspirador.
A frase “esporte é saúde” se mostra verdadeira em qualquer idade. Ser idoso não obriga ao sedentarismo, pelo contrário. O incentivo à atividade física, dentro dos limites do corpo, deve sempre ser feito. E se o limite permitir correr, levantar peso e ganhar medalhas, não há motivos para limitá-lo.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
RAQUEL CASTANHARO
Fisioterapeuta formada e mestra em biomecânica da corrida na USP. Realizou pesquisa em biomecânica da coluna na Universidade de Waterloo, Canadá. Trabalha com fisioterapia e avaliação biomecânica em São Paulo e Jundiaí. www.raquelcastanharo.com.br
Fonte:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/10/vida-jovem-exercicios-para-idosos-vao-alem-da-caminhada-ou-hidroginastica.html
A corrida de rua, por exemplo, é um esporte com a faixa etária média elevada. Essa prática esportiva prolonga a expectativa de vida e é benéfica para os idosos, dentro dos limites físicos de cada um. O fato de a corrida ser um esporte de impacto pode trazer mais benefícios do que prejuízos, pois sabe-se que estimular o corpo com impacto ajuda na manutenção da densidade óssea, que tende a diminuir com o avanço da idade.
Além dos ossos, o passar dos anos também tem influência nos músculos, que perdem massa e força. Por isso, um treino de força periódico, como a musculação, o pilates ou o treinamento funcional, ajuda a manter o corpo forte, mais resistente e saudável.
Aos 56 anos, Sebastian Rodriguez, de vermelho, ganhou medalhas (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB)
A frase “esporte é saúde” se mostra verdadeira em qualquer idade. Ser idoso não obriga ao sedentarismo, pelo contrário. O incentivo à atividade física, dentro dos limites do corpo, deve sempre ser feito. E se o limite permitir correr, levantar peso e ganhar medalhas, não há motivos para limitá-lo.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
RAQUEL CASTANHARO
Fisioterapeuta formada e mestra em biomecânica da corrida na USP. Realizou pesquisa em biomecânica da coluna na Universidade de Waterloo, Canadá. Trabalha com fisioterapia e avaliação biomecânica em São Paulo e Jundiaí. www.raquelcastanharo.com.br
Fonte:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/10/vida-jovem-exercicios-para-idosos-vao-alem-da-caminhada-ou-hidroginastica.html
Idosos que praticam exercícios físicos diários podem viver por mais tempo
Pesquisa afirma que pessoas da terceira idade que praticam ao menos meia hora de atividade física por dia vivem cinco anos a mais. Orientação profissional é importante
Várias pesquisas apresentadas em Congressos de Cardiologia e de Geriatria afirmam que uma pessoa de 60 anos, fisicamente ativa, tem capacidade física próxima de uma pessoa com 20 anos ou até menos. Além disso, as doenças degenerativas que se manifestam terão um curso menos grave e com maior chance de recuperação do que numa pessoa sedentária. A British Heart Foundation alerta para o fato de que o número de pessoas ativas é muito aquém do esperado: "Fazer atividades físicas regulares, seja em que idade for, é benéfico para a saúde de seu coração e isso faz você viver mais tempo".
A avaliação médica é sempre obrigatória e direcionada para essa faixa etária. Algumas academias ainda utilizam um questionário superado e um termo de responsabilidade pessoal sobre sua própria saúde, sem qualquer valor jurídico, no lugar da avaliação médica.
Já contabilizamos algumas arritmias, crise de hipertensão arterial e angina do peito naquele exame físico dito ''ergométrico” inicial (atenção: não é um exame médico). Este exame pode ser feito por alguém que não é médico, mas que diz ser apto para avaliar os batimentos cardíacos, pressão, etc.
Um estudo recente quantifica esse benefício de uma maneira que deve fazer com que muita gente coloque um tênis e saia para caminhar no parque. Pesquisas da Universidade de Oslo concluíram que se exercitar pode aumentar em até cinco anos a expectativa de vida de um idoso. Mais do que isso, pode ser tão eficiente quanto parar de fumar.
Os pesquisadores acompanharam 5.700 noruegueses, entre 68 e 77 anos, durante 12 anos, e uma das conclusões foi a de que os idosos que praticavam ao menos três horas de atividades físicas por semana, viveram cerca de cinco anos a mais do que os sedentários. Assim, a prática de meia hora de exercícios seis dias por semana está ligada a uma redução de 40% no risco de morte em idosos. Publicado no "British Journal of Sports Medicine", o estudo mostrou que qualquer tipo de exercício, seja leve ou moderado, tem impacto na expectativa de vida.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
NABIL GHORAYEB
Doutor em Cardiologia pela FMUSP, Especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte, chefe do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital do Coração, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, além de ter recebido o Prêmio Jabuti de Literatura em 2000.www.cardioesporte.com.br
Fonte:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/02/idosos-que-praticam-exercicios-fisicos-diarios-podem-viver-por-mais-tempo.html
Idosos devem realizar atividades físicas sempre sob a supervisão de um profissional de educação física (Foto: Getty Images)
A medicina moderna e ética do envelhecimento saudável, que não tem nada a ver com antienvelhecimento, foi tema de recente artigo do Eu Atleta, onde se ressalta a obrigação de se exercitar nessa faixa de idade. A ausência de doenças não é sinônimo de saúde, a condição física e mental deve ser levada muito em conta. A decisão de iniciar uma atividade física é muito relevante. Lembrando que a orientação de um profissional de educação física é fundamental ( nada de ouvir blogueiros fitness, sem currículo profissional validado). A avaliação médica é sempre obrigatória e direcionada para essa faixa etária. Algumas academias ainda utilizam um questionário superado e um termo de responsabilidade pessoal sobre sua própria saúde, sem qualquer valor jurídico, no lugar da avaliação médica.
Já contabilizamos algumas arritmias, crise de hipertensão arterial e angina do peito naquele exame físico dito ''ergométrico” inicial (atenção: não é um exame médico). Este exame pode ser feito por alguém que não é médico, mas que diz ser apto para avaliar os batimentos cardíacos, pressão, etc.
Pessoas da terceira idade devem fazer um check up antes de começar a praticar exercícios físicos (Foto: Getty Images)
O que deve ser discutido na avaliação médica são os riscos da participação esportiva e o atual estado de saúde do paciente; a necessidade de reprogramação das medicações em uso e as condições ambientais do local do evento esportivo, já que uma temperatura abaixo dos 14 graus ou acima de 32 graus é extremamente perigosa para cardiopatas e idosos em geral. A obrigatória realização do teste ergométrico cardiológico, sempre até a exaustão, diminuirá o risco de uma avaliação clinica mal feita. Lembrando também da importância de seguir uma planilha de treinos com um profissional de educação física. Um estudo recente quantifica esse benefício de uma maneira que deve fazer com que muita gente coloque um tênis e saia para caminhar no parque. Pesquisas da Universidade de Oslo concluíram que se exercitar pode aumentar em até cinco anos a expectativa de vida de um idoso. Mais do que isso, pode ser tão eficiente quanto parar de fumar.
Os pesquisadores acompanharam 5.700 noruegueses, entre 68 e 77 anos, durante 12 anos, e uma das conclusões foi a de que os idosos que praticavam ao menos três horas de atividades físicas por semana, viveram cerca de cinco anos a mais do que os sedentários. Assim, a prática de meia hora de exercícios seis dias por semana está ligada a uma redução de 40% no risco de morte em idosos. Publicado no "British Journal of Sports Medicine", o estudo mostrou que qualquer tipo de exercício, seja leve ou moderado, tem impacto na expectativa de vida.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
NABIL GHORAYEB
Doutor em Cardiologia pela FMUSP, Especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte, chefe do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital do Coração, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, além de ter recebido o Prêmio Jabuti de Literatura em 2000.www.cardioesporte.com.br
Fonte:http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/02/idosos-que-praticam-exercicios-fisicos-diarios-podem-viver-por-mais-tempo.html
5+: exercícios indicados para os idosos
Nunca é tarde para adotar uma vida saudável. Por este motivo, o Eu Atleta montou uma lista de atividades físicas que podem e devem ser praticadas na terceira idade
A adoção de hábitos saudáveis é importante em todas as etapas da vida. Acreditar que a terceira idade é tarde demais para cuidar da saúde é um mito. Pelo contrário, a prática de atividades físicas adequadas pode prevenir doenças, retardar o declínio funcional, aumentar a longevidade e trazer mais qualidade de vida aos idosos.
A medida que o ser humano envelhece, torna-se ainda mais necessário permanecer ativo. Nesta fase da vida, as doenças não-transmissíveis são as principais causas de incapacidade e mortalidade. O sedentarismo, a alimentação inadequada e o tabagismo são os maiores fatores de risco na terceira idade.
- Antes de tudo, é importante saber quem é o idoso que vai praticar a atividade. As pessoas tendem a associar atividade física para essa faixa etária à hidroginástica, musculação e pilates.
Estas são excelentes atividades, mas o praticante pode ter sido lutador e gostar de lutar, ou corredor ou nadador, e preferir voltar a praticar essas atividades. O mais importante é ter orientação e saber como dar os primeiros passos - explica o preparador físico Gustavo Luz.
A prática regular de exercícios físicos também melhora a saúde mental, promove o contato social, reduz o risco de quedas e traz mais independência. Apesar destes benefícios, uma grande proporção de idosos leva uma vida sedentária na maioria dos países.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Para incentivar a prática regular de atividades físicas desta grande parcela da população, o Eu Atleta traz cinco sugestões de exercícios para esta fase da vida.
1. Dança
A dança é uma atividade física que pode ter várias intensidades de acordo com cada um. Além de trabalhar o corpo e a coordenação, é altamente indicadas para uma socialização com outras pessoas.
2. Natação
Atividade segura e com baixo risco de lesão. Trabalha a coordenação e, principalmente, o ritmo de respiração. Se o idoso já tiver praticado, melhor ainda. Os nados crawl, peito e costas são indicados e mexem a musculatura de uma forma global. O borboleta não precisa ser praticado.
3. Corrida
Por que não correr? Quase todo mundo pode correr se seguir um plano bem orientado e que respeite e acompanhe as evoluções. Não existe idade para começar a correr, encare isso como uma oportunidade.
4. Hidroginástica
Um trabalho de força e equilíbrio que pode trazer excelentes adaptações musculares. Como é praticada com mais de metade do corpo na água, é ótima opção para quem tem problema com equilíbrio, pois uma eventual queda tem consequências brandas.
5. Musculação
Atividade coringa, pois é ajustável para trabalhos específicos em qualquer parte do corpo. Como pesos e halteres são graduados, é possível fazer uma progressão suave. No início, os aparelhos podem ser mais eficientes. Com a prática, sugere-se fazer exercícios com peso livre.
Recente pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine, feita na cidade de Oslo, capital da Noruega, onde o consumo de gorduras animais e o tabagismo são fatores de risco bem presentes, demonstrou que a atividade física regular na maioria dos dias da semana (seis) e na intensidade moderada ou superior, trouxe em ambas, enorme benefício ao praticante.
No estudo de homens entre 60 e 70 anos, que rotineiramente faziam 30 minutos de exercício/dia, seis dias por semana, diminuíram em 40% o risco de morrer, durante um período de acompanhamento de 12 anos, em comparação com homens que eram sedentários. Mesmo pessoas ativas com mais de 73 anos viveram mais que os inativos fisicamente.
Na verdade, o exercício foi tão benéfico entre os homens nesse estudo que os seus efeitos foram semelhantes com o de parar de fumar, disseram os pesquisadores. As estratégias de saúde pública para idosos devem aumentar a atividade física, tanto quanto reduzir o comportamento de fumar.
As novas descobertas são baseadas nos resultados do Estudo de Oslo, que investigou 15.000 homens nascidos na Noruega entre 1923 e 1932. O estudo começou com um check-up em 1973, que incluiu uma avaliação de peso, altura, colesterol, pressão arterial, tabagismo e quanto eles exercitavam por semana.
Uma análise que começou em 2000 avaliou cerca de seis mil dos homens sobreviventes e isso resultou em novas descobertas. Foram repetidos exames e questionário, nos quais mantiveram a monitoração nos 12 anos seguintes.
Classificaram as pessoas em:
1- sedentária (assistir TV ou praticar leitura),
2- praticante de exercícios leves (andar ou pedalar menos de quatro horas semanais).
3- praticante de exercícios moderados (formal ou jardinagem pesada pelo menos quatro horas semanais),
4- praticante de exercícios vigorosos (treinamento intenso ou várias vezes praticava esportes competitivos semanais).
Na terceira idade, dores articulares e degenerativas aumentam e ocorre a redução
Como ortopedista, recebo muitos pacientes idosos com queixas de dores musculoesqueléticas generalizadas. Elas ocorrem pelo fato de o envelhecimento celular ocasionar uma desordem da homeostenose (perda de reservas orgânicas e funcionais que é uma característica inerente do avançar dos anos), promovendo declínio estimado de algumas funções e maior vulnerabilidade a doenças em todo o corpo como as cardiovasculares, infecções, neoplasias e no caso da minha especialidade: as artropatias e doenças degenerativas osteomusculares.
Na terceira idade (estabelecida a partir dos 65 anos pela Organização Mundial da Saúde) as dores articulares e degenerativas aumentam e ocorre a redução da capacidade funcional, por isso é importante manter a independência e prevenir a incapacidade, reabilitando esses pacientes e garantindo qualidade de vida. A atividade esportiva ajuda a prevenir e melhorar as condições físicas e mentais do paciente geriátrico, desde que bem orientado e medicado (quando necessário).
Muitos adultos com idades entre 65 anos ou mais, gastam em média, 10 horas ou mais por dia sentado ou deitado, tornando-os o grupo etário mais sedentário. Eles estão pagando um alto preço por sua inatividade, com maiores taxas de quedas, obesidade, doenças cardíacas.
Por isso, conforme envelhecemos, torna-se ainda mais importante permanecermos ativos, pois nossos corpos declinam a função e a atividade física ajuda a retardar essa degeneração, inclusive podemos falar até em progressão, ou seja, com o passar dos meses o condicionamento melhora e podem até ser intensificados. Atividade física nos ajuda a permanecer saudável, com energia e independente à medida que envelhecemos.
Há fortes evidências de que as pessoas que estão ativas têm um menor risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão e demência. Do ponto de vista ortopédico melhora a mobilidade articular, alongamento e flexibilidade, isso sem falar na resistência física e muscular que melhora com a prática esportiva.
Se você não tem dor e pratica esporte, irá reduzir o risco de doença mental, ser capaz de sair e ficar bem independente na velhice. É aconselhado a manter-se sempre em movimento. Pode começar com uma simples caminhada diária de 15 minutos, ou 3 vezes por semana de 20 minutos. Obviamente, esses valores terão que ser adequados a cada perfil.
Consideramos atividade física o que faz seu corpo se manter em movimento com aumento da frequência cardíaca em pelo menos acima de 10% da basal. Pode incluir desde uma simples caminhada até a prática de esportes coletivos. Idealmente, podemos tentar alguma coisa todos os dias, de preferência em episódios de 10 minutos ou mais. Uma forma de atingir o que a OMS considera ideal (150 minutos de atividade moderada) é fazer 30 minutos em pelo menos cinco dias por semana, sendo que 75 minutos de atividade rigorosa mais de uma vez por semana é tão benéfico quanto 150 minutos de atividade moderada.
Exemplos de atividades aeróbicas de intensidade moderada incluem andar rápido, dançar, hidroginástica ou natação, andar de bicicleta em terreno plano ou com poucas colinas, jogar tênis ou peteca de duplas. Além da parte aeróbica tente orientar fazer algumas atividades que trabalham os músculos. Isso pode incluir musculação, pilates, yoga, tai chi ou outras artes márcias.
Tarefas diárias, como fazer compras, cozinhar ou trabalho doméstico, não contam para seus 150 minutos, porque o esforço não é forte o suficiente para aumentar a sua frequência cardíaca, embora eles ajudem a quebrar o tempo de sedentarismo.
Nunca é tarde demais para adotar um estilo de vida mais ativo. Adultos mais velhos que estão ativos irão reduzir risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral a um nível semelhante como as pessoas mais jovens que estão ativos. Se por outro lado esteve inativo por um tempo, você pode construir sua atividade gradualmente até atingir os níveis recomendados. Você ainda vai ver melhorar a sua saúde no processo, e vai ver reduzir o risco de quedas e de outras doenças.
Vamos começar?
**As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
ANA PAULA SIMÕES
Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo. Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva, médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. www.anapaulasimoes.com.br
Corrida melhora coordenação (Foto: Getty Images)
As mudanças do corpo com o envelhecimento também vêm acompanhadas de alterações em seu padrão de movimento. Os passos ficam mais curtos, a coluna mais curvada, e a eficiência da caminhada diminui, ou seja, a pessoa gasta mais energia para andar do que alguém mais jovem. Porém, pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA, descobriram que alguns idosos andam da mesma forma que jovens, com o mesmo gasto de energia. A peculiaridade desses idosos com melhor eficiência de energia é que eles são corredores.
A pesquisa avaliou trinta pessoas com em média 70 anos. Quinze delas faziam caminhadas de pelo menos meia hora 3 vezes por semana e as outras quinze corriam pelo menos 30 minutos também 3 vezes por semana. Os resultados mostraram que os corredores gastavam menos energia para andar (sendo a mesma quantidade de energia que um jovem sedentário gasta), davam passos de comprimento maior e tinham melhor coordenação nos movimentos.
A corrida melhorou a capacidade dos idosos ou eles só corriam porque já tinham mais capacidade em relação ao outro grupo? Esse tipo de estudo não permite responder a essa pergunta, mas é nítida a melhora da qualidade de vida de uma pessoa que pratica corrida. E aparentemente nunca é tarde demais, pois a maioria dos participantes desta pesquisa começou a correr somente por volta dos 60 anos.
Cada vez mais a ciência vem mostrando que atividades físicas um pouco mais intensas podem “rejuvenecer”, aumentar a espectativa de vida e trazer mais saúde ao dia a dia. Respeitando os limites e condicionamento do corpo, a corrida se mostra bem-vinda em qualquer idade.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
A medida que o ser humano envelhece, torna-se ainda mais necessário permanecer ativo. Nesta fase da vida, as doenças não-transmissíveis são as principais causas de incapacidade e mortalidade. O sedentarismo, a alimentação inadequada e o tabagismo são os maiores fatores de risco na terceira idade.
- Antes de tudo, é importante saber quem é o idoso que vai praticar a atividade. As pessoas tendem a associar atividade física para essa faixa etária à hidroginástica, musculação e pilates.
Estas são excelentes atividades, mas o praticante pode ter sido lutador e gostar de lutar, ou corredor ou nadador, e preferir voltar a praticar essas atividades. O mais importante é ter orientação e saber como dar os primeiros passos - explica o preparador físico Gustavo Luz.
A prática regular de exercícios físicos também melhora a saúde mental, promove o contato social, reduz o risco de quedas e traz mais independência. Apesar destes benefícios, uma grande proporção de idosos leva uma vida sedentária na maioria dos países.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Para incentivar a prática regular de atividades físicas desta grande parcela da população, o Eu Atleta traz cinco sugestões de exercícios para esta fase da vida.
A dança é uma atividade física que pode ter várias intensidades de acordo com cada um. Além de trabalhar o corpo e a coordenação, é altamente indicadas para uma socialização com outras pessoas.
Atividade segura e com baixo risco de lesão. Trabalha a coordenação e, principalmente, o ritmo de respiração. Se o idoso já tiver praticado, melhor ainda. Os nados crawl, peito e costas são indicados e mexem a musculatura de uma forma global. O borboleta não precisa ser praticado.
Por que não correr? Quase todo mundo pode correr se seguir um plano bem orientado e que respeite e acompanhe as evoluções. Não existe idade para começar a correr, encare isso como uma oportunidade.
Um trabalho de força e equilíbrio que pode trazer excelentes adaptações musculares. Como é praticada com mais de metade do corpo na água, é ótima opção para quem tem problema com equilíbrio, pois uma eventual queda tem consequências brandas.
Atividade coringa, pois é ajustável para trabalhos específicos em qualquer parte do corpo. Como pesos e halteres são graduados, é possível fazer uma progressão suave. No início, os aparelhos podem ser mais eficientes. Com a prática, sugere-se fazer exercícios com peso livre.
Expectativa de vida de idosos cresce com exercícios diários de 30 minutos
De acordo com estudo norueguês, homens entre 60 e 70 anos que fazem atividade física seis vezes por semana, seja ela moderada ou intensa, vivem por mais tempo
Recente pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine, feita na cidade de Oslo, capital da Noruega, onde o consumo de gorduras animais e o tabagismo são fatores de risco bem presentes, demonstrou que a atividade física regular na maioria dos dias da semana (seis) e na intensidade moderada ou superior, trouxe em ambas, enorme benefício ao praticante.
No estudo de homens entre 60 e 70 anos, que rotineiramente faziam 30 minutos de exercício/dia, seis dias por semana, diminuíram em 40% o risco de morrer, durante um período de acompanhamento de 12 anos, em comparação com homens que eram sedentários. Mesmo pessoas ativas com mais de 73 anos viveram mais que os inativos fisicamente.
Exercícios leves de 30 minutos contribuem para o aumento da expectativa de vida de idosos (Foto: Getty Images)
Na verdade, o exercício foi tão benéfico entre os homens nesse estudo que os seus efeitos foram semelhantes com o de parar de fumar, disseram os pesquisadores. As estratégias de saúde pública para idosos devem aumentar a atividade física, tanto quanto reduzir o comportamento de fumar.
As novas descobertas são baseadas nos resultados do Estudo de Oslo, que investigou 15.000 homens nascidos na Noruega entre 1923 e 1932. O estudo começou com um check-up em 1973, que incluiu uma avaliação de peso, altura, colesterol, pressão arterial, tabagismo e quanto eles exercitavam por semana.
Uma análise que começou em 2000 avaliou cerca de seis mil dos homens sobreviventes e isso resultou em novas descobertas. Foram repetidos exames e questionário, nos quais mantiveram a monitoração nos 12 anos seguintes.
Classificaram as pessoas em:
1- sedentária (assistir TV ou praticar leitura),
2- praticante de exercícios leves (andar ou pedalar menos de quatro horas semanais).
3- praticante de exercícios moderados (formal ou jardinagem pesada pelo menos quatro horas semanais),
4- praticante de exercícios vigorosos (treinamento intenso ou várias vezes praticava esportes competitivos semanais).
Velhice x sedentarismo: a importância da prática de atividade física por idosos
Na terceira idade, dores articulares e degenerativas aumentam e ocorre a redução
da capacidade funcional. Para retardar esses sintomas é necessário manter-se ativo
Como ortopedista, recebo muitos pacientes idosos com queixas de dores musculoesqueléticas generalizadas. Elas ocorrem pelo fato de o envelhecimento celular ocasionar uma desordem da homeostenose (perda de reservas orgânicas e funcionais que é uma característica inerente do avançar dos anos), promovendo declínio estimado de algumas funções e maior vulnerabilidade a doenças em todo o corpo como as cardiovasculares, infecções, neoplasias e no caso da minha especialidade: as artropatias e doenças degenerativas osteomusculares.
Na terceira idade (estabelecida a partir dos 65 anos pela Organização Mundial da Saúde) as dores articulares e degenerativas aumentam e ocorre a redução da capacidade funcional, por isso é importante manter a independência e prevenir a incapacidade, reabilitando esses pacientes e garantindo qualidade de vida. A atividade esportiva ajuda a prevenir e melhorar as condições físicas e mentais do paciente geriátrico, desde que bem orientado e medicado (quando necessário).
Por isso, conforme envelhecemos, torna-se ainda mais importante permanecermos ativos, pois nossos corpos declinam a função e a atividade física ajuda a retardar essa degeneração, inclusive podemos falar até em progressão, ou seja, com o passar dos meses o condicionamento melhora e podem até ser intensificados. Atividade física nos ajuda a permanecer saudável, com energia e independente à medida que envelhecemos.
Há fortes evidências de que as pessoas que estão ativas têm um menor risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão e demência. Do ponto de vista ortopédico melhora a mobilidade articular, alongamento e flexibilidade, isso sem falar na resistência física e muscular que melhora com a prática esportiva.
Consideramos atividade física o que faz seu corpo se manter em movimento com aumento da frequência cardíaca em pelo menos acima de 10% da basal. Pode incluir desde uma simples caminhada até a prática de esportes coletivos. Idealmente, podemos tentar alguma coisa todos os dias, de preferência em episódios de 10 minutos ou mais. Uma forma de atingir o que a OMS considera ideal (150 minutos de atividade moderada) é fazer 30 minutos em pelo menos cinco dias por semana, sendo que 75 minutos de atividade rigorosa mais de uma vez por semana é tão benéfico quanto 150 minutos de atividade moderada.
Exemplos de atividades aeróbicas de intensidade moderada incluem andar rápido, dançar, hidroginástica ou natação, andar de bicicleta em terreno plano ou com poucas colinas, jogar tênis ou peteca de duplas. Além da parte aeróbica tente orientar fazer algumas atividades que trabalham os músculos. Isso pode incluir musculação, pilates, yoga, tai chi ou outras artes márcias.
Tarefas diárias, como fazer compras, cozinhar ou trabalho doméstico, não contam para seus 150 minutos, porque o esforço não é forte o suficiente para aumentar a sua frequência cardíaca, embora eles ajudem a quebrar o tempo de sedentarismo.
Nunca é tarde demais para adotar um estilo de vida mais ativo. Adultos mais velhos que estão ativos irão reduzir risco de doença cardíaca e acidente vascular cerebral a um nível semelhante como as pessoas mais jovens que estão ativos. Se por outro lado esteve inativo por um tempo, você pode construir sua atividade gradualmente até atingir os níveis recomendados. Você ainda vai ver melhorar a sua saúde no processo, e vai ver reduzir o risco de quedas e de outras doenças.
Vamos começar?
**As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo. Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva, médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. www.anapaulasimoes.com.br
Idosos corredores "rejuvenescem" energia e têm melhor coordenação
Estudo mostra que pessoas mais velhas adeptas ao esporte podem se equivaler a jovens sedentários em relação ao rendimento dos movimentos
Corrida melhora coordenação (Foto: Getty Images)
A pesquisa avaliou trinta pessoas com em média 70 anos. Quinze delas faziam caminhadas de pelo menos meia hora 3 vezes por semana e as outras quinze corriam pelo menos 30 minutos também 3 vezes por semana. Os resultados mostraram que os corredores gastavam menos energia para andar (sendo a mesma quantidade de energia que um jovem sedentário gasta), davam passos de comprimento maior e tinham melhor coordenação nos movimentos.
A corrida melhorou a capacidade dos idosos ou eles só corriam porque já tinham mais capacidade em relação ao outro grupo? Esse tipo de estudo não permite responder a essa pergunta, mas é nítida a melhora da qualidade de vida de uma pessoa que pratica corrida. E aparentemente nunca é tarde demais, pois a maioria dos participantes desta pesquisa começou a correr somente por volta dos 60 anos.
Cada vez mais a ciência vem mostrando que atividades físicas um pouco mais intensas podem “rejuvenecer”, aumentar a espectativa de vida e trazer mais saúde ao dia a dia. Respeitando os limites e condicionamento do corpo, a corrida se mostra bem-vinda em qualquer idade.
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Eu Atleta no "É de Casa" mostra como os exercícios podem ajudar os idosos
Movimentos simples para serem feitos em casa combatem as principais perdas que
eles têm, como a força muscular, flexibilidade, mobilidade, equilíbrio e coordenação
Dicas de exercícios para os idosos fazerem dentro de casa. São os movimentos básicos para quem está sedentário começar a se mexer. O objetivo maior é combater as principais perdas que a pessoa idosa tem, como a força muscular, flexibilidade, mobilidade, equilíbrio e coordenação.
- Eles são básicos para quem é iniciante e não somente para os idosos. O importante é prestar atenção na execução do movimento e em como o corpo está respondendo. Oferecem ao idoso uma sensação de independência - enfatizou a professora de educação física Deborah Povoleri.
Confira os três exercícios para os idosos fazerem dentro de casa:
Subida e descida na escada
Comece com o exercício de subida e descida do degrau da escada, como se fosse um step da academia. Você vai colocar um pé sobre o degrau, vai apoiar a mão na parede ou no corrimão e vai subir e descer. O objetivo é melhorar a coordenação, já que vai usar uma perna de cada vez. Isso vai ajudar a melhorar a força muscular de glúteos e posterior de coxa e o equilíbrio, devido ao desnível de altura. Nas primeiras sessões, o indicado são duas séries de dez repetições.
Flexão em pé na parede
O segundo exercício é uma pressão de parede ou a chamada flexão em pé. Você fica de frente para a parede com os braços estendidos e a mão espalmada na linha do peito, Ela vai resistir à aproximação do corpo e vai empurrar de volta. As mãos vão segurar o peso do corpo e empurrar a parede esticando o braço completamente para trás. Esse exercício fortalece o músculo peitoral, as costas, os braços e também estabiliza o tronco e a musculatura do core (paravertebral e o abdômen). Para essa primeiras sessões, o indicado são apenas duas séries de dez repetições.
Educativo de polichinelo
Para fechar a lista, vamos mostrar um educativo de polichinelo, ensinando o idoso a executar o movimento, mas sem colocá-lo para saltar logo de cara. Pode começar com os braços parados na linha do corpo, elevando uma das pernas de cada vez. Com os braços parados (tipo Cristo Redentor), eleve um joelho de cada vez e alterne as pernas. Isso vai ativar a musculatura do quadril e abdômen, melhorando o equilíbrio e a coordenação, pois tem que usar uma perna de cada vez e controlar o balanço do corpo no exercício. Depois, pode adicionar o movimento do braço. Junto com a elevação do joelho, você vai elevar o braço da linha dos ombros até a da cabeça. Ao mesmo tempo que eleva o joelho, sobe o braço. O joelho desce e o braço volta na linha dos ombros. Nas primeiras sessões, o indicado são duas séries de dez repetições.
Subida e descida na escada
Comece com o exercício de subida e descida do degrau da escada, como se fosse um step da academia. Você vai colocar um pé sobre o degrau, vai apoiar a mão na parede ou no corrimão e vai subir e descer. O objetivo é melhorar a coordenação, já que vai usar uma perna de cada vez. Isso vai ajudar a melhorar a força muscular de glúteos e posterior de coxa e o equilíbrio, devido ao desnível de altura. Nas primeiras sessões, o indicado são duas séries de dez repetições.
Flexão em pé na parede
O segundo exercício é uma pressão de parede ou a chamada flexão em pé. Você fica de frente para a parede com os braços estendidos e a mão espalmada na linha do peito, Ela vai resistir à aproximação do corpo e vai empurrar de volta. As mãos vão segurar o peso do corpo e empurrar a parede esticando o braço completamente para trás. Esse exercício fortalece o músculo peitoral, as costas, os braços e também estabiliza o tronco e a musculatura do core (paravertebral e o abdômen). Para essa primeiras sessões, o indicado são apenas duas séries de dez repetições.
Educativo de polichinelo
Para fechar a lista, vamos mostrar um educativo de polichinelo, ensinando o idoso a executar o movimento, mas sem colocá-lo para saltar logo de cara. Pode começar com os braços parados na linha do corpo, elevando uma das pernas de cada vez. Com os braços parados (tipo Cristo Redentor), eleve um joelho de cada vez e alterne as pernas. Isso vai ativar a musculatura do quadril e abdômen, melhorando o equilíbrio e a coordenação, pois tem que usar uma perna de cada vez e controlar o balanço do corpo no exercício. Depois, pode adicionar o movimento do braço. Junto com a elevação do joelho, você vai elevar o braço da linha dos ombros até a da cabeça. Ao mesmo tempo que eleva o joelho, sobe o braço. O joelho desce e o braço volta na linha dos ombros. Nas primeiras sessões, o indicado são duas séries de dez repetições.
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