A cara do verão
“Nessa época, os tratamentos para celulite e a depilação são os que ficam mais em alta porque envolvem as pernas, bem à mostra na estação.” Segundo a dermatologista, há vários tratamentos para celulite que podem ser feitos no calor, contanto que se tome cuidado com o sol. “Ele é um grande vilão para quem faz tratamentos estéticos, por isso fazer uso de um bom protetor solar é a regra básica” Já com a depilação é preciso estar atenta: há alguns procedimentos, como o laser, que exigem afastamento total do sol após a realização.
A grande novidade nessa área é o tratamento digital da celulite. Nele, sua pele é escaneada (sim!) para fazer um diagnóstico preciso e ajudar a determinar onde e qual termogênico será aplicado, como nos explicou a Dra. Inaê. “Se necessário, também podem ser realizadas pesquisas de laboratório tais como testes cutâneos, análises bioquímicas, microscópicas, radiológicas e pesquisas histológicas”. Tudo para o tratamento levar em conta também os desejos da paciente.
O funcionamento da máquina parece coisa de filme (e é totalmente indolor): em apenas alguns segundos, ele faz imagens que ampliam em 10 a 400 vezes a superfície da sua pele. Além disso, ela é capaz de detectar possíveis problemas sob a própria superfície, como acontece em diferentes estágios da celulite.
Cuidar para depilar
O mais importante ao optar pela depilação no verão é a escolha da técnica -- que deve levar em consideração qual é localização da área a ser depilada. “A exposição ao sol e o suor causado pelo calor excessivo podem causar manchas e irritação na pele. Por isso o ideal para qualquer técnica é, depois de se depilar, aguardar um período de 24 horas antes de expor a pele ao sol, usando sempre o protetor solar”, indica a dermatologista, que também indica fazer uma esfoliação um dia antes. “Isso irá remover as células mortas e evitar que os pelos encravem. É importante também manter a pele sempre hidratada para evitar o ressecamento, que pode gerar processos inflamatórios causados pela coceira.”
São muitas, e não há “a melhor”, a não ser aquela com que a sua pele se dá melhor e os seus pelos são mais facilmente retirados. Algumas opções que você pode testar:
Lâmina: Pode ser usada em todo o corpo, é indolor, fácil de fazer em casa e barata. Nunca deve ser feita “a seco” e, sim, usando uma espuma para depilação (vale até a do sabonete!). Durante o processo, a lâmina deve acompanhar o sentido do crescimento do pelo, o que diminui a agressão à pele e os pelos encravados. A desvantagem? Eles crescem rapidamente e ela geralmente precisa ser refeita após uns dois dias, dependendo da região. Não use a mesma lâmina várias vezes, pois o metal oxida e pode causar alergia pela presença do níquel.
Cera: Pode ser quente ou fria, mas a primeira é melhor por dilatar os poros e permitir a saída fácil dos pelos. É importante observar e exigir que a esteticista use cera descartável! Deve ser feita a cada 20 ou 30 dias e pode ser aplicada em pelos grossos e finos, de qualquer região do corpo. Apesar de ser um método rápido, é doloroso, pode encravar os pelos e provocar manchas. Além disso, é necessário que o pelo esteja com pelo menos 5 mm de altura para que a depilação seja feita. Melhor evitar essa técnica no rosto, pois é uma pele mais fina e a os puxões constantes podem levar à flacidez.
Creme depilatório: É um produto que dissolve a haste do pelo e pode ser usado no rosto e no corpo. É indolor e pode ser aplicado em casa. A principal desvantagem é que pode provocar irritação da pele e até dermatites, o que acontece quando a área acaba ficando inflamada. Com esta técnica, os pelos também voltam a crescer rápido, depois de mais ou menos dois dias.
Aparelhos elétricos: Podem ser “de disco” (aqueles que puxam os pelos pela raiz) ou “de lâminas”, que cortam os pelos superficialmente. O primeiro causa dor, mas a depilação dura aproximadamente 20 dias. Já o segundo é indolor, mas o processo precisa ser repetido a cada dois dias. Importante tomar cuidado com a virilha quando usar o aparelho de disco, já que por ali a pele é mais fina e pode se machucar com facilidade.
Laser: Considerada uma “depilação prolongada” (e não definitiva), já que após alguns anos uma penugem volta a crescer. O conceito da depilação a laser se baseia na redução de 70% a 80% as sessões -- normalmente, dez. Existem vários tipos de laser no mercado, como os de Diodo, Alexandrite, Nd:YAG e Rubi, além da Luz Intensa Pulsada. Quem indica o tipo certo para você é o médico, levando em conta o tipo de pele e de pelo, além da área a ser tratada. Alguns deles são dolorosos. Este é o método com preço mais elevado, mas pode ser feito no rosto e no corpo. Quem tem peles mais morenas ou bronzeadas, deve tomar cuidado extra com o sol para não manchar. Quanto mais escuro e grosso for o pelo, mais rápida é a resposta -- além disso, é bem indicado para quem sofre de foliculite (pelos encravados), pois a partir da primeira sessão os pelos já ficam mais finos e encravam bem menos.
Folhas prontas: Têm a mesma atuação da cera fria em pote, mas, por serem individuais, fazem menos sujeira. A depilação, no entanto, pode ser mais dolorida.
Pinça: É uma boa alternativa para retirada de poucos pelos em áreas específicas, como a região do queixo e sobrancelhas. O principal problema é o trauma que ela pode provocar na pele se o uso for contínuo (e se você insistir demais para remover os pelos curtinhos). Se for o caso, podem aparecer manchas acastanhadas e, muitas vezes, até nódulos e cicatrizes. Mas, feita da forma correta, a depilação com pinça não engrossa os pelos, porque os remove desde a raiz. As chances de encravamento são as mesmas que as da cera, já que os pelos também perdem a força e têm dificuldade para chegar à superfície da pele. Não causa nenhum tipo de flacidez nem qualquer lesão à pele.
Depilação com linha: É uma técnica que vem crescendo muito, não deixa a pele sensível e não provoca irritação ou alergia. Precisa ser feita por um profissional, pois exige treino. Além disso, ele deve aplicar uma camada de soro de fisiológico para aplicação, assim como o local a ser depilado. Apesar da dor, o método dura bastante e ativa a circulação sanguínea da região, além de diminuir os riscos de irritações, pelos encravados ou alergias.
Cuidados pós-depilação
Se a pele ficar vermelha após algum método depilatório, faça compressas com bolsa de gelo ou chá de camomila no local. Outra opção é aplicar loções e géis com substâncias calmantes como azuleno, alfabisabolol e ácido glicirrízico ou cremes que combinam corticoides e antibióticos – mas estes devem ser prescritos pelo dermatologista. Não é recomendado usar pomadas gordurosas, que podem obstruir os folículos e encravar os pelos.
E, se mesmo assim os pelos encravarem, a primeira coisa a fazer, ou melhor, a NÃO fazer é “cutucar” para tentar desencravar: isso gera manchas, cicatrizes e infecções. Em casa, deve-se fazer uma esfoliação da pele, para limpá-la e facilitar a saída dos pelos, já que também há ação de bactérias na foliculite. Se nada disso resolver, procure o dermatologista, que pode ajudar na elaboração de fórmulas para aliviar o processo, além de orientar na realização de laser.
Se surgirem manchas, é preciso muito cuidado. Elas aparecem porque o trauma de arrancar os pelos, aliado ao atrito, provoca o rompimento de pequenos vasinhos da pele. Eles, por sua vez, liberam na região um pigmento do sangue chamado hemosiderina, que combinado com a melanina da pele forma uma espécie de “tatuagem” castanha. Esse quadro é agravado quando se toma sol, por isso o uso de filtro solar com FPS alto no local é necessário. Para tratar as manchas, é possível usar emulsões clareadoras, sempre prescritas pelo dermatologista. O profissional também pode optar por complementar o tratamento com peeling e Luz Intensa Pulsada em consultório.
Com as temperaturas mais altas, o ideal é fugir de tratamentos invasivos e abrasivos com lasers e agulhas, pois há dias em que não é possível se esconder do sol. “Peeling, fototerapia e carboxiterapia (procedimento para eliminação de celulite ou estrias) são proibidos para quem pretende se expor ao sol. O Laser de CO2 também não é indicado porque atinge a camada mais profunda da pele, reestruturando as fibras de colágeno, e após esse tratamento, o paciente precisa ficar pelo menos um mês sem se submenter à exposição solar para evitar manchas e cicatrizes", alerta a dermatologista.
Há duas coisas que a pela precisa receber em abundância no verão: proteção e hidratação. Por isso, a Dra. Inaê nos ensinou um passo a passo para cuidar da pele na estação que mais a agride:
Pela manhã, o primeiro passo sempre é o protetor solar, no inverno e, mais ainda, no verão. Ele é indispensável para bloquear os raios solares e evitar queimaduras e manchas. O ideal é usar produtos específicos para cada parte do corpo, sempre com o fator de proteção mais indicado para sua pele. Consulte seu dermatologista para determiná-lo.
Depois do banho, faça uma esfoliação no rosto e nos pés para eliminar as células mortas e permitir fácil acesso do hidratante. Essa higienização do rosto diária é necessária pela manhã e à noite.
Por fim, não se esqueça do hidratante! Escolha produtos específicos para a região do corpo, sem deixar de lado as porções mais secas, como calcanhares e cotovelos. E lembre-se: a hidratação da pele começa de dentro para fora, por isso, beba muita água. Sempre.
Fonte:http://revistaglamour.globo.com/Beleza/noticia/2017/01/beleza-de-verao-confira-quais-sao-os-tratamentos-ideais-e-os-proibidos-para-estacao.html
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