Fisioterapia gerontológica: experiências profissionais
É de extrema importância que os profissionais fisioterapeutas gostem do que fazem. Pensando nos idosos, que são um público diferenciado, constata-se que eles carecem de mais atenção, carinho e cuidados, quando comparado muitas vezes com os outros. Daí a fisioterapia gerontológica.
É mais importante conhecer a pessoa que tem a doença do que conhecer a doença que a pessoa tem. ” (Hipócrates – 460 a.C.)
A maioria das pessoas sabe que a população mundial vem envelhecendo e, com isso, o aumento da expectativa de vida. Mas nem todos conhecem os cuidados que podem ser realizados para que essa população cresça de forma independente e saudável. E quando pensamos nesses cuidados, podemos incluir a fisioterapia como uma das principais atividades a serem realizadas.
O COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) define a Fisioterapia como uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas, na atenção básica, média e alta complexidade. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da biologia, ciências morfológicas, ciências fisiológicas, patologias, bioquímica, biofísica, biomecânica, cinesia, sinergia funcional, cinesia patológica de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais.
O Fisioterapeuta é o profissional de saúde com formação acadêmica superior, competente à construção do diagnóstico fisioterapêutico (distúrbios cinéticos funcionais), prescrição das condutas, sua ordenação e indução no paciente, o acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condições para alta do serviço.
Dentre todas as especialidades que o profissional de Fisioterapia pode escolher, encontramos a Gerontologia. A Associação Brasileira de Gerontologia define Gerontologia como a ciência que estuda de maneira multi e interdisciplinar o processo de envelhecimento em suas dimensões biológica, psicológica e social. Busca compreender as experiências de velhice e envelhecimento em diferentes contextos socioculturais e históricos, abrangendo aspectos do envelhecimento normal e patológico. Investiga o potencial de desenvolvimento humano associado ao curso de vida e ao processo de envelhecimento.
Quando pensamos em atendimentos fisioterapêuticos, desejamos que o profissional goste do que faz, sendo isso de extrema importância. Pensando nos idosos, que são um público diferenciado, constata-se que eles carecem de mais atenção, carinho e cuidados, quando comparado muitas vezes com os outros. Isso ocorre por suas limitações devido ao envelhecimento, ou por suas patologias ou, ainda, por sua história de vida.

Sempre pensei em algumas características pessoais que o profissional que escolhesse seguir a área poderia possuir, recentemente em uma leitura pude ver que não compartilhava dessas características sozinha.
Acredito que o fisioterapeuta gerontólogo ou o que atua com o idoso, deve saber ouvir o paciente, ser empático, atencioso, educado, explicar os procedimentos realizados de forma clara e quantas vezes for necessário, não ter pressa com os resultados, não desistir, ser determinado e ter vontade de ajudar. Ser criativo também é importante, já que os exercícios devem ser diversificados para motivar, agradar e menos exaustivos. Devem-se expor os benefícios e incentivar a realizar os exercícios propostos na terapia. Os objetivos da terapia serão acertados entre o paciente e o terapeuta.
Nossa abordagem deve ser integral, humanizada, abrangente, detalhada, olhar o paciente enquanto sujeito, com uma história de vida, com particularidades do envelhecimento e não como um “objeto”, devemos olhar o indivíduo, não somente a doença. Necessitamos não subestimar o idoso, só pela sua idade, por suas dificuldades em algumas atividades, por julgá-lo frágil, pela sua insegurança, devemos valorizar a capacidade do paciente, muitas vezes eles podem nos surpreender. Devemos estimular, propondo tarefas que ele seja capaz de realizar ou que após a avaliação veja um prognóstico positivo. Não é olhar para a doença, é olhar para a pessoa que tem a doença.
Referências
ABGG (Associação Brasileira de Gerontologia define Gerontologia)
COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional)
RIBEIRO, C. As 8 Premissas da Fisioterapia Gerontológica: a atuação fisioterapêutica sob a ótica da gerontologia. 1 ed. São Paulo: Andrei, 2012.
Por Andreia de Sousa
Fonte:https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/fisioterapia-gerontologica-experiencias-profissionais/
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