CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER


Critérios diagnósticos da doença de Alzheimer

Critérios diagnósticos da doença de Alzheimer

Os critérios diagnósticos utilizados no Brasil e na maioria dos países, são baseados no DSM-IV para o diagnóstico de demência no declínio cognitivo progressivo nas funções cognitivas, com comprometimento da memória recente, e outra função cognitiva não relacionada a doenças psiquiátricas ou medicações que comprometa funções sociais e/ou ocupacionais do indivíduo.
O diagnóstico da doença de Alzheimer (DA) se baseia nos critérios diagnósticos do National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke e da Alzheimer’s Discase and Related Disordes Association (NINCDS – ARDA), como DA possível, provável ou definida. Os critérios possuem sensibilidade de 80% e especificidade de 70% para DA provável.
Os exames que atualmente complementam, e são recomendados no auxílio ao diagnóstico de Alzheimer, e que pode afastar outras doenças que justifiquem os sintomas.
  • Hemograma
  • Concentração sérica de ureia e creatina
  • Tiroxina livre
  • TSH
  • Albumina
  • Enzimas para avaliação de função hepática
  • Dosagem de vitamina B12
  • Dosagem de cálcio
  • Reações sorológicas para sífilis
  • Sorologia para o vírus HIV (recomendado para pacientes abaixo dos 60 anos)
  • Exame do líquido cefalorraquidiano (somente em situações particulares, como início precoce ou progressão atípica, presença de hidrocefalia e suspeita de quadro infeccioso ou inflamatório)
  • Tomografia computadorizada ou Ressonância magnética
  • Cintilografia de perfusão ou Tomografia da glicose marcada e eletroencefalograma são os métodos opcionais.
Os critérios diagnósticos para DA permaneceram os mesmos por 25 anos. Porém, em Julho de 2007, um grupo de pesquisadores iniciaram um estudo com o propósito de modificar esses parâmetros. Em Julho de 2010, os resultados foram apresentados em congresso internacional da doença de Alzheimer. O objetivo principal do estudo é o diagnóstico precoce da DA, mesmo na fase pré-clínica, buscando um grupo-alvo para um tratamento mais eficaz.
Os principais elementos na proposta de mudança dos critérios diagnósticos de para DA provável e possível são:
  1. Declínio cognitivo documentado
  • Evidência de piora cognitiva em avaliações e testes como o mini exame do estado mental ou a avaliação neuropsicológica formal.
  1. Biomarcadores positivos
  • Líquido cefalorraquidiano com redução da Beta-amiloide 42 e da proteína Tau total e TAU-fosforilada.
  1. Mutações genéticas
  • Gene da amiloide percursor proteína (APP), localizado no cromossomo 21; a mutação altera a clivagem da APP e induz acúmulo de proteína beta-amiloide.
  • Gene da presenilina 1 (PSEN 1), localizada no cromossomo 14
  • Gene da presenilina 2 (PSEN 2), localizada no cromossomo 2
Essas mutações genéticas se referem a casos de Alzheimer pré-senil, com padrão de herança autossômico dominante, que representa cerca de 5% dos casos.
A aplicação desses marcadores e da proposta de revisão dos critérios diagnósticos para a DA, deve ainda ser confirmada por novos estudos. No entanto, há indícios de que possivelmente eles sejam utilizados no auxílio ao diagnóstico da doença de Alzheimer em quadros precoces. Assim, quando novos possíveis tratamentos possam ser testados, e de que, a ausência de medicações específicas que modifiquem a evolução da doença, eles irão permitir modificar os fatores de risco de podem, de certa forma, contribuir para o tratamento de suporte, como o controle de fatores de risco cardiovascular e indicação de atividades físicas e cognitivas.
Referência

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