O VINHO TINTO RETARDA O ENVELHECIMENTO DO CORAÇÃO

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O Vinho Tinto retarda o envelhecimento do Coração


Uma substância que existe no vinho tinto, o resveratrol, protege e mantém o coração jovem.
Como conseguem os franceses manter uma excelente saúde cardíaca, e em simultâneo a sua alimentação ser tão rica em gorduras saturadas, perguntam os cientistas?

A resposta para o chamado “paradoxo francês” pode ser encontrada no vinho tinto, e, mais especificamente, em pequenas doses de resveratrol, um componente natural das uvas, vinho tinto e outros alimentos, de acordo com um novo estudo de nutrição levado a cabo por uma equipa internacional de investigadores.
Os investigadores colocaram as suas descobertas online no dia 3 de Junho, no jornal de livre acesso “Public Library of Science One”, onde expuseram que pequenas doses de resveratrol incluídas na alimentação de ratos de meia idade tiveram uma grande e positiva influência sobre as alavancas genéticas para o envelhecimento, chegando a proteger de forma especial o coração. 
Especificamente, os cientistas descobriram que pequenas doses de resveratrol causam uma imitação dos efeitos da restrição calórica (dietas com 20 a 30% menos calorias que uma dieta normal), tendo ficado demonstrado em vários estudos passados que prolonga a vida e retarda o envelhecimento.
“Este facto traz o consumo de resveratrol para o mundo real, e deixa de ser um simples conceito académico da área da nutrição”, afirma Richard Weindruch, professor catedrático da Universidade de Wisconsin-Madison e investigador sénior no William S. Middleton Memorial Veterans Hospital. “E ao mesmo tempo, junta-se ao estudo biológico da restrição calórica”.
Investigações anteriores haviam já comprovado que o resveratrol administrado em grandes quantidades a invertebrados prolonga a vida e diminui a taxa de mortalidade, bem como em ratinhos de laboratório alimentados com uma dieta muito rica em gorduras. O novo estudo, conduzido por investigadores académicos de nutrição e também de empresas profissionais, corrobora e suporta essas descobertas, demonstrando que o resveratrol em pequenas doses tem os mesmos benefícios que a dieta de restrição calórica.
“O Resveratrol é activo mesmo em quantidades muito reduzidas e reproduz significativamente o perfil da restrição calórica ao nível da expressão genética,” diz Tomas Prolla, professor de genética e autor do novo estudo. O grupo explorou a influência do agente no coração, músculos e cérebro, ao observar mudanças na expressão genética dos tecidos celulares. À medida que os animais vão envelhecendo, a expressão genética nestes diferentes tecidos altera-se conforme os genes se vão activando ou desactivando.
No novo estudo – que comparou a dinâmica genética dos animais em dieta de restrição calórica e de animais aos quais foram administradas pequenas doses de resveratrol – as semelhanças foram notáveis, explica James Barger, cientista da Madison-based LifeGen Technologies. No coração, por exemplo, existem pelo menos 1029 genes cujas funções mudam conforme a idade, e as funções dos órgãos também diminuem com a idade. Nos animais em regime de restrição calórica, 90% desses genes tiveram alterações no perfil genético, enquanto que os animais com pequenas doses administradas de resveratrol registaram 92% dos mesmos genes. Os novos estudos, afirmam os autores, estão associados com a prevenção do declínio das funções cardíacas relacionadas com a idade.
Em suma, um copo de vinho ou ingerir suplementos alimentares que contenham resveratrol, mesmo em doses muito pequenas, representa uma robusta intervenção para a retardar o envelhecimento do coração.
Estas descobertas também explicam o “paradoxo francês” e a inexplicável boa saúde cardíaca das pessoas que vivem em certas zonas de França onde se bebe vinho tinto, apesar da dieta ser muito rica em gorduras saturadas. Em França, e também em Portugal, as refeições são geralmente acompanhadas com um copo de vinho tinto. As provas sugerem fortemente que o resveratrol pode melhorar a qualidade de vida devido á sua influência e capacidade de retardar o envelhecimento cardíaco, contudo, será necessário um estudo mais aprofundado que o comprove com 100% de certeza cientifica.

Fonte: ScienceDaily

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