(foto: Charly Triballeau/AFP )
Mitos e verdades sobre o coronavírus: o que é fato ou fake acerca da doença
É preciso atenção para observar o que é perigo real ou invenção em relação ao Covid-19
Paralelamente ao aparecimento do coronavírus, uma avalanche de informações sobre a infecção começa a acontecer. Seja pelas redes sociais ou por canais oficiais de mídia, muito é dito acerca do problema. Na mesma medida, observa-se uma invasão de notícias e dados irresponsáveis, sem compromisso com a realidade. Veja, a seguir, alguns mitos e verdades sobre o Covid-19:
Vitamina D protege do coronavírus?
Mito. Vídeos e artigos que informam sobre a eficácia da vitamina D contra o vírus circulam nas redes sociais. Mas isso não é verdade. De acordo com o dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Lucas Miranda, o uso da vitamina D é indicado para pessoas que apresentam deficiência dessa substância. “Hoje, a suplementação de vitamina D, em forma de comprimidos, por exemplo, é feita somente pelos grupos de risco de deficiência da substância, e, mesmo assim, após exames, consultas e prescrição médica", ensina.
Pele negra é mais resistente ao coronavírus?
Mito. Artigos revelam que a pele negra produz anticorpos para combater a doença, o que ganhou evidência depois que um jovem camaronês, de pele negra, contraiu o vírus e foi curado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus pode ser contraído por qualquer um que esteve perto de indivíduos infectados, através das gotículas que expulsa quando tosse ou espirra, ou que teve contato com superfícies ou objetos usados por pessoas infectadas. Ou seja, qualquer pessoa pode contrair a patologia, independentemente da cor da pele.
Vitamina D protege do coronavírus?
Mito. Vídeos e artigos que informam sobre a eficácia da vitamina D contra o vírus circulam nas redes sociais. Mas isso não é verdade. De acordo com o dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Lucas Miranda, o uso da vitamina D é indicado para pessoas que apresentam deficiência dessa substância. “Hoje, a suplementação de vitamina D, em forma de comprimidos, por exemplo, é feita somente pelos grupos de risco de deficiência da substância, e, mesmo assim, após exames, consultas e prescrição médica", ensina.
Pele negra é mais resistente ao coronavírus?
Mito. Artigos revelam que a pele negra produz anticorpos para combater a doença, o que ganhou evidência depois que um jovem camaronês, de pele negra, contraiu o vírus e foi curado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o novo coronavírus pode ser contraído por qualquer um que esteve perto de indivíduos infectados, através das gotículas que expulsa quando tosse ou espirra, ou que teve contato com superfícies ou objetos usados por pessoas infectadas. Ou seja, qualquer pessoa pode contrair a patologia, independentemente da cor da pele.
Usar luvas e máscaras protege da doença?
Verdade. O uso da máscara só é recomendado para pacientes confirmados ou com suspeita da doença. Profissionais de saúde devem usar a máscara N-95, enquanto, para os pacientes, a máscara é a cirúrgica simples. A recomendação para prevenção é descartar as máscaras a cada quatro horas, quando em ambientes externos. Dentro de casa, o uso da mesma máscara deve se manter até que ela fique úmida ou suja.
Pessoas com máscaras podem contrair o coronavírus?
Verdade. A máscara protege contra a doença, mas não a evita. Além disso, há outras formas de contrair o coronavírus, mesmo utilizando a máscara. A principal forma de contágio é pelo ar, quando a pessoa contaminada tosse ou espirra, espalhando o vírus. Outra forma é o contato das mãos em superfícies contaminadas em até 24 horas após a propagação do vírus, por isso é importante evitar tocar olhos, nariz e boca sem a higienização adequada das mãos.
Verdade. O uso da máscara só é recomendado para pacientes confirmados ou com suspeita da doença. Profissionais de saúde devem usar a máscara N-95, enquanto, para os pacientes, a máscara é a cirúrgica simples. A recomendação para prevenção é descartar as máscaras a cada quatro horas, quando em ambientes externos. Dentro de casa, o uso da mesma máscara deve se manter até que ela fique úmida ou suja.
Pessoas com máscaras podem contrair o coronavírus?
Verdade. A máscara protege contra a doença, mas não a evita. Além disso, há outras formas de contrair o coronavírus, mesmo utilizando a máscara. A principal forma de contágio é pelo ar, quando a pessoa contaminada tosse ou espirra, espalhando o vírus. Outra forma é o contato das mãos em superfícies contaminadas em até 24 horas após a propagação do vírus, por isso é importante evitar tocar olhos, nariz e boca sem a higienização adequada das mãos.
Células em laboratório que estuda o coronavírus(foto: AFP/Institutos Nacionais de Saúde )
Coronavírus: Confira o que é mito e fato na propagação da doença
Não há nenhuma evidência científica que comprove a dificuldade ou facilidade de o coronavírus se reproduzir em países de clima tropical, segundo especialistas
Não há nenhuma evidência científica que comprove a dificuldade ou facilidade de o coronavírus se reproduzir em países de clima tropical, com temperaturas acima dos 25°C. A informação é do presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estêvão Urbano. Depois da confirmação de um caso da doença, em São Paulo, circularam mensagens nas redes sociais dizendo que o vírus não conseguiria se alastrar no Brasil, por causa das temperaturas mais quentes.
“Esse vírus é muito novo e se conhece muito pouco sobre essas questões. O vírus sobrevive muito bem nessa temperatura quente de verão”, afirma Urbano. Segundo o especialista, o que pode contribuir para evitar disseminação é a ventilação.
“O que facilita uma certa contenção em ambientes quentes é porque, geralmente, eles são mais ventilados. É um fator que diminui a chance de transmissão. Em ambientes frios, as pessoas ficam mais em locais.
O infectologista ainda alerta para o fato de que os brasileiros não têm imunidade prévia em relação a esse novo micro-organismo, que começou a circular na China no fim do ano passado. “A chance de infectar é muito maior, pois o vírus está pegando uma população imunologicamente despreparada. Mas, em que níveis isso se agrava e em que proporções pode atingir, são hipóteses”, ressalta.
Transmissão do coronavírus
As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas o Ministério da Saúde alerta que a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo.
A transmissão dos coronavírus costuma a ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. A recomendação é ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com a mão em frente a boca.
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