Tudo o que você precisa saber sobre os ingredientes que vão dominar a sua rotina de skincare
Dos ácidos mais bombados às alternativas sustentáveis dos ativos que amamos, confira quais são as fórmulas indicadas para o seu tipo de pele
Desde que o termo rotina de skincare ganhou o mundo, a indústria de cuidados com a pele está em constante e rápida evolução. Se o ácido hialurônico, a vitamina C e o retinol compõem a maioria das fórmulas do seu nécessaire hoje em dia, prepare-se para conhecer novos produtos com ativos que prometem mais eficiência e menos impacto no planeta.
É o caso, por exemplo, da niacinamida, que pretende deixar a rotina de skincare mais prática, fazendo valer a máxima do “menos é mais”. Na seara da beleza natural, o CBA, ativo brasileiro inspirado no canabidiol, surge como alternativa para combater inflamações, enquanto os prebióticos e probióticos passam a integrar a formulação de produtos tópicos para equilibrar o pH da pele. Desponta também o ácido poliglutâmico, com potencial para substituir o tradicional ácido hialurônico. Aqui, um glossário com cada um desses componentes.
NIACINAMIDA
Conhecida também como vitamina B3, não é exatamente uma novidade, mas pesquisas mostram novas vertentes do seu poder. “É um ativo versátil. Possui ação antioxidante e anti-inflamatória, atua na redução de linhas finas, de manchas e da acne”, explica a dermatologista Juliana Neiva, do RJ. “Hidrata e fortalece a barreira cutânea, diminuindo a sensibilidade”, diz Carine Dal Pizzol, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Sallve, que lançou, no mês passado, dois produtos como ingrediente.
ÁCIDO GLICÓLICO
Parte da família dos AHAs – ácidos que agem como esfoliantes químicos –, o ativo acabou se sobressaindo por ter um peso molecular menor, penetrando profundamente na pele e gerando resultados mais rápidos. “É encontrado na cana-de-açúcar e em vegetais doces. Tem efeito esfoliante, hidratante, clareador, antiacne e rejuvenescedor, e pode ser usado na composição de cremes, géis e séruns”, diz a dermatologista Katleen da Cruz Conceição, do RJ. É bem conhecido por sua ação na renovação celular.
ÁCIDO POLIGLUTÂMICO
Produzido com a bactéria Bacillus subtilis, encontrada em alimentos como o natto (uma espécie de soja fermentada), esse ingrediente promete ser a nova sensação no quesito hidratação. “O principal benefício dele é manter a pele úmida. Pesquisas recentes descobriram que o uso pode aumentar a produção de ácido carboxílico, ácido lático, pirrolidona e ácido urocânico, substâncias produzidas naturalmente pelo organismo que ajudam a manter a hidratação”, explica a dermatologista Katleen da Cruz Conceição. Os estudos ainda apontam que ele forma um filme fininho sobre a pele capaz de reter até quatro vezes mais umidade do que o ácido hialurônico. É um ativo biodegradável e considerado não tóxico para o ser humano e para o planeta. Apesar de ainda não termos produtos brasileiros com ele, existem boas opções lá fora. O Magic Serum Crystal Elixir, da Charlotte Tilbury, foi o responsável por tornar o ingrediente popular.
ÁCIDO TRANEXÂMICO
Desenvolvido a partir de um aminoácido sintético derivado da lisina (que ajuda na formação do colágeno), o ácido é utilizado desde os anos 70 para tratar casos de melasma. “Usado em produtos manipulados e tratamentos clínicos, pode ser consumido por via tópica, injetável e oral”, diz a dermatologista Juliana Neiva. Virou presença recorrente em cosméticos para tratar manchas de todos os tipos, incluindo as de acne, solares e hormonais. “Vários estudos mostram que ele também atua no tratamento da rosácea”, completa a médica.
PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS
“Os probióticos são micro-organismos vivos que equilibram a pele e seu pH, garantindo visível redução da perda de água pela epiderme, maior hidratação cutânea e mais viço. Por atuarem junto à barreira imunológica, ainda reduzem as inflamações”, explica Patrícia Camargo, sócio-fundadora da Care Natural Beauty. Da marca, vale testar o Sérum Skindrops Hialu, que, além de probióticos, também contém niacinamida. Os prebióticos, por sua vez, são açúcares que funcionam como alimentos para essas bactérias do bem, o que fortalece a microbiota cutânea.
CBA
Já faz um tempo que o canabidiol tem sido utilizado na formulação de cosméticos. Estudos apresentados na American Academy of Dermatology falam de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. “Ele tem uma ação muito importante nos receptores de um sistema complexo chamado endocanabinoide, que envolve cérebro, intestino e pele”, explica a dermatologista Patrícia Silveira, do Rio de Janeiro. Como o CBD ainda não possui liberação na Anvisa, marcas brasileiras passaram a buscar formas de simular seus efeitos através de outros ingredientes. Assim surgiu o CBA (Cannabinoid Active System), um blend de óleos amazônicos que age na resposta inflamatória da pele. Foi a partir dessa descoberta que a Simple Organic lançou o balm facial CB2.
Fonte:https://vogue.globo.com/beleza/noticia/2021/10/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-os-ingredientes-que-vao-dominar-sua-rotina-de-skincare.html
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