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ENTENDA O CÂNCER DE MAMA: FATORES DE RISCOS INCLUSIVE RELACIONADOS AO ESTILO DE VIDA, SINTOMAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS

  Entenda o câncer de mama

Entenda o câncer de mama

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama é a neoplasia maligna, isso é, um tumor de crescimento rápido, formado por células que se apresentam de forma diferente daqueles presentes do tecido normal, que se origina nas mamas.

As mamas são glândulas localizadas na parte anterior do tórax. São compostas por tecido adiposo e conjuntivo. Como homens e mulheres possuem mamas, o câncer de mama afeta ambos os sexos, felizmente menos de 1% dos casos de mama ocorrem em homens.

Assim como os outros tipos de cânceres, múltiplos fatores são responsáveis por seu aparecimento de tal forma, que uma célula normal da mama pode sofrer o processo de carcinogênese, se tornando maligna, e dar origem ao câncer de mama. Uma vez formado, o câncer de mama pode se espalhar para os gânglios linfáticos ou para outros órgãos distantes, processo que chamamos de metástases.

Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?

O câncer de mama não possui uma causa única. Um fator de risco não determina o câncer isoladamente, mas aumenta as chances de uma pessoa ficar doente de câncer.

Fatores de risco que não podem ser alterados:

  • O risco para ter câncer de mama aumenta conforme a idade; a partir dos 50 anos, possuem um maior risco de desenvolver o câncer de mama, devido às próprias alterações biológicas;
  • Mutações genéticas. Mulheres que herdam certos genes, como BRCA1 e BRCA2 correm maior risco de câncer de mama e de ovário;
  • Histórico reprodutivo. Os primeiros ciclos menstruais e o início da menopausa expõem as mulheres aos hormônios por mais tempo, aumentando o risco de desenvolver câncer de mama;
  • Histórico pessoal de câncer de mama. Mulheres que já tiveram o câncer de mama têm maior probabilidade de tê-lo pela segunda vez;
  • Histórico familiar de câncer de mama ou ovário;
  • Tratamento com radioterapia. Mulheres que fizeram radioterapia nos seios ou tórax antes dos 30 anos têm um risco maior de desenvolver câncer de mama depois de mais velha.

Fatores de risco que podem ser alterados:

  • Não ser fisicamente ativa. Mulheres que não são fisicamente ativas, não praticam exercício físico, têm maior risco de desenvolver câncer de mama;
  • Estar acima do peso ou ser obeso após a menopausa. Mulheres mais velhas com sobrepeso ou obesas possuem maior risco de desenvolver câncer de mama;
  • Tomar hormônios. Algumas formas de terapia de reposição hormonal (aquelas que incluem estrogênio e progesterona) tomada durante a menopausa pode aumentar o risco de câncer de mama quando tomadas por mais de cinco anos. Determinados anticoncepcionais orais (pílulas anticoncepcionais) também aumentam o risco de câncer de mama;
  • História reprodutiva. Ter a primeira gravidez depois dos 30 anos, não amamentar e nunca ter uma gravidez pode aumentar o risco de câncer de mama;
  • Beber álcool. Estudos mostram que o risco de câncer de mama em uma mulher aumenta conforme a quantidade de álcool que ela bebe.

Quais são os sintomas do câncer de mama?

É preciso ficar atenta aos sinais e sintomas, porém, algumas pessoas não apresentam sintomas do câncer de mama, por isso é necessário sempre fazer os exames de rotina, além do exame de toque.

Alguns sinais/sintomas de alerta do câncer de mama são:

  • Caroço na mama ou axila.
  • Inchaço de parte da mama.
  • Irritação da pele da mama.
  • Vermelhidão ou pele escamosa na área do mamilo ou na mama.
  • Dor na área do mamilo.
  • Corrimento mamilar diferente do leite materno, incluindo sangue.
  • Qualquer alteração no tamanho ou formato da mama.
  • Dor em qualquer área da mama.

Esses sintomas podem ocorrer em outras doenças. Se você tiver quaisquer sinais ou sintomas que o preocupem, consulte o seu médico imediatamente.

Estadiamento do câncer de mama

O estadiamento é uma forma de descrever os aspectos do câncer de mama, incluindo o tamanho do tumor, a localização, se ele se espalhou para os linfonodos, se espalhou para partes distantes do corpo, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo.

Estágio Zero (0): o tumor não é invasivo e está restrito à mama;

Estágio I: o tumor da mama tem até 2 centímetros de diâmetro, não invade os linfonodos axilares, ou se o fizer, tem invasão máxima de 2 milímetros;

Estágio II: o tumor da mama possui até 5 centímetros de diâmetro e invasão de 0 a 3 linfonodos axilares ou tumor da mama acima de 5 centímetros de diâmetro que não invadem a parede muscular, a pele e os linfonodos;

Estádio III: qualquer tumor que acabar invadindo acima de 10 linfonodos axilares, tumor de até 5 centímetros de diâmetro que invada até 9 linfonodos axilares, ou tumor da mama que invada a parede torácica e/ou a pele, independente da invasão de linfonodos;

Estádio IV: o tumor da mama de qualquer tamanho, que invada órgãos a distância como ossos, pulmões, fígado e cérebro.

Como posso prevenir o câncer de mama?

Muitos fatores ao longo da vida podem influenciar o risco do câncer de mama.

Você não pode alterar alguns fatores, como envelhecimento ou histórico familiar, mas pode ajudar a reduzir o risco de câncer de mama cuidando de sua saúde da seguinte maneira:

  • Mantenha um peso saudável;
  • Exercite-se regularmente;
  • Não beba álcool;
  • Se você está tomando, ou foi instruído a tomar, terapia de reposição hormonal ou anticoncepcionais, pergunte ao seu médico sobre os riscos e descubra se é adequado para você.
  • Amamentação, se possível;
  • Se você tem um histórico familiar de câncer de mama ou alterações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2, converse com seu médico sobre outras maneiras de diminuir o risco.

Se manter saudável ao longo da vida diminuirá o risco de desenvolver câncer e aumentará suas chances de sobreviver ao câncer, caso ele ocorra.

O que é o rastreamento do câncer de mama?

Rastreamento do câncer de mama significa verificar se há câncer nos seios de uma mulher antes que haja sinais ou sintomas da doença. Todas as mulheres precisam ser informadas por seu médico sobre as melhores opções de rastreamento para elas.

Como o câncer de mama é diagnosticado?

Os médicos costumam usar testes adicionais para encontrar ou diagnosticar o câncer de mama. Eles podem encaminhar as pacientes para um especialista em mama ou um cirurgião. Isso não significa que ela tenha câncer ou que precise de cirurgia. Esses médicos são especialistas em diagnosticar problemas mamários.

  • Ultrassom mamário: uma máquina que usa ondas sonoras para fazer imagens detalhadas, chamadas de ultrassons, de áreas dentro da mama;
  • Mamografia diagnóstica: se você tiver um problema no seio, como caroços, ou se uma área da mama parecer anormal em uma mamografia de rastreamento, os médicos podem solicitar que você faça uma mamografia diagnóstica. Este é um raio-X mais detalhado da mama;
  • Imagem por ressonância magnética: uma espécie de varredura corporal que usa um ímã conectado a um computador. A ressonância magnética fará imagens detalhadas de áreas dentro da mama;
  • Biópsia: este é um teste que remove tecido ou fluido da mama para ser examinado no microscópio. Existem diferentes tipos de biópsia (por exemplo, aspiração por agulha fina, biópsia central ou biópsia aberta).

Quais são os tratamentos para o câncer de mama?

O câncer de mama é tratado de várias maneiras, porém, depende do tipo de câncer de mama e do estágio que ele se encontra. Pessoas com câncer de mama geralmente recebem mais de um tipo de tratamento, são eles:

  • Cirurgia: uma operação em que os médicos cortam tecido canceroso.
  • Quimioterapia: usar medicamentos especiais para diminuir ou matar as células cancerosas.
  • Terapia hormonal: impede que as células cancerosas obtenham os hormônios de que precisam para crescer.
  • Terapia biológica: trabalha com o sistema imunológico do seu corpo para ajudá-lo a lutar contra as células cancerosas ou para controlar os efeitos colaterais de outros tratamentos contra o câncer.
  • Terapia de radiação: usando raios de alta energia (semelhantes aos raios-X) para matar as células cancerosas.

Médicos de diferentes especialidades costumam trabalhar juntos para tratar o câncer de mama. Os cirurgiões são médicos que realizam operações. Oncologistas médicos são médicos que tratam o câncer com medicamentos. Oncologistas de radiação são médicos que tratam o câncer com radiação.

Lembre-se de consultar sempre o seu médico para ter um diagnóstico completo.


Por Dra. Tânia de Fátima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.
Atualizado em 10/08/2021.


Fonte:https://hospitaligesp.com.br/entenda-o-cancer-de-mama/

CÂNCER DE MAMA: FATORES DE RISCOS, SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Este mês é conhecido como Outubro Rosa, movimento criado nos anos 1990 para conscientizar as pessoas sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura da doença.

O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres no mundo, e também no Brasil, não considerados os casos de câncer de pele não melanoma. Corresponde a cerca de 25% do total de novos casos a cada ano em nosso meio. A doença também acomete homens mais raramente, representando apenas 1% do total de casos da doença.

 

Fatores de Risco

O câncer de mama é causado por alterações genéticas, diretamente relacionadas à biologia celular, que podem ser estimuladas por fatores ambientais tais como: tabagismo, uso de hormônios (TRH – terapia de reposição hormonal por tempo prolongado), obesidade, fumo e alcoolismo.Também é mais frequente nas mulheres que tem início da menstruação em idade muito jovem e menopausa tardia.

Em 5 a 10% dos casos o tumor decorre de mutações genéticas encontradas em grupos familiares, e é mais frequente em determinados grupos étnicos como, por exemplo, as mulheres brancas, caucasianas, particularmente as judias de origem europeia. Atenção deve ser dada às pacientes com antecedentes familiares importantes de câncer de mama, particularmente quando há casos na família de mulheres acometidas antes dos 35 anos de idade.

 

Prevenção

Não há como se prevenir o aparecimento do câncer de mama de forma absoluta. Neste sentido, o que se pode fazer é o diagnóstico precoce da doença. Quanto mais cedo for diagnosticado, maiores as chances de sucesso no tratamento. O objetivo dos exames diagnósticos de rotina é encontrá-lo antes mesmo de causar sintomas. O tamanho do tumor e sua agressividade são fatores importantes para definir a conduta médica apropriada.

A identificação precoce destes aspectos não somente indica o caminho adequado do tratamento, bem como influencia decisivamente na cura. É importante salientar que o câncer de mama pode sim ser curado. Para tanto é importante que as pacientes, estejam conscientizadas da necessidade na realização dos exames anuais de rotina.

Por outro lado, e como já dissemos acima, o meio ambiente pode atuar como adjuvante na manifestação genética que pode dar início ao crescimento de uma célula tumoral. Sendo assim, assumir hábitos de vida saudáveis é fundamental para que o organismo como um todo funcione melhor. Algumas medidas podem ser tomadas. Entre elas estão;

• Controle do peso;
• Prática de atividade física;
• Evitar abuso de bebidas alcoólicas;
• Evitar uso de TRH por tempo prolongado
• Evitar o fumo

 

Sintomas

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulos, que em geral são indolores, frequentemente duros e irregulares, e menos frequentemente macios e arredondados. Por isso é importante consultar o médico e realizar os exames com regularidade.

Alguns sinais observados pelas pacientes podem ajudar a identificar o câncer de mama, mas que precisam ser avaliados pelo médico:

• Nódulo na mama
• Inchaço em parte da mama semelhante à casca de laranja.
• Irregularidades ou retrações na pele da mama.
• Dor ou inversão do mamilo.
• Vermelhidão e descamação do mamilo, ou na pele da mama.
• Saída de secreção pelo mamilo, particularmente se for sanguinolenta ou translúcida.
• Nódulo nas axilas.

 

Diagnóstico

O diagnóstico das lesões de mama é feito com base em alterações na mamografia e ultrassonografia, que são os exames mais utilizados no rastreamento, e que quando realizados em conjunto, diagnosticam perto de 95% dos casos. Microcalcificações agrupadas são alterações radiológicas somente evidenciadas à mamografia, e que em boa parte dos casos são o primeiro e mais precoce sinal de um tumor de mama, frequentemente na fase pré-nódulo. Por causa disto a mamografia é o principal exame a ser realizado, e o único que estatisticamente mostrou ganho de sobrevida. A ultrassonografia associada complementa o exame, sendo mais eficiente na visualização de nódulos, diferenciação entre áreas sólidas e císticas, particularmente nas mamas densas. Estes exames não podem ser negligenciados, e devem ser realizados na periodicidade determinada pelo médico.

A idade ideal para se fazer a primeira mamografia é aos 40 anos, e a partir daí com periodicidade anual. Em casos específicos, este exame pode ser antecipado, ou ter sua periodicidade diminuída, sempre sob supervisão médica.

A ressonância nuclear magnética é mais utilizada para o estadiamento, que é a avaliação de áreas eventualmente não identificadas na mamografia/ ultrassonografia, naquelas pacientes com diagnóstico já definido de câncer de mama. Pode, no entanto, ser utilizada no rastreamento, em situações especiais a critério do médico, e em pacientes com mamas extremamente densas e hereditariedade importante.

São estes exames que indicam a necessidade de uma biópsia, que é a retirada de fragmentos do tumor para estudo histopatológico, feito por um patologista, e que revela o diagnóstico definitivo do tipo, aspectos de sua biologia, agressividade, e em conjunto com outros dados, indicação de condutas terapêuticas.

Fonte:https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/cancer-de-mama-fatores-de-riscos-sintomas-e-diagnostico/

Fatores de Risco para Câncer de Mama relacionados ao Estilo de Vida

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 06/10/2014 - Data de atualização: 24/07/2020



Um fator de risco é algo que afeta sua chance de adquirir uma doença como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de risco. Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de mama tem algum fator de risco, muitas vezes é difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.

O câncer de mama é em parte decorrente de uma série de fatores de risco, como:

  • Alcoolismo. O consumo de álcool está claramente associado a um aumento do risco de desenvolver câncer de mama. Esse risco aumenta com a quantidade de álcool consumida.
     
  • Obesidade. Estar acima do peso ou obesa após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama. Mas a ligação entre o peso e o risco da doença é complexa. Por exemplo, o risco parece ser maior em mulheres que ganharam peso na idade adulta, e não para aquelas que sempre estiveram acima do peso desde a infância.
     
  • Atividade física. Crescem as evidências de que a atividade física regular reduz o risco de câncer de mama. A principal questão é qual a quantidade e intensidade de exercício necessário.
     
  • Ter filhos. As mulheres que não tiveram filhos ou que tiveram o primeiro filho após os 30 anos têm um risco aumentado de câncer de mama. Ter muitas gestações e engravidar jovem reduz o risco de câncer de mama. Entretanto, o efeito da gravidez é diferente para diferentes tipos de câncer de mama. Por exemplo, o risco é maior na primeira década após o nascimento do filho, principalmente no câncer de mama receptor de hormônio negativo,  e no câncer de mama triplo-negativo.
     
  • Amamentação. Alguns estudos sugerem que a amamentação pode diminuir o risco de câncer de mama, principalmente se for continuada por 1 a 2 anos.
     
  • Controle da natalidade com anticoncepcionais. O uso de pílulas anticoncepcionais aumenta o risco de câncer de mama em relação as mulheres que nunca usaram. Esse risco volta ao normal após a interrupção do uso dos contraceptivos. Mulheres que pararam de usar os anticoncepcionais há mais de 10 anos não parecem ter qualquer aumento no risco.
     
  • Controle da natalidade com injeção. Depo-Provera é uma forma injetável de progesterona administrada trimestralmente para o controle da natalidade. Alguns estudos mostraram que as mulheres usando esse anticoncepcional parecem ter um aumento no risco de câncer de mama, mas outros estudos não encontraram um risco aumentado.
     
  • Controle da natalidade com DIU. Essa forma de controle de natalidade também usa hormônios que podem aumentar o risco de câncer de mama. Alguns estudos mostraram uma ligação entre o uso do DIU que libera hormônio e o risco de câncer de mama.
     
  • Reposição hormonal após a menopausa. A terapia hormonal com estrogênio, muitas vezes combinada com progesterona, tem sido usada por muitos anos para aliviar os sintomas da menopausa e prevenir a osteoporose. Existem dois tipos principais de terapia hormonal. Para mulheres que ainda têm útero, geralmente é prescrito estrogênio e progesterona (terapia hormonal combinada). A progesterona é necessária porque o estrogênio sozinho pode aumentar o risco do câncer de colo do útero. Para mulheres que já fizeram histerectomia pode ser usado apenas o estrogênio. Isso é conhecido como terapia de reposição de estrogênio ou apenas terapia de estrogênio.
     
  • Terapia hormonal combinada. O uso da terapia hormonal combinada após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama. Esse aumento no risco pode ser observado apenas após 4 anos de uso. Também aumenta a probabilidade de que o câncer seja diagnosticado em estágio avançado.
     
  • Terapia hormonal bioidêntica. O termo bioidêntico é, às vezes, utilizado para descrever versões produzidas de estrogênio e progesterona com a mesma estrutura química que as encontradas naturalmente nas pessoas. O uso desses hormônios foi comercializado como uma maneira segura de tratar os sintomas da menopausa. Entretanto ainda não existem estudos comparando a segurança e eficácia dos hormônios bioidênticos ou naturais com as versões sintéticas desses hormônios. São necessários mais estudos para confirmação científica.
     
  • Terapia de estrogênio. O uso de estrogênio isolado após a menopausa não parece aumentar o risco de câncer de mama. Atualmente, existem poucas razões para usar a terapia hormonal pós-menopausa, além de possivelmente o alívio a curto prazo dos sintomas da menopausa. A terapia de estrogênio não parece aumentar o risco de câncer de mama, mas aumenta o risco de doenças cardíacas, coágulos sanguíneos e acidente vascular cerebral.
     
  • Implantes mamários. Os implantes mamários não foram associados ao aumento do risco dos tipos mais frequentes de câncer de mama. No entanto, foram associados a um tipo raro de linfoma não Hodgkin denominado linfoma anaplásico de células grandes associado ao implante mamário, que pode se formar no tecido cicatricial ao redor do implante. Esse linfoma parece ocorrer com mais frequência em implantes com superfícies texturizadas do que com superfícies lisas.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 09/06/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

Fonte:http://www.oncoguia.org.br/conteudo/fatores-de-risco-para-cancer-de-mama-relacionados-ao-estilo-de-vida/1377/1128/

Entendendo o câncer de mama

No Brasil, assim como no mundo, o câncer de mama é o tipo mais frequente entre as mulheres. E aqui, como nos demais países, crescem os índices de cura e diminuem as mortes associadas a esses tumores, graças ao aumento dos diagnósticos precoces e aos novos tratamentos.

O câncer de mama é uma doença provocada pela multiplicação desordenada de células que compõem os tecidos que formam a mama. No Brasil, assim como no mundo, é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres (cerca de 60 mil novos casos por ano, segundo o INCA - Instituto Nacional do Câncer). E aqui, como nos demais países, crescem os índices de cura e de sobrevida e diminuem as mortes associadas a esses tumores, graças ao aumento dos diagnósticos precoces por meio de exames de rastreamento (check-up), como a ultrassonografia e a mamografia, e à melhora na eficácia dos tratamentos utilizados no combate à doença.

Tipos de câncer de mama

Há, ainda, tipos mais raros de câncer de mama, como medularmucinosometaplásicopapilar e tubular. Essa classificação provém do aspecto das células tumorais e de caraterísticas adicionais que o patologista observa no padrão e arranjo das células.
Uma vez confirmado o diagnóstico por meio da biópsia, exames de patologia são realizados para saber se o tumor possui expressão de receptor de estrógeno, de progesterona e de HER2 (o que traduz um aumento do número de cópias de um gene chamado de receptor do fator de crescimento epidérmico humano 2).
Quando o tumor é negativo para as três variáveis estudadas, ele é chamado de Triplo Negativo. Se for positivo para o HER2, independentemente dos outros dois receptores, ele é definido como HER2 positivo Quando é positivo para estrógeno e/ou progesterona e negativo para HER2, trata-se do subtipo Hormonal.
A definição do subtipo de câncer de mama é um fator importante na escolha do uso de quimioterapia, terapia anti-hormonal e anticorpos anti-HER2, além da sequência de tratamento escolhida.


Sintomas

Tumores de mama podem ser detectados ainda nas fases iniciais por meio de sinais e sintomas como:

  • Nódulo palpável
  • Alteração de pele, como vermelhidão, inchaço ou ferida
  • Assimetria no tamanho das mamas
  • Presença de corrimento no mamilo.

Caso você observe algum desses fatores, é importante agendar uma consulta com seu médico, que avaliará o caso, oferecerá esclarecimentos e orientará as condutas.


Diagnóstico

Além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser indicados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. Contudo, a confirmação diagnóstica é feita por meio de biópsia e análise fisiopatológica.
Graças aos programas de detecção precoce realizados por meio de avaliação Graças aos programas de detecção precoce realizados por meio de avaliação médica, mamografia e autoexame, a maioria dos tumores de mama são diagnosticados em estágios iniciais, quando é possível alcançar a cura.


Fatores de risco

O desenvolvimento do câncer de mama está associado a uma combinação de fatores de risco.

  1. Idade: o risco do câncer de mama aumenta com a idade, ocorrendo geralmente após os 50 anos. Porém, apesar de menos frequente, casos de câncer de mama podem surgir antes mesmo dos 35 anos
  2. História familiar: câncer de mama pode ter origem hereditária, sendo responsável pelo surgimento de aproximadamente 10% dos casos da doença (mesmo quando não se detectam na família mutações em genes relacionados ao aumento de risco de câncer de mama, a história familiar de câncer de mama, principalmente em familiares de primeiro grau, é fator de risco)
  3. Não amamentação (fato associado principalmente à gestação tardia ou à ausência de gestação)
  4. Início precoce da menstruação e menopausa tardia
  5. Ingestão de bebidas alcoólicas (o aumento de risco é proporcional ao consumo)
  6. Uso de terapia de reposição hormonal por um longo período
  7. Obesidade
  8. Sedentarismo
  9. Mamas densas constatadas nos exames de imagem
  10. Antecedente prévio de carcinoma ductal in situ*, carcinoma lobular in situ* ou hiperplasia atípica da mama
  11. Exposição à radioterapia na juventude

*In situ se refere a lesões pré-tumorais



Estadiamento

Uma vez confirmado o diagnóstico do câncer de mama por meio da biópsia, seu médico solicitará a realização de exames adicionais para avaliar o estágio (estádio, na linguagem médica) da doença, considerando o tamanho do tumor, se ele está restrito à mama ou se espalhou para os linfonodos (gânglios) localizados na região da mama, principalmente nas axilas, ou para outros órgãos (as chamadas metástases). Esses exames podem incluir, raio X de tórax, ultrassom de abdome, tomografia e ressonâncias, entre outros.
Esse conjunto de informações, a partir das quais os tumores de mama são classificados em estágios de I a IV, de acordo com suas características e gravidade, é importante para definir os melhores caminhos de tratamento.


Tratamento

  • Cirurgia
  • Quimioterapia
  • Hormonioterapia (terapia endócrina)
  • Terapia-alvo
  • Radioterapia

São vários os recursos disponíveis para o tratamento do câncer de mama e seu médico, a partir de uma avaliação cuidadosa, selecionará aquele ou aqueles que são mais indicados para o seu caso. Vários fatores são considerados, entre eles:
Estadiamento: pacientes com tumores iniciais poderão receber cirurgia conservadora (procedimento em que é extraída apenas uma porção da mama), seguida de radioterapia, sem necessidade de quimioterapia. Pacientes com tumores grandes poderão receber quimioterapia pós-operatória (neoadjuvante).
Tipo de câncer: para pacientes com câncer de mama com receptores hormonais será indicada, após a cirurgia, a hormonioterapia (terapia endócrina) com comprimidos. Pacientes com câncer de mama com expressão de HER2 receberão um tipo de terapia-alvo que age diretamente na proteína HER2.
Estado menstrual: o tratamento do câncer de mama da mulher na pré-menopausa tem diferenças importantes quando comparado com a mulher que já entrou na menopausa. Tais diferenças podem refletir, por exemplo, na necessidade ou não de quimioterapia preventiva e uso de medicações para suprimir o funcionamento dos ovários.
Qualquer que seja o quadro, é sempre importante contar com uma equipe médica altamente qualificada e integrada para definir a estratégia de tratamento mais adequada.


Prevenção

De forma geral, a recomendação dos médicos é que, a partir dos 40 anos, toda mulher, independentemente do histórico familiar ou identificação de sintomas, faça um acompanhamento periódico com seu médico, além de realizar a mamografia anualmente.
Porém, dependendo de certos fatores de risco e histórico familiar, seu médico poderá recomendar começar mais cedo a rotina de acompanhamento e exames preventivos. Nesses casos, também poderão ser solicitados outros tipos de exames, como a ressonância magnéticas das mamas. É extremamente importante uma avaliação médica especializada, seja para determinar a idade de início e o tipo de exames de acompanhamento, seja para a adoção de outras medidas, como uso de medicamentos que ajudam na prevenção.
Para pacientes com tipos específicos de mutações germinativas, há a possibilidade de prevenção de câncer de mama por meio da cirurgia mamária redutora de risco (mastectomia). Essa estratégia é reservada para um seleto grupo de mulheres.
O autoexame das mamas também pode ser importante em alguns casos.
Um estilo de vida saudável é outro aliado na prevenção do câncer de mama (e também de outros tipos de câncer e doenças). Isso inclui:

  • Atividade física praticada regularmente. Isso contribuirá para obter ou manter o peso adequado.
  • Alimentação rica em frutas, fibras e vegetais. Evite alimentos processados.
  • Moderação no consumo de bebidas alcoólicas.

Novidades contra o câncer de mama

Pesquisas científicas recentes têm mostrado que tratamentos baseados em medicamentos alvo-dirigidos para subtipos específicos de câncer de mama agregam maior benefício para as pacientes. Dessa forma, quanto mais as pesquisas avançam no campo da terapia-alvo, mais oportunidades surgem para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes. Além disso, essas novas opções medicamentosas potencialmente provocam menos efeitos colaterais quando comparado à quimioterapia tradicional.
A terapia-alvo é uma nova alternativa de tratamento aplicada em pacientes cujo tumor tem determinadas características moleculares definidas geneticamente. Os medicamentos alvo-dirigidos são compostos de substâncias desenvolvidas para identificar e atacar as células cancerígenas, bloqueando assim seu crescimento.

Fonte:https://www.bp.org.br/centros-de-especialidades/oncologia/doencas/cancer-de-mama


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