Babosa: a planta com efeito cicatrizante que ajuda na saúde da pele
O vegetal também pode ser usado como parte da decoração devido à sua baixa manutenção
Por Isabella Gemignani
De origem africana, a babosa, ou aloe vera, é uma planta resistente e de baixa manutenção. Ideal para pessoas que estão começando na jardinagem, a espécie se adapta a diferentes climas e ambientes. Por possuir propriedade de renovar as células danificadas da pele e ser rica nas vitaminas A, B, C e E, é muito popular ao redor do mundo, aparecendo tanto em produtos de beleza como em soluções medicinais.
Parte da família Asphodelaceae, que também contempla as suculentas, a babosa leva as características de folhas espessas e verdes do grupo, enquanto traz uma particularidade só sua: um gel espesso e transparente localizado no interior do vegetal, onde se concentram seus elementos anti-inflamatórios, antissépticos e cicatrizantes.
A região da Volta Grande do Xingu fica em Altamira, no sudeste do Pará, e é onde está instalada a usina hidrelétrica desde 2016. A mesma região é onde há um projeto de mineração de ouro da empresa canadense Belo Sun.
A Norte Energia, responsável pela usina, iniciou o processo de autorização para a construção em março de 2022 a partir do "Relatório Técnico de Caracterização da medida mitigadora dos impactos verificados no Trecho de Vazão Reduzida da Volta Grande do Xingu". A empresa pede autorização para implantação de sete soleiras vertentes instaladas dentro do rio.
No entanto, um parecer técnico da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) analisou a proposta e recomendou ao órgão ambiental que a implantação de soleiras não fosse autorizada.
O documento cita que "impactos negativos resultantes da instalação dessas estruturas hidráulicas, e o incremento insuficiente para inundar a maior parte de floresta aluvial presente nos setores São Pedro e Ressaca e também nos demais setores".
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Sobre esta polêmica, a procuradora da República Thais Santi Cardoso da Silva entendeu como "necessária a avaliação técnica independente de informações da Norte Energia", que já apresentou estudos para a instalação de estruturas hidráulicas dentro do rio.
Em determinação, assinada em dezembro de 2022, ela nomeou onze pesquisadores membros da rede de pesquisa da Volta Grande do Xingu para atuarem como peritos e levantarem informações sobre os possíveis impactos que o empreendimento poderia causar ao meio ambiente e as populações que seriam afetadas.
Responsável pela possível autorização da construção, o Ibama informou em nota que avalia o relatório ambiental enviado pela Norte Energia e que ainda não possui parecer conclusivo acerca do assunto no momento.
A Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pelo acompanhamento de impactos a povos indígenas afetados pela usina, também foi procurada pela reportagem, mas ainda não havia dado respostas até a publicação desta reportagem.
Usina Hidrelétrica Belo Monte fica localizada no rio Xingi, no Pará — Foto: Norte Energia
A região da Volta Grande do Xingu fica em Altamira, no sudeste do Pará, e é onde está instalada a usina hidrelétrica desde 2016. A mesma região é onde há um projeto de mineração de ouro da empresa canadense Belo Sun.
A Norte Energia, responsável pela usina, iniciou o processo de autorização para a construção em março de 2022 a partir do "Relatório Técnico de Caracterização da medida mitigadora dos impactos verificados no Trecho de Vazão Reduzida da Volta Grande do Xingu". A empresa pede autorização para implantação de sete soleiras vertentes instaladas dentro do rio.
No entanto, um parecer técnico da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) analisou a proposta e recomendou ao órgão ambiental que a implantação de soleiras não fosse autorizada.
O documento cita que "impactos negativos resultantes da instalação dessas estruturas hidráulicas, e o incremento insuficiente para inundar a maior parte de floresta aluvial presente nos setores São Pedro e Ressaca e também nos demais setores".
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Sobre esta polêmica, a procuradora da República Thais Santi Cardoso da Silva entendeu como "necessária a avaliação técnica independente de informações da Norte Energia", que já apresentou estudos para a instalação de estruturas hidráulicas dentro do rio.
Em determinação, assinada em dezembro de 2022, ela nomeou onze pesquisadores membros da rede de pesquisa da Volta Grande do Xingu para atuarem como peritos e levantarem informações sobre os possíveis impactos que o empreendimento poderia causar ao meio ambiente e as populações que seriam afetadas.
Responsável pela possível autorização da construção, o Ibama informou em nota que avalia o relatório ambiental enviado pela Norte Energia e que ainda não possui parecer conclusivo acerca do assunto no momento.
A Fundação Nacional do Índio (Funai), responsável pelo acompanhamento de impactos a povos indígenas afetados pela usina, também foi procurada pela reportagem, mas ainda não havia dado respostas até a publicação desta reportagem.
Usina Hidrelétrica Belo Monte fica localizada no rio Xingi, no Pará — Foto: Norte Energia
O que diz a Norte Energia
Em nota, a concessionária reforçou a proposta não se trata de muros, "mas sim de intervenções físicas na forma de soleiras vertentes, que têm como objetivo principal ampliar o período e a área de inundação de trechos de florestas aluviais e formações pioneiras que são fundamentais para a reprodução e alimentação de peixes, quelônios e toda a cadeia ecológica da Volta Grande do Xingu".
A empresa aponta que as soleiras vertentes "não são um fato novo" e que "tais medidas físicas de mitigação já estavam previstas no contexto do licenciamento ambiental da UHE Belo Monte".
Segundo a nota, a avaliação de implantação do projeto faz parte do período de testes do hidrograma ecológico ao longo de 6 anos a partir do enchimento dos reservatórios da usina.
A Norte Energia afirmou que realiza escuta ativa sobre o assunto, promovendo visitas com representantes do órgão ambiental e com lideranças de comunidades ribeirinhas da região, além de manter diálogo com Ibama, Fundação Nacional do Índio (Funai) e comunidades.
A nota cita que a próxima etapa da agenda será o diálogo com os indígenas do território, acompanhados pelo órgão indigenista e "respeitando todas as premissas de participação e protagonismos desses povos, para que possam visitar o modelo reduzido".
Ainda na nota, a concessionária destaca que "anavegação não será interrompida, pois uma das premissas básicas para a implantação das soleiras é não afetar as rotas permanentes de navegação – isto é, rotas que perduram o ano todo, indiferentemente do período hidrológico do rio Xingu".
A empresa anuncia que "sinalizações serão instaladas atendendo critérios da legislação e estarão próximas às soleiras indicando as rotas seguras de navegação".
Fonte:https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2023/01/14/muros-dentro-do-rio-xingu-o-que-se-sabe-sobre-a-polemica-envolvendo-a-usina-de-belo-monte-no-para.ghtml
Em nota, a concessionária reforçou a proposta não se trata de muros, "mas sim de intervenções físicas na forma de soleiras vertentes, que têm como objetivo principal ampliar o período e a área de inundação de trechos de florestas aluviais e formações pioneiras que são fundamentais para a reprodução e alimentação de peixes, quelônios e toda a cadeia ecológica da Volta Grande do Xingu".
A empresa aponta que as soleiras vertentes "não são um fato novo" e que "tais medidas físicas de mitigação já estavam previstas no contexto do licenciamento ambiental da UHE Belo Monte".
Segundo a nota, a avaliação de implantação do projeto faz parte do período de testes do hidrograma ecológico ao longo de 6 anos a partir do enchimento dos reservatórios da usina.
A Norte Energia afirmou que realiza escuta ativa sobre o assunto, promovendo visitas com representantes do órgão ambiental e com lideranças de comunidades ribeirinhas da região, além de manter diálogo com Ibama, Fundação Nacional do Índio (Funai) e comunidades.
A nota cita que a próxima etapa da agenda será o diálogo com os indígenas do território, acompanhados pelo órgão indigenista e "respeitando todas as premissas de participação e protagonismos desses povos, para que possam visitar o modelo reduzido".
Ainda na nota, a concessionária destaca que "anavegação não será interrompida, pois uma das premissas básicas para a implantação das soleiras é não afetar as rotas permanentes de navegação – isto é, rotas que perduram o ano todo, indiferentemente do período hidrológico do rio Xingu".
A empresa anuncia que "sinalizações serão instaladas atendendo critérios da legislação e estarão próximas às soleiras indicando as rotas seguras de navegação".
Fonte:https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2023/01/14/muros-dentro-do-rio-xingu-o-que-se-sabe-sobre-a-polemica-envolvendo-a-usina-de-belo-monte-no-para.ghtml
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