TALASSOTERAPIA: A PRINCIPAL FONTE DOS COSMÉTICOS UTILIZADOS SÃO A ÁGUA DO MAR, ALGAS MARINHAS E ARGILA
Diretamente ligada ao Termalismo está a Talassoterapia, que é definida como a prática terapêutica que compreende o tratamento pelo uso da água do mar e elementos marinhos, tais como algas, lamas marinhas, areias e sais (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018b; HELLMANN, 2014).
Talassoterapia,o que é?
O mar tem propriedades curativas que mal podemos imaginar. Mas, se alguém está pensando que é apenas no sentido de aliviar o stress, está enganado, pois a talassoterapia, técnica que se vale destas virtudes marinhas, vem sendo amplamente utilizada por pessoas com os problemas mais variados.
Os antigos gregos já conheciam essa metodologia medicinal. A Talassoterapia – thalassa, ‘mar’, e terapia, ‘cura’ -, mesmo sem ser conhecida por este nome, já era praticada há pelo menos 4000 anos a.C. pelos chineses, que retiravam das algas vermelhas substâncias com poderes curativos. Algum tempo depois, romanos e gregos também perceberam o potencial marinho na cura de diversas enfermidades. Mas é a Europa que se torna palco dos principais desenvolvimentos desta técnica. Neste continente surgiram, nos séculos XVII e XVIII, os primeiros textos sobre este tema; em 1778 apareceu um pioneiro Instituto de Talassoterapia, instituído por Louis Bagot.
Por volta do século XIX, o Dr. Bonnardiere se torna responsável pela criação da expressão Talassoterapia. Mas quem proporciona alicerces científicos para esta terapia é o biólogo René Quinton. A partir deste momento, este procedimento se dissemina por todo o Planeta, embora em nosso país seja ainda pouco conhecido e explorado, especialmente se levarmos em conta o potencial marinho presente na paisagem brasileira.
Hoje, a Talassoterapia é muito usada no tratamento de pessoas portadoras de artrite, osteoporose, reumatismo, gota, nevralgia, entre outras enfermidades. O paciente mergulha em uma banheira preparada com todos os elementos que simulam o contexto marinho, ou seja, com água potável e uma pastilha efervescente que detém as características do mar. Não é apenas o sal mais comum, o cloreto de sódio, que compõe o ambiente marinho, mas uma série de sais minerais; o ozônio constituinte da refrescante brisa do mar; a alta umidade que se revela excitante e revigorante; a helioterapia ou intensiva luz própria desta paisagem – neste caso é importante estar atento aos riscos de uma prolongada permanência sob o sol -; a areia do mar, repleta de propriedades químicas da água marinha; a lama localizada no fundo do oceano, que possui amplas virtudes curativas; e as algas, as quais podem integrar a refeição ou serem absorvidas pela pele, hidratando-a.
Com tantas propriedades curativas, abundante em oligoelementos e íons, a Talassoterapia se torna eficaz na intensificação do metabolismo humano, assumindo o poder de atuar como antiinflamatório, bactericida, laxativo e desintoxicante no organismo. Na banheira, jatos de água e ar são localizados de forma a atingir 96 pontos de energia do corpo, ao longo de 30 minutos, visando assim acalmar a pessoa e se aliar aos tratamentos convencionais, contribuindo para o restabelecimento da saúde do paciente.
Fontes:
http://cyberdiet.terra.com.br/ cyberdiet/colunas/030314_bel_thala.htm
http://www.naturologo.com.br/ praticas/talassoterapia.htm
Talassoterapia: melhora para a saúde e beleza
Existem muitos tratamentos terapêuticos atualmente. Assim como a Geoterapia, a Talassoterapia também proporciona bem-estar e qualidade de vida, seja na saúde ou beleza. Neste sentido, a talassoterapia faz uso da água marinha para proporcionar efeitos terapêuticos.
Desta forma, vem ao encontro do relaxamento e bem-estar. Assim, através da utilização de algas marinhas ela regenera, relaxa e melhora a saúde. A água do mar oferece diversos benefícios trazendo melhoras não apenas para a saúde como também para a beleza.
Esta técnica começou a ser praticada pelos chineses há pelo menos 4.000 anos. Eles retiravam das algas vermelhas substâncias com que acreditavam ter poderes curativos. O significado do nome é o seguinte: Talassoterapia – thalassa – mar, e terapia – cura, ou seja, cura através do mar. Deste modo, acredita-se que nas algas é possível encontrar minerais e oligoelementos que ajudam a abrir poros e tirar impurezas a fim de renovar a pele.
Como funciona esta técnica?
Muitos acreditam que um banho de mar é capaz de desestressar qualquer pessoa. Já existem também diversos produtos de beleza vindos do mar e de algas que se tornaram conhecido no mundo da estética, já que estes conseguem “limpar” a pele.
E com o proveito de tirar benefícios da água do mar para a melhora da saúde e beleza é que muitos centros estéticos estão adotando a técnica da talassoterapia. Ela pode ser realizada em uma banheira com água potável e com propriedades que simulam o fundo do mar.
Dependendo do lugar, são soltos jatos de água que relaxam o corpo, além de conter todos os ingredientes para deixar a sessão melhor ainda. Se tiver as algas, estas ajudam na desintoxicação do corpo, e melhoram a saúde da pele.
O principal objetivo da talassoterapia é aumentar a circulação do sangue. Mas o procedimento acaba beneficiando não apenas a circulação como outros órgãos e ainda ajuda a manter uma pele hidratada e bonita.
A técnica como um auxílio para a beleza
Além de proporcionar uma melhor saúde, muitas pessoas procuram a talassoterapia pela questão estética. Em tratamentos estéticos, esta técnica ajuda a controlar a celulite e ainda emagrece.
Outro benefício, é que ela facilita a liberação de impurezas que provocam os inchaços. É indicada para aqueles que fizeram uma cirurgia plástica, pois ajuda a cicatrizar ou também para quem vai fazer uma cirurgia porque ajuda a acalmar. De qualquer forma, seus benefícios são tantos que é possível notá-los em uma única sessão.
Benefícios da Talassoterapia
- Traz benefícios para a saúde cardiovascular;
- Reduz o estresse;
- Tonificação muscular;
- Melhora na qualidade do sono;
- Melhora a circulação sanguínea;
- Hidratação da pele;
- Alivia as dores;
- Melhora a respiração.
Onde fazer?
Existem centros estéticos que aplicam esta técnica. Até em hotéis é possível encontrar banhos relaxantes com água marinha e algas. Se você acha que é muito caro, está enganada. Claro, o preço pode variar de clínica para clínica.
Fonte:https://www.eusemfronteiras.com.br/talassoterapia-melhora-para-a-saude-e-beleza/
Você conhece o poder da talassoterapia?
Utilizando os princípios ativos da água do mar, a talassoterapia é um tratamento terapêutico que utiliza técnicas de tratamento corporal com a finalidade de cura e prevenção de doenças.
Nesse artigo, saiba tudo sobre a talassoterapia e conheça todos os benefícios que ela pode promover à sua saúde.
O que é a talassoterapia
A talassoterapia é o uso terapêutico da água do mar e produtos marinhos como algas marinhas, argila, lama marinha, e até mesmo o clima do mar para promover saúde, bem-estar e beleza.
A palavra Talassoterapia tem origem na palavra grega “thalassa”, que significa “mar e “terapia” que significa “cura”. Portanto, trata-se de um tratamento terapêutico que visa a revitalização do corpo através dos princípios ativos de elementos marinhos.
O uso de água do mar aquecida para benefícios terapêuticos remonta aos romanos, que também tinha o hábito de banhos de imersão em fontes minerais quentes. Era tradicionalmente uma cura para pessoas com problemas e lesões comuns, e mais recentemente tem sido usado para aliviar o estresse, ajudar no tratamento de dores e até mesmo para perder peso.
Você conhece o poder da talassoterapia?
Você conhece o poder da talassoterapia?
Utilizando os princípios ativos da água do mar, a talassoterapia é um tratamento terapêutico que utiliza técnicas de tratamento corporal com a finalidade de cura e prevenção de doenças.
Nesse artigo, saiba tudo sobre a talassoterapia e conheça todos os benefícios que ela pode promover à sua saúde.
O que é a talassoterapia
A talassoterapia é o uso terapêutico da água do mar e produtos marinhos como algas marinhas, argila, lama marinha, e até mesmo o clima do mar para promover saúde, bem-estar e beleza.
A palavra Talassoterapia tem origem na palavra grega “thalassa”, que significa “mar e “terapia” que significa “cura”. Portanto, trata-se de um tratamento terapêutico que visa a revitalização do corpo através dos princípios ativos de elementos marinhos.
O uso de água do mar aquecida para benefícios terapêuticos remonta aos romanos, que também tinha o hábito de banhos de imersão em fontes minerais quentes. Era tradicionalmente uma cura para pessoas com problemas e lesões comuns, e mais recentemente tem sido usado para aliviar o estresse, ajudar no tratamento de dores e até mesmo para perder peso.
O princípio por trás da talassoterapia é que a imersão repetida em água quente do mar, lama marinha e algas ricas em proteínas ajuda a restaurar o equilíbrio químico natural do corpo. Isso, porque a água do mar e o plasma humano são muito semelhantes em termos de conteúdo mineral.
Assim sendo, quando imerso em água do mar morna, o corpo absorve, através da pele os minerais de que ele precisa. São eles compostos de magnésio, potássio, cálcio, sódio e iodo.
Outra forma muito comum de tratamento com a talassoterapia é através de técnicas específicas de massagens e bandagens. Com isso, o corpo passa a absorver através dos poros todos os sais minerais presentes nos elementos marinhos, sendo possível alcançar, através desse processo de remineralização, inúmeros benefícios à saúde para diversas finalidades.
Além do tratamento para a saúde, a talassoterapia também é amplamente utilizada para tratamentos estéticos, incluindo os tratamentos corporais e faciais. Desses tratamentos incluem celulite, flacidez e revitalização da pele ressecada, desidratada e envelhecida por conta dos radicais livres.
Os elementos usados na talassoterapia
A água do mar é riquíssima em minerais. Isso acontece porque ela vem do fundo do oceano se deslocando até chegar na superfície. Nesse processo, ela retém as mais variadas substâncias das camadas geológicas, resultando em uma composição altamente equilibrada com propriedades terapêuticas.
Além da água do mar, os tratamentos também usam algas marinhas, ricas em diferentes concentrações de nutrientes e as também as argilas, que são retiradas do fundo dos rios e mares, ricas em elementos nitrogenados.
Os benefícios da talassoterapia para a saúde
A talassoterapia como tratamento terapêutico pode proporcionar diversos benefícios à nossa saúde. Os principais deles são:
Diminuição das dores em geral
Devido ao efeito analgésico da água do mar, muitas dores crônicas e agudas podem ser tratadas. Dessas dores podem ser inclusas as dores nas extremidades e as de origem da coluna vertebral.
Melhora na circulação do sangue
Muitos problemas de circulação podem ser tratados com os princípios da água do mar, pois ela proporciona uma melhora significativa na circulação sanguínea. Portanto, dores nas pernas oriundas de problemas de circulação recebem são tratados com grandes resultados.
Diminuição do estresse
Além da função naturalmente relaxante da água do mar através dos sais, a massagem terapêutica também ajuda a promover um significante alívio do estresse. Com isso, diversos males oriundos desse problema também são aliviados, bem como: estados depressivos, insônia, cansaço excessivo, desânimo, fraqueza etc.
Melhora da respiração
Pessoas com problemas respiratórios têm grandes benefícios através dos princípios ativos marinhos, que proporcionam uma melhora nas vias respiratórias.
Doenças dermatológicas
Por conta da ação desintoxicante e antioxidante da água do mar, esse tratamento proporciona uma melhora significativa nos problemas da pele de origem inflamatória.
Tratamento da celulite
Geralmente feito através de bandagens, esse tratamento é feito com faixas umedecidas em produtos cosméticos com substâncias ricas em elementos naturais da água do mar. São substâncias possuem adição de oligoelementos essenciais que promovem um aquecimento das células epidérmicas, promovendo a liberação de várias impurezas, bem como: toxinas, ácidos graxos e radicais livres. Com isso é facilitada a diminuição de celulites e até mesmo a perda de medidas.
Onde encontrar
Como já vimos, existem diferentes procedimentos usados na talassoterapia. Alguns deles são indicados para serem feitos em SPAs ou clínicas especializadas. Outros podem ser feitos em casa, como é o caso da talassoterapia feita com bandagens, por exemplo.
Fonte:https://drervas.com/talassoterapia/
8 razões para experimentar a Talassoterapia
A Talassoterapia, do Grego Thalassa, baseia-se na utilização das propriedades únicas do meio marinho - água do mar, algas e microclima para fins terapêuticos, num ambiente controlado e sob vigilância médica.
Há cerca de duas décadas a Talassoterapia era praticamente desconhecida mas nos últimos anos tem vindo a ganhar adeptos na área da reeducação física e cura de saúde e bem-estar. Esta terapia promove um conjunto de benefícios preventivos e curativos para a saúde do nosso organismo devido ao facto do meio marinho possuir características verdadeiramente únicas tais como:
- A composição química da água onde se encontram sais minerais e oligoelementos essenciais ao organismo - magnésio, potássio, cálcio e sódio
- O poder tonificante e drenante das algas
- As características do clima marinho que é húmido, caracterizado pela presença de ventos e brisas que permitem produzir verdadeiros aerossóis de água do mar.
A combinação da ação térmica da água do mar – aquecida a 34-38ºC com tratamentos específicos como a hidromassagem, circuitos de hidromassagem, ginástica dentro de água, duche escocês e aplicações tópicas potencia um conjunto de benefícios tais como:
- Melhor absorção dos sais minerais e oligoelementos através da pele, criando uma reserva destes no organismo.
- Hidratação e regeneração da pele.
- Estimulação do metabolismo, facilitando a assimilação de nutrientes.
- Eliminação de resíduos, promovendo a desintoxicação.
- Relaxamento e alívio da dor e do espasmo muscular
- Aumento da amplitude de movimento corporal
- Melhoria das atividades funcionais da marcha
- Fortalecimento muscular e reeducação dos músculos paralisados.
Talassoterapia, a saúde que vem do mar
12 de Fevereiro de 2011, 0:00
Portugal é o país ideal para a prática da talassoterapia. Mas os portugueses ainda não estão bem informados sobre os benefícios da água do mar e poucos sabem que um dos melhores cinco centros do mundo é no Algarve. Maria Antónia Ascensão experimentou alguns tratamentos e conversou com quem vai ao mar buscar saúde
Portugal é um país pequeno mas tem uma extensão de costa superior a dois mil quilómetros. Está situado em pleno Atlântico, oceano que tem as águas mais ricas para prática de talassoterapia. "As águas do Mediterrâneo, por exemplo, têm muito pouco poder terapêutico, o mar é morto e, por isso, a água tem menos força e também menos oligoelementos", disse à Fugas Beatrice Pinto, a directora do centro de talassoterapia de Vilalara, considerado pela revista de viagens Condé Nast Traveller um dos cinco melhores centros para a prática de talassoterapia do mundo e distinguido pelos World Travel Awards 2010 como o melhor Spa Resort em Portugal.
A talassoterapia é uma terapia de saúde e bem-estar que faz parte dos dez pacotes turísticos nos quais assenta o Plano Estratégico Nacional de Turismo. Mas, segundo um estudo da Associação Empresarial de Portugal (2009) da Câmara de Comércio e Indústria, Portugal ainda está mal posicionado no ranking dos destinos de saúde e bem-estar, sector liderado pela Itália.
"Falta divulgação sobre o que é a talassoterapia", defende Soraya Ali, do Centro de Talassoterapia da Costa de Caparica. O director do spa do Hotel Real Villa Itália, Cristóvão Silva, também concorda: "Falta divulgação e aconselhamento médico."
A talassoterapia é a utilização combinada da água do mar, o ar marinho e substâncias extraídas do mar, como algas, lamas e areia. O termo talassoterapia provém do grego thalassa (mar) e therapia (tratamento). Embora utilizada pelos gregos e romanos pelos seus efeitos terapêuticos, a prática perde-se no tempo. Em 180 a.C., Eurípedes escrevia que "a água do mar cura as doenças dos homens" e Hipócrates recomendava os banhos quentes de água do mar. Mas só em 1820 é que surgiram os primeiros centros de talassoterapia, tal como os conhecemos hoje, na região francesa da Bretanha.
Em Portugal surgiu em 1990, no Hotel Vilalara. "Na altura, a cultura do spa já estava muito madura em França. O proprietário do hotel na altura, o suíço Léon Levy, resolveu trazer para cá o conceito, sobretudo para atrair clientes no Inverno", recorda Beatrice Pinto. E conseguiram porque o centro de talassoterapia deste resort é frequentado sobretudo por portugueses. "O português foi muito habituado a fazer curas nas termas. Os que aqui vêem são sobretudo aqueles que encaram a talassoterapia como termas, só que com água do mar ".
A descoberta da acção virtuosa do mar no bem-estar físico e mental é a razão do sucesso desta terapia, que conta tanto com tratamentos curativos como preventivos. A água do mar é uma fonte de elementos vitais, devido às suas qualidades biológicas e à composição fisiológica semelhante ao plasma humano - contém 92 dos 120 oligoelementos recenseados, como o magnésio, iodo, lítio, zinco, cobre, selénio e cálcio. Aquecida, entre 32ºC e 36ºC, favorece a penetração dos oligoelementos ao nível da epiderme, reforça o sistema imunitário e proporciona relaxamento muscular e descontracção. Por exemplo, uma pessoa de 80 kg, pesará apenas 20 dentro de água doce e oito dentro de água do mar, o que facilita esforços e permite uma reabilitação mais rápida.
Os centros de talassoterapia têm programas específicos para emagrecer, combater o stress ou tonificar as pernas, mas todos têm médicos que criam programas específicos, adaptados às necessidades de cada pessoa. Para se obterem resultados, os programas têm, em média, a duração de seis dias, sendo que não é aconselhado fazer mais do que quatro tratamentos diários porque, como explica Beatrice Pinto, o corpo tem um limite de assimilação dos elementos do mar - a partir do quarto tratamento há uma saturação e o corpo deixa de assimilar.
Viver melhor
Na Costa de Caparica existe há 16 anos o único centro de talassoterapia do país que não está integrada numa unidade hoteleira. A média de idades de quem frequenta este centro ronda os 60 anos. "Temos pessoas que há anos vêm duas vezes por semana. A maior parte tem uma saúde de ferro e não aparenta a idade que tem, parece que pararam no tempo", diz Soraya Ali, aludindo aos benefícios da talassoterapaia. Aqui também vem quem quer passar um bom momento e relaxar. "Muitos vêm quando estão em situações de stress, simplesmente porque alguém lhes disse que fazia bem, a maior parte nem conhece os benefícios da água do mar. Nós tentamos "educar" e explicar os benefícios desta terapia às pessoas."
A talassoterapia está indicada principalmente para a recuperação corporal; cansaço físico e/ou mental; convalescença médica, cirúrgica ou pós-parto; estados dolorosos, rigidez, dores provocadas por doenças reumáticas ou na sequência de acidentes. "Em casos de stress, por exemplo, no final de uma semana os clientes dizem-nos que "ganham asas"", conta Beatrice Pinto.
Para captar mais gente para o centro, o casal de empresários do centro da Costa de Caparica criou aulas de hidroterapia de grupo há seis meses e "a adesão ultrapassou as expectativas", contam. Esta é também uma forma de tornar os tratamentos mais acessíveis, uma vez que não são comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde - podem ser incluídos no IRS quando prescritos pelos médicos. Os tratamentos de talassoterapia mais baratos custam entre 20 e 40 euros por sessão, sendo que quando adquiridos em pacotes os preços baixam um pouco.
"Não existe nenhum estudo, mas quem lida directamente com as pessoas sabe que quem faz talassoterapaia com regularidade tem mais saúde", referem os responsáveis do centro da Costa de Caparica. Mas faltam normas e regulamentação. Apesar dos poderes terapêuticos da água do mar, esta não está oficialmente equiparada às águas minerais termais. "Somos irmãos, utilizamos as mesmas práticas e técnicas e os centros de talassoterapaia podem ser nossos associados, mas realmente carece de regulamentação", refere o secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto Barbosa. Este dirigente diz ainda que existe já um grupo de trabalho internacional para a criação de normas para a talassoterapia.
Os estrangeiros estão mais informados
Porque é que os centros de talassoterapia estão quase todos integrados em unidades hoteleiras de cinco estrelas? "É preciso ter em conta que o processo de extracção da água é uma coisa muito complexa e que requer um grande investimento. Mas é um desperdício não aproveitar o facto de sermos o país com a maior percentagem de água do mar relativamente ao nosso tamanho", diz Cristóvão Silva.
Apesar de poucos, os centros portugueses são bem conhecidos no estrangeiro. "O cliente estrangeiro já vem à procura, nomeadamente o espanhol, que está muito mais sensibilizado para este tipo de benefícios - dispensa as massagens e sabe posicionar-se dentro de água, conhece o tempo que deve estar em cada jacto", refere o director do spa do Vila Itália.
Mas esta recarga de energias que a talassoterapia proporciona é interdita a alguns, como é o caso de quem tem problemas cardíacos, hipertiroidismo, hipertensão e problemas de pele (fungos, por exemplo). As grávidas também não devem entrar na água aquecida a 34 graus porque esta pode fazer subir a tensão arterial e, se estiverem em estado avançado de gravidez, podem sofrer um parto prematuro.
Revelados os benefícios, basta começar a usufruir e contrariar a ideia de que os portugueses são "pouco abertos a coisas diferentes", como diz Cristóvão Silva. O sucesso da talassoterapia não se prende a modas, mas à descoberta da acção virtuosa do mar no bem-estar físico e mental. Se no século XX foram as termas, no século XXI é a talassoterapia.
Fonte: https://www.publico.pt/2011/02/12/jornal/talassoterapia-a-saude-que-ve-m-do-mar-21248278
A principal fonte dos cosméticos utilizados na talassoterapia são a água do mar, algas marinhas e argila.
A água do mar possui origem das profundezas do oceano, na medida em que ela se desloca para a superfície, traz substâncias das diversas camadas geológicas que emergem com um conteúdo rico em iônico naturalmente equilibrado, que somando a alguns elementos possuem propriedade terapêuticas, trazendo um novo equilíbrio ao metabolismo, fazendo uma nutrição e provocando osmose nas toxinas do corpo.
As algas marinhas, definidas pelos especialistas como “ancestrais da vida”, por existirem a milhões de anos na Terra, possui um valor ligado ao seu primitivismo. São conhecidas mais de 25 mil tipos de algas de colorações verde azulado até o vermelho. Cada uma apresenta uma concentração diferente de nutrientes que são utilizados para inúmeros fins.
As argilas utilizadas no tratamento são retiradas do fundo dos rios e mares, são chamadas de argilas secundárias (verde e negra). São riquíssimas em elementos nitrogenados o que dão a elas uma característica rica em nutrientes e capaz de eliminar toxinas do corpo.
A ação destes cosméticos
- Relaxam a musculatura;
- Regulam funções orgânicas;
- Aumentam a permeabilidade cutânea;
- Se infiltram na pele, devido as suas características iônicas;
- Fazem um micro-peeling cutâneo;
- Auxiliam a normalização das secreções seborreicas;
- Reduzem o suor excessivo (hiperidrose);
- Estimula as enzimas adenilciclase, devido a alta concentração de iodo orgânico;
- Auxilia na microcirculação cutânea.
Recomendações
- Muito recomendado para tratamentos contra a celulite e gordura localizada;
- Sessões realizadas por profissionais duas vezes por semana;
- Os especialistas indicam a utilização dos produtos em casa diariamente, sendo imprescindível para bons resultados.
Passo a passo do tratamento: (Protocolo)
Quebra de resistência e Afinamento: É espalhado em movimentos circulares, na forma de massagem leve e uniforme. Utilizando o um Creme Gomagem para o corpo, produto escolhido pelo profissional, este produto possui Pérolas de Polietileno, Hera, Cetella asiática (que ativa a microcirculação), Óleos de Amêndoas doces e Extrato de Cavalinha (auxiliador na reestruturação do tecido conjuntivo);
Massagem: Massageia-se com o creme de massagem em toda a região que deseja ser tratada, com movimentos de drenagem linfática ou massagem modeladora. A forma como será feito este procedimento vai depender do objetivo do tratamento.
Talassoterapia: É dissolvido duas colheres de sopa de Sais de Talassoterapia em ½ litro de água morna. São embebidas faixas de crepe já pré-umedecidas com água morna nesta solução. Depois, é envolvida as partes do corpo a serem tratadas, deixando agir de 20 a 30 minutos. Depois é removido as faixas e o excesso de resíduos. Além de conter Sais Marinhos este produto contém Algas Marinhas, Centella Asiática e Ginkgo Biloba, essencial para a proteção do colágeno e a estimulação da microcirculação.
Finalização: Neste processo é aplicado o gel Lipossomado Coenzima Q10, protetor da membrana celular, nutritivo energético. Este gel promove uma permeação rápida e profunda. Ele deve ser espalhado com uma mensagem suave, onde o profissional deve solicitar a retirada de seu cliente depois do banho.
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Fonte: https://blog.portaleducacao.com.br/talassoterapia-um-protocolo-corporal/
Talassoterapia
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- Universidade de Aveiro
Referência Gomes, C. S. F., (2021) Talassoterapia, Rev. Ciência Elem., V9(4):067
Resumo
Tal como o Termalismo a Talassoterapia é outra importante atividade económica do âmbito da Hidrologia Médica e que, por definição, consiste no “Uso da água do mar, de produtos do mar (areia, lama, sal, algas) e, ainda, o clima e aerossóis do litoral marítimo como forma de terapia”. Porém, a definição atual de Talassoterapia é ainda mais precisa, porque considera: “O uso combinado com fins preventivos e terapêuticos da água do mar e de produtos derivados do mar, sob aconselhamento e supervisão médica, no interior de espaços adequados e equipados para o efeito, os Centros de Talassoterapia localizados cerca do mar”. Publicações recentes sobre Talassoterapia referem os antecedentes históricos do uso da água do mar com propósitos terapêuticos, os conceitos, as propriedades físicas e químicas da água do mar e dos produtos dela derivados (areia, lama, algas, sal e aerossóis)1, 2, 3. O conceito holístico de Talassoterapia contempla também o exercício físico controlado e a reeducação alimentar.
A Talassoterapia insere-se na área científica e técnica da Hidrologia Médica, competência do amplo campo da Medicina. Assim, apenas os médicos, de preferência aqueles com essa especialização, devem ser responsáveis pelos spas onde se pratica a Talassoterapia, e também devem estar envolvidos no acompanhamento do estado de saúde dos pacientes considerando potenciais contraindicações, e na prescrição e supervisão do método de aplicação do tratamento.
Dá-se o nome de Talassoterapia, palavra que deriva da palavra grega Thalassos que significa mar e da palavra terapia que significa tratamento, à aplicação terapêutica ou cosmética da água do mar, ou à aplicação de produtos derivados da água do mar ou com esta relacionados, tais como: areia, algas, lamas, clima marítimo, etc..
França foi o país pioneiro da talassoterapia científica, tendo o primeiro balneário, onde a água do mar era utilizada em cuidados de saúde, sido estabelecido em Dieppe.
O termo Talassoterapia é atribuído ao Dr. De la Bonnardière, em 1867, pelo uso medicinal da água do mar numa Estância ou Resort, em Arcachon, França. Mais tarde, em 1899, o Dr. Louis Bagot criou o primeiro Centro de Talassoterapia, em Roscoff, em França.
Também, foi ao biólogo francês René Quinton, em 1904, que se deveu a identidade orgânica entre a água do mar e o plasma do sangue do homem.
Gregos e Romanos veneravam Neptuno e Poseidon, respetivamente, como os deuses dos mares. Já Eurípides (480 — 406 a.C.), poeta Grego, dizia: “O mar cura todas as doenças do homem”. Ainda na Grécia antiga, Hipócrates (460 — 370 a.C.) considerado o pai da Medicina, prescrevia tratamentos que utilizavam a água do mar, quer sob a forma de ingestão, quer sob a forma de aplicações externas (banhos a abluções). Também, Polybius (205 — 120 b.C.), escritor Grego, dizia: “Tudo no mar é benéfico, foi a origem do ser humano e continua a cuidar da sua saúde”.
Propriedades físicas, químicas e microbiológicas da água do mar
A composição química da água do mar é quase semelhante à composição química do plasma sanguíneo, se bem que a concentração de sais minerais na água do mar, 32 g/l, seja cerca de três vezes superior à concentração de 9 g/l existente no plasma.
Existem produtos, como é o caso de sprays nasais utlizados em certos cuidados de saúde e comercializados sob a marca Rhinomer®, que são compostos de água do mar devidamente esterilizada após diluição para reduzir o teor salino até 9 g/l de NaCl, i.e., água de mar isotónica. Para o efeito, a um dado volume de água do mar é adicionado um volume duplo de água destilada.
O chamado plasma Quinton® é preparado do mesmo modo, se bem que a água do mar seja esterilizada. É sabido que a água do mar isotonizada pode substituir o plasma sanguíneo e curar ou melhorar certos problemas de saúde.
O nosso nariz atua como um filtro protetor dos cerca de 10.000 l/dia de ar que inspiramos, ar que contém várias impurezas que causam irritações nasais e fazem aumentar a secreção da mucosa nasal.
O mar é de facto uma fonte infalível de saúde e bem-estar. A água do mar é a água mineral mais rica porque contém os 92 elementos químicos naturais ou minerais constantes da Tabela Periódica, para além de aminoácidos e vitaminas.
O cloreto de sódio (NaCl) é o componente fundamental da água do mar representando cerca de 80% do total de sais nela dissolvidos, sendo os restantes sais sulfatos, bicarbonatos, brometos, fluoretos e silicatos.
Ca, Mg, K, Br, B, F, Si e mais 79 oligoelementos estão presentes na água do mar, assim como todos os gases presentes na atmosfera sendo os mais abundantes, o azoto, o oxigénio e o gás carbónico.
Pode dizer-se que a água do mar tem composição, em termos de concentração de sais minerais e oligoelementos, quase idêntica à composição do plasma sanguíneo humano.
A temperatura da água do mar varia desde -4oC, no Ártico, até 30oC, nas zonas tropicais, e a densidade da água do mar varia desde 1,028 g/l até 1,032 g/l.
Em termos práticos está reconhecido que as práticas de Talassoterapia, quando a água do mar é aplicada por via externa, particularmente através de efeitos térmicos e mecânicos, estimulam a circulação sanguínea, asseguram o relaxamento muscular e reduzem o stresse, tendo também efeitos analgésico e anti-inflamatório.
Mas, a água do mar pode ser administrada também por via interna, ingerida ou nebulizada, tal com acontece com a água natural mineral utilizada para fins terapêuticos nos balneários das Estâncias Termais.
Estudos efetuados por cientistas dos EUA evidenciaram que a aplicação de aerossóis de água do mar rica em sais minerais (cloreto de sódio e vários outros sais) ou de soluções hipertónicas tem efeitos positivos na doença denominada fibrose cística que afeta os pulmões, é hereditária e é causadora de mortalidade.
A FIGURA 1 evidencia a participação, em termos ponderais relativos, dos seis elementos químicos ou sais minerais mais abundantes que, na forma iónica, estão presentes num quilograma de água do mar4.
A composição química da água de mares e oceanos não é uniforme, variando dentro de limites estreitos, função da geologia e do clima prevalecente no mar de determinada região. Por exemplo, foram reconhecidas diferenças, em termos dos parâmetros químicos e físico-químicos, entre a água do Oceano Atlântico colhida em frente à praia da ilha do Porto Santo (Arquipélago da Madeira) e a água Oceânica de Referência4.
Importa insistir que a composição química do plasma sanguíneo do Homem e a composição química da água do mar são muito semelhantes.
A segurança e o controle sanitário, seja ou microbiológico ou geoquímico, devido à eventual patogenicidade e toxicidade existentes nos produtos do mar empregados por se considerar terem efeitos curativos são requisitos importantes. Elementos potencialmente tóxicos, incluindo metais pesados, e microrganismos potencialmente patogénicos, bactérias e fungos, podem estar presentes em tais produtos.
A Talassoterapia pressupõe a utilização da água do mar com todas as suas potenciais propriedades terapêuticas. A captura e a filtração não devem eliminar o plâncton e deve-se garantir que o local de captação esteja livre de poluição.
A TABELA 1 mostra os limites microbiológicos propostos pela ESPA (European Spas Association) para a água do mar utilizada em Talassoterapia.
Centros de Talassoterapia em Portugal
Os Centros de Talassoterapia devem ficar situados junto ao mar ou do oceano, uma vez que a água do mar ou do oceano e os produtos derivados da água não podem ser embalados e transportados para grandes distâncias sem perderem qualidade.
Em Portugal há 5 Centros de Talassoterapia ou Centros-Talasso: Thalasso Costa da Caparica, na Costa da Caparica, Almada; Talassoterapia & Spa de Vilalara, em Lagoa, Algarve; Thalgo Prainha, na Praia dos Três Irmãos, Portimão, Algarve; Barra Talasso, S.A., na Nazaré; e Baleira Thalasso & Spa, no Cabeço da Ponta, na ilha do Porto Santo, arquipélago da Madeira.
É facto que Portugal não está tirando vantagem das potencialidades que a Talassoterapia representa. A linha de costa portuguesa tem uma extensão estimada em 1792 km, valor para o qual contribuem com 960 km as linhas de costa das ilhas dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
A linha de costa Atlântica de Portugal continental está estimada em 832 km, existindo no litoral agregados populacionais de dimensão variada, paisagem natural bem conservada e de rara beleza, e boas acessibilidades, tudo condições privilegiadas para a instalação de Centros-Talasso em número significativamente superior ao que hoje existe.
A Talassoterapia requer ser bem divulgada e praticada. Presentemente, em Portugal a economia do mar representa cerca de 3% do PIB, valor que se espera ver significativamente aumentado em futuro próximo6.
A Talassoterapia pode ser praticada em dois tipos de estabelecimentos: Centros-Talasso ou Centros de Talassoterapia e spa-Talasso, os últimos integrados em unidades hoteleiras.
Uma referência ao número de estabelecimentos dedicados à Talassoterapia, a nível mundial: França, 60; Espanha, 57; Tunísia, 40, Itália, 27; Turquia, 12; Roménia 11; EUA, 10.
Benefícios da Talassoterapia para a Saúde
Os benefícios para a saúde humana da Talassoterapia resultam dos minerais, quer dissolvidos na água do mar, quer participantes da composição de areias, lamas e aerossóis marinhos.
Os tratamentos de Talassoterapia são indicados, principalmente, para doenças do sistema respiratório (asma, rinite e sinusite), doenças alérgicas da pele (eczema, acne e psoríase), doenças reumáticas e musculoesqueléticas (artrose, artrite, ciática e pós-traumática); os tratamentos são contraindicados nos casos seguintes: problemas cardíacos severos, hipertensão muito alta, flebite, lesões dérmicas ulceradas ou infetadas e neoplasias.
O uso individual para fins preventivos e terapêuticos e sob aconselhamento e supervisão médica de qualquer dos produtos do mar antes referidos não deve ser chamado Talassoterapia, a não ser que tenha lugar no interior das instalações do Centro de Talassoterapia onde o uso da água do mar é, necessariamente, também praticado.
Em regra, a água do mar e os produtos dela derivados, areia, lama e sal são terapeuticamente utilizados de modo separado em “spas de Talassoterapia, psamoterapia (terapia que utiliza areia marinha especial), lamaterapia / peloterapia (terapias que utilizam lamas especiais e peloides) e haloterapia (terapia que utiliza os aerossóis emanados do sal). Só excecionalmente a água do mar e os produtos areia e lama dela derivados são utilizados no mesmo Centro de Talassoterapia para fins terapêuticos”2, 3.
A Hidrohaloterapia envolve o uso de banhos em água de mar hipersalina e a Hidrohaloterapia + Terapia de Lamas envolve o uso de banhos em água de mar hipersalina e a aplicação tópica de lama salina rica em matéria orgânica de coloração escura acumulada no fundo das salinas desativadas. A matéria orgânica resulta da putrefação de algas criadas nas salinas, mais precisamente nos tanques de evaporação. Os movimentos realizados pelos banhistas ou usuários durante os banhos podem fazer com que a lama seja levantada do fundo, possa ser engolida ao ficar suspensa na água. Também, a absorção dérmica, caso o lodo possa estar contaminado com microrganismos patogénicos potencialmente tóxicos e / ou metais pesados, pode representar um risco para a saúde dos banhistas.
A hidrohaloterapia envolve tratamentos com água do mar mais salgada do que é normal. É o que acontece, por exemplo, em Salies de Béarn, no sudoeste da França, onde existe um spa que trata com banho de água salgada natural quem sofre de psoríase, doença cutânea que ocorre em particular nos cotovelos e no couro cabeludo e que é causada pelo rápido crescimento e renovação das células da pele.
Também as propriedades terapêuticas da água hipersalina do Mar Morto em doenças de pele são conhecidas desde a Antiguidade. Uma situação semelhante ocorre com os banhos termais salinos em Bad Bentheim, na Alemanha, e na “Lagoa Azul” na Islândia.
Os efeitos positivos da água salgada na psoríase são conhecidos, mas os agentes e os mecanismos de ação aos quais os benefícios são atribuídos ainda não estão bem elucidados. Mas, há investigações que apontam para uma contribuição biogeoquímica porque há evidências de níveis aumentados de certos minerais no soro sanguíneo de pacientes tratados com água salina durante quatro semanas, minerais contidos na água salgada, tais como: bromo, iodo, cálcio, magnésio e zinco.
Em Portugal existem várias salinas ativas, localizadas em Aveiro, Figueira da Foz, Samouco, Olhão e Castro Marim, onde tanques desativados da produção de sal são utilizados para banhos.
A água do mar utilizada nos Centros de Talassoterapia é captada e extraída de três modos: furos mecânicos nas zonas litorais; conjunto de tubos do fundo do mar; diretamente do mar. Em qualquer caso, a água extraída será purificada. A Talassoterapia dá como certo o uso da água do mar dotada de todas as suas propriedades terapêuticas potenciais. Tanto a captação quanto a filtração não devem eliminar o plâncton, e deve-se garantir que o local de captação esteja livre de poluição.
O sal marinho também tem interesse terapêutico. A chamada haloterapia é a terapia que utiliza o halo, palavra derivada do grego e que significa sal.
No spa onde é praticada a haloterapia o tratamento dura cerca de 40 minutos e ocorre numa sala com piso, paredes e teto revestidos com sal, onde existe um vaporizador de ar húmido que liberta cerca de 30 mg/hora de aerossol de sal.
O spa onde a haloterapia é praticada deve cumprir as normas e protocolos prescritos na Diretiva Europeia CE93/42EEC.
Em Portugal existem quatro Centros de Haloterapia localizados nas cidades do Porto, Lisboa, Castelo Branco e Aveiro.
A experiência dos mineiros das minas de sal-gema tem destacado os benefícios da respiração dos aerossóis salinos formados no ambiente natural das minas relativamente a doenças respiratórias, tais como: asma, bronquite, rinite e outras alergias.
A Mina Real de Wieliczka, localizada perto da cidade de Cracóvia, na Polónia, é uma estrutura subterrânea artificial, que começou a ser construída em 1290 e foi fechada em 2007; ela faz parte do Património Natural e Cultural da UNESCO, e já abrigou um sanatório para doentes que sofriam de doenças respiratórias. Dentro da mina, as galerias são tão espaçosas que abrigam uma catedral construída com blocos de sal e esculturas igualmente construídas com sal.
Com origem na Mina Real de Wieliczka são comercializados blocos de sal que possuem cavidades interiores onde são adaptadas lâmpadas elétricas. O calor liberado pela lâmpada provoca a formação de um aerossol salino que faz com que o ar ambiente se enriqueça nos iões presentes no sal, tais como: Na+, K+, Mg2+, Cl-, Br- e I-.
O sal também pode ser utilizado na composição de esfoliantes corporais para tratamentos de esfoliação da pele, na medida em que a sua ação remove células mortas e melhora a circulação sanguínea.
Outros produtos derivados do mar utilizados em talassoterapia: algas, lamas/peloides, areias e aerossóis
Por definição a água do mar é o alvo principal da Talassoterapia, em regra, utilizada na terapia denominada hidroterapia. Todavia certos produtos derivados do mar, tais como algas marinhas, lamas ou lodos marinhos, areias marinhas e clima litoral e aerossóis marítimos, são alvos secundários da Talassoterapia, podendo ser utilizados em terapias denominadas algoterapia, lamaterapia e peloterapia, psamoterapia ou arenoterapia e climatoterapia, respetivamente.
As algas mais utilizadas para fins terapêuticos são as seguintes: Fucus vesiculosus (alga castanha), laminaria (alga castanha), lithothamnium calcareum (alga vermelha), spirulina (alga azul) e ulva lactuca (alga verde). Por exemplo, em França, os Centros de Talassoterapia utilizam principalmente as algas castanhas Fucus vesiculosus e Laminária, colhidas em lugares livres de poluição, lavadas e limpas, e depois submetidas a processo de crio-moagem. Algas frescas e liofilizadas são também usadas.
O estudo e utilização das microalgas como recurso terapêutico é muito recente, justificado pela procura de produtos naturais diferenciadores nos Centros de Talassoterapia e spas.
Um grupo de pesquisadores do Departamento de Física Aplicada da Universidade de Vigo, Espanha, vem desenvolvendo microalgas, fontes de vitaminas, proteínas, pigmentos e minerais para incorporar em peloides, tanto terapêuticos, como cosméticos, para aplicação tópica.
Outro grupo de investigadores têm em curso uma experiência piloto para o cultivo de microalgas marinhas em água do mar do Centro Talaso Atlántico Talasoterapia em Pontevedra, Espanha, e suas aplicações na Talassoterapia, para incorporar, por exemplo, como aditivo funcional em peloides preparados misturando uma argila especial, como é o caso de bentonite, com água do mar7.
A lama salina das salinas também é interessante para ser utilizada em Talassoterapia, como acontece com lamas salinas da costa adriática da Eslovénia, mais precisamente do Parque Natural Sečovlje Salina, que são utilizadas há mais de 100 anos em Health Resorts / Thalasso Resorts, incluindo o Thalasso Spa Lepa Vida.
Lamas manipuladas, modificadas e maturadas, isso é, peloides propriamente ditos ou peloides stricto sensu (s.s.), nas quais a água do mar é a fase líquida, são as mais utilizadas para fins terapêuticos em Centros de Talassoterapia.
A aplicação para uso terapêutico de areias especiais formadas no mar é rara. Em Portugal tal apenas acontece com a areia especial, carbonatada biogénica, que ocorre na praia da costa sul da ilha de Porto Santo, onde têm lugar os tradicionais banhos de areia na base de conhecimento empírico adquirido ao longo de cerca de 200 anos, na zona de transição da praia para a duna frontal, onde a areia está seca. A areia é caracterizada por possuir grão muito fino, maioritariamente de dimensão inferior a 0,250 mm e hábito lamelar. Se a pele dos banhistas estiver húmida por efeito de exsudação, quando deitado sobre a areia esta fica firmemente agarrada à pele, à semelhança dum panado. Em média a areia é composta por cerca de 90% de carbonatos, calcite, calcite magnesiana e aragonite, e por cerca de 10% de outros minerais com destaque para um mineral de cor preta e magnético, a magnetite. Em dias de verão quando a temperatura ambiente regula à volta de 25-26oC a temperatura da areia chega a atingir a temperatura escaldante de 65oC, tal sendo devido à elevada capacidade calorífica da areia que funciona como reservatório de calor. Nos banhos de areia esta deve revestir o corpo (3-5 cm de espessura, abaixo da qual a temperatura da areia exposta à radiação solar andará à volta de 40oC) ficando de fora a cabeça, ou apenas a partes do corpo, por exemplo abaixo da cintura, sendo essencial para usufruir do efeito benéfico do banho que a temperatura da areia seja ligeiramente superior à temperatura do corpo ou partes do corpo. Assim sendo o suor ácido (pH entre 4,5 — 6,0) formado na interface areia/corpo reage com a areia retirando desta por dissolução o Ca, Sr, Mg e outros elementos constituintes dos carbonatos de origem biogénica antes referidos, sendo a calcite magnesiana a forma mais facilmente solúvel.
Desde 1995 os banhos de areia podem ser praticados, sob aconselhamento e supervisão médica, no Centro de Psamoterapia integrado no Hotel Porto Santo, que fica à face da praia, na costa sul da ilha, após terem sido investigadas as propriedades singulares, físicas e químicas, da areia que resultou da desintegração de recifes de coral, seguida da mobilização, concentração e depósito da areia, por vias hídrica e eólica. Informação sobre a metodologia usada nos banhos de areia, tanto no meio natural, como em spa, e sobre a procura em bases científicas justificativa dos efeitos benéficos para a saúde humana da psamoterapia praticada no Porto Santo constam no livro bilingue Ilha do Porto Santo: Estância Balnear de Saúde Natural / Porto Santo Island: Unique Natural Health Resort, no qual consta outra informação relativa a recursos naturais de características igualmente singulares da chamada “Ilha dourada”, epíteto atribuído à ilha pela cor dourada da areia carbonatada biogénica que ocorre na costa sul da ilha, formando um sistema de praias excelentes que se estende por cerca de 9 km.
O clima dos ecossistemas marinhos, nas áreas continentais, e ainda mais nas áreas insulares (clima oceânico), tem especificidades próprias: pureza do ar; estabilidade térmica (baixa amplitude térmica); estabilidade higrométrica (humidade do ar ligeiramente variável); alta pressão barométrica; luz difusa; radiação solar; agitação e renovação permanente do ar; e alta ionização. O ar próximo do mar, principalmente na zona de impacto das ondas, é rico em aerossóis com sais e oligoelementos em suspensão e é renovado em oxigénio. O Mar Morto é um paradigma de local privilegiado para a prática de climatoterapia natural.
Centros de Talassoterapia: legislação, acreditação e certificação
Nos Centros de Talassoterapia deve ser diariamente efetuado um rigoroso controlo químico e higiénico-sanitário, nomeadamente da água do mar das piscinas e jacuzzis, avaliando o pH, a salinidade e o estado bacteriológico, sendo o controlo realizado pelas autoridades sanitárias. A água do mar deve ser utilizada antes de 48 horas após a captação e, se ela for aquecida, a temperatura não deve ultrapassar 50oC, para evitar o risco de alterar a sua composição química. As temperaturas recomendadas são entre 31 — 35oC.
A água do mar, deve ser desinfetada pela ação da radiação ultravioleta, e deve ser frequentemente renovada.
Em Portugal, lamentavelmente não existe legislação específica no domínio da Talassoterapia. França, Tunísia e Espanha são exemplos de países que desenvolveram e criaram legislações específicas para a Talassoterapia.
Na verdade, a França, atualmente com cerca de 60 (sessenta) Centros de Talassoterapia, foi o país pioneiro da talassoterapia científica; uma norma do Ministério da Saúde de 1961, revista em 1971, estabelece as condições legais para a abertura de Centros de Talassoterapia, e os requisitos que devem ser cumpridos.
Em Espanha, a Lei nº 55/1997 de 11 de julho estabeleceu legislação específica que regulamenta, em particular, as condições sanitárias vigentes nos Balneários de Termas e também nos Balneários de Talassoterapia, onde se aplicam os banhos e, eventualmente, os peloides.
Na região espanhola de Múrcia, na laguna junto ao mar conhecida por Mar Menor, mais precisamente em Lo Pagán, San Pedro del Pinar, existe um número bastante significativo de Balneários onde se pratica a Talassoterapia. A água salina da laguna, rica em cloreto de sódio e igualmente rica em Ca e Mg, é caracterizada por um resíduo sólido estimado em 72 g/L, a 180oC. A laguna abrange uma área de 135 km2 e a lâmina de água tem a espessura máxima de 6m.
Em Espanha, em 8 de março de 2004 foi criada a Sociedad Española de Talasoterapia, cujo principal objetivo é fiscalizar os requisitos mínimos, incluindo a segurança sanitária, que os Centros Talasso devem cumprir, e para além dos requisitos é a existência de um médico especialista em Hidrologia no Conselho Diretivo.
Em França, em 2013, Le Syndicat National de Thalassothérapie solicitou à AFNOR um Quadro Legal e Médico da Talassoterapia, e em consequência disso, em 2015, a Norm XP 50- 844, Thalassothérapie - Exigences Relatives à la Prestation de Services propõe uma lista de requisitos ao nível da qualidade e segurança das instalações, equipamentos e higiene, visando a melhoria e a harmonização de todos os serviços e práticas de Talassoterapia.
Na Tunísia, a lei nº 92-1297 de 13 de julho, modificada e atualizada pela lei nº 2001-1081, define normas e requisitos para as atividades realizadas em Centros de Talassoterapia. A Tunísia com cerca de 60 (sessenta) Centros de Talassoterapia ocupa o segundo lugar entre os principais destinos de Talassoterapia do mundo. Atualmente os Centros de Talassoterapia da Tunísia seguem as recomendações propostas pela norma ISO 17680 - Turismo e Serviços Relacionados / Requisitos de Serviços de Talassoterapia -, publicada em 2015, que estabelece os requisitos para a prestação de Serviços de Qualidade nos Centros de Talassoterapia, sendo a higiene e a segurança os critérios privilegiados.
A norma ISO 17680 salienta os cinco pilares principais dum Centro de Talassoterapia:
- Qualidade das infraestruturas, tais como receção, salas de tratamento e áreas técnicas;
- Instalações e equipamentos;
- Recursos humanos com as qualificações necessárias e devidamente formados;
- Melhores práticas, métodos e tratamentos médicos;
- Transporte, armazenamento e manuseio de matérias-primas utilizadas nos tratamentos: água do mar, lama, areia e algas.
Em França, todos os Centros de Talassoterapia existentes devem ser acreditados e certificados pela entidade certificadora Comité Francês de Acreditação e Certificação (COFRAC), confere o credenciamento e certificação para Centros de Talassoterapia em todos os países através da emissão de certificados de qualidade Qualicert5.
A Qualicert é uma entidade independente de certificação criada em França, em 1991, no âmbito da Société Générale de Surveillance, e foi considerada até à data como a primeira organização mundial de controlo de qualidade, inspeção e auditoria dos Centros de Talassoterapia. Os certificados Qualicert garantem a qualidade dos tratamentos e instalações aplicados e existentes nos Centros de Talassoterapia e a atribuição do certificado exige o cumprimento de 7 (sete) requisitos fundamentais, todos contemplados nas legislações Francesa e Tunisina.
- Localização em local privilegiado próximo ao mar;
- Aproveitamento da água do mar natural;
- Aproveitamento de produtos naturais extraídos do mar;
- Vigilância médica permanente;
- Constituição de equipe permanente de profissionais de saúde;
- Serviço de receção com informações detalhadas do Centro Talasso;
- Controle permanente do grau de higiene, segurança e satisfação dos utentes.
Á semelhança dos Quadros Regulatórios antes referidos é de todo desejável que, em Portugal, os Centros de Talassoterapia também tenham um Quadro Regulatório para poderem ser acreditados e certificados, requisitos fundamentais para atrair utentes.
Referências
- 1 MORER C., Talasoterapia, Boletim Sociedad Española de Hidrologia Médica, 31, 119-146 . 2016.
- 2 GOMES C.S.F. & SILVA J.B.P., Ilha do Porto Santo: Estância Balnear de Saúde Natural / Porto Santo Island: Unique Natural Health Resort, Madeira Rochas-Divulgações Científicas e Culturais, Funchal, RAM, 237pp. ISBN: 978-972-99004- 4-0. 2012.
- 3 GOMES C.S.F. et al., Thalassotherapy in Porto Santo Island of the Madeira Archipelago: Facts and Prospects, Boletim Sociedad Española de Hidrologia Médica, 34 (1), 9-33. ISSN: 0214-2813. DOI: 10.23853/bsehm.2019.0953. 2019.
- 4 GOMES C.S.F. et al., Minerals latu sensu and Human Health: Benefits, Toxicity and Pathologies, Springer, ISBN:978-3- 030-65705-5; eBook: 978-3-030-65706-2. DOI: 10.1007/978-3-030-65706-2. 2021.
- 5 VIEGAS FERNANDES J. & VIEGAS FERNANDES F.M., Turismo de Saúde e Bem-Estar no Mundo: Ética, Excelência, Segurança e Sustentabilidade, Editora SENAC, São Paulo, Brasil, 264pp. 2011.
- 6 GAMEIRO F.I.J., A oferta de Talassoterapia em Portugal, Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. 2011.
- 7 MOURELLE M.L., Microalgas e Cianobactérias marinhas en Cosmética y Talasoterapia, Tribuna Termal: Turismo de Salud y Bienestar, 39, 64-68. 2018.
- Fonte:https://rce.casadasciencias.org/rceapp/art/2021/067/
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