SAIBA COMO IDENTIFICAR AZEITE EXTRAVIRGEM E POR QUE ELE REDUZ RISCOS DE DOENÇAS CARDÍACAS E CÂNCER

   


Nosso Azeite Extravirgem


Figurando dentre as muitas dádivas do Mediterrâneo, pequenas no tamanho e intensas no sabor, as oliveiras produzem ouro líquido em forma de azeite e, para que elas cheguem palatáveis às nossas mesas, atravessam vários processos de seleção, curtição e envase.

A Itália faz parte do grupo de maiores produtores mundiais de azeite. Quase todas as regiões italianas apresentam produção: o cultivo de oliveiras acontece em 18 das 20 regiões italianas. E, na Toscana, particularmente, a produção de azeite é tão importante que já foram estudados e catalogados 79 tipos de variedades originais. Aquém da indústria, produzir o próprio azeite é atividade bastante comum – muito mais do que se imagina.

A colheita manual é uma grande tradição. Retiram-se as azeitonas dos galhos, que caem em rede estendida sob a árvore. A rede é recolhida e as azeitonas são armazenadas em caixa arejada e não muito cheia porque o peso faz com que as azeitonas de baixo sejam espremidas. Se você imaginou saborosas, reconsidere: são esquisitas, com sabor muito diferente da azeitona em conserva!

O próximo passo (e deve ser em 48 horas para não haver fermentação) é levá-las até a máquina para extração do azeite. O melhor azeite vem desta primeira extração, que será guardado em vasilhames apropriados por aproximadamente um ano. Todo o restante continuará a ser extraído, mesmo que para fritura, até que sobrem bagaços. São necessários 5 a 6 quilos de azeitonas para a produção de um litro de azeite e a média é de 30 a 50 quilos por árvore.

A diferença entre as azeitonas verdes e pretas está no grau de maturação – a colheita deve ter início quando 50 a 60% dos frutos estiverem quase totalmente maduros (entre os meses de outubro e novembro). Cabe dizer que a azeitona palatável não é a mesma que produz o azeite.

Por ser uma árvore frutífera de clima temperado, as oliveiras precisam do frio para a indução floral e produção de frutos. E para ser considerado extravirgem, o processo de extração do azeite precisa ser 100% livre de produtos químicos e com controle de temperatura

Da área costeira do Mediterrâneo até a Toscana Central, os sabores se tornam cada vez mais fortes: em Chianti, Siena e Arezzo, o azeite extraído possui cor verde mais intensa e sabor mais picante. Um azeite extravirgem pode ser chamado de “Toscano” desde que satisfaça os requisitos especificados na regulamentação de produção, chamado de “disciplinare di produzione”.

Assim, considerado principal produto na dieta mediterrânea pelas propriedades altamente benéficas para a saúde, inclusive na prevenção do envelhecimento, o azeite é a gordura natural mais utilizada.

Além disso, não há quem resista aos encantos da mesa italiana, regada por autêntico azeite de sabor frutado, intenso e picante. Toda vez que se sentar à uma távola italiana, lá estará o azeite. Está feito o convite!

Vi aspettiamo qui presto!


Fonte:https://luminosita.it/villa-due-ss/nosso-azeite-extravirgem/

Qual é a diferença entre os azeites de oliva virgem, extravirgem e refinado?

Você costuma ficar confuso na hora de comprar o azeite de oliva? Há tantas opções no mercado, não é? As três variedades mais conhecidas são a virgem, a extravirgem e a refinada. Mas você sabe qual é a diferença entre elas? Qual é a mais saudável? 

“Todos os azeites de oliva têm como matéria-prima a azeitona. O que os diferencia é o número de etapas de refinamento pelas quais passam. Isso altera a acidez do óleo, ou seja, a qualidade. Quanto menor for seu índice de acidez mais benefícios ele terá”, explica Daísa Mara Pinhal, nutricionista do Oba Hortifruti, em São Paulo.

Dos três tipos, o que tem menor acidez (até 1%) é o extravirgem, por isso, aposte nele! Esse óleo possui substâncias que combatem o colesterol ruim. Também impede o depósito de gordura abdominal, afinando a cintura e afastando o risco de doenças cardíacas e diabetes. Só não pode abusar na quantidade, pois uma colher de sopa contém cerca de 108 calorias! O ideal é consumir duas colheres de sopa por dia: uma no almoço e outra no jantar.

E como deve ser usado? É recomendável utilizá-lo em pratos que não vão ao fogo, como, saladas, pães, queijos e outros petiscos. Se aquecido, esse óleo pode perder suas propriedades benéficas.

“Já para pratos quentes, como carnes, o azeite virgem é a melhor opção. Mesmo sendo um pouco mais ácido que o extra (até 2%), ao ser aquecido, seu aroma é ressaltado e seu sabor é mais adocicado”, afirma a especialista.

E o tipo refinado? Melhor usá-lo em frituras. Ele tem mais de 2% de acidez; porém, ainda assim, é mais saudável que o óleo tradicional de soja, por exemplo. Mas cá entre nós, o melhor mesmo é não consumir frituras, não é? Assim você manterá uma vida mais saudável.

Fonte: Abril (http://goo.gl/cH3Hor)

Saiba como identificar azeite extravirgem e por que ele reduz riscos de doenças cardíacas e câncer

Conheça as propriedades presentes no óleo, que é extraído da azeitona, e conheça quais benefícios à saúde ele pode oferecer. Nesta sexta, Globo Repórter fala de produtos produzidos no Brasil.

Por Paulo Gonçalves, EPTV e g1 Campinas e Região

27/10/2023 03h00  Atualizado há 4 horas


Para além do aroma, tempero na salada ou auxiliar na cocção de um prato gastronômico, azeite é um produto clássico profundamente estudado e que pode trazer relevantes benefícios à saúde. O alimento, que é um óleo vegetal extraído da azeitona, fruto da Oliveira, está entre os mais comuns da culinária contemporânea e possui categorias que estão diretamente ligadas ao quão bem ele pode fazer ao organismo.

O famoso azeite extravirgem, a categoria máxima do óleo, é o "mundo ideal" da qualidade dos azeites e é o tipo que mais proporciona benefícios. Mas, afinal, é possível identificar um extravirgem em casa? Como? Quais são exatamente os pontos positivos dele para a saúde e quais doenças podem ser evitadas? Conheça essas respostas abaixo, item por item, por meio de uma entrevista com um pesquisador da Unicamp, em Campinas (SP), que se debruça sobre o tema.


Nesta sexta-feira (27-10-2023), o Globo Repórter apresenta um programa especial sobre produtos feitos dentro do Brasil, entre eles, o azeite. O conteúdo é uma co-produção em parceria com a EPTV, afiliada da TV Globo.


O que é um azeite extravirgem? 🌿


De acordo com o coordenador de laboratório de nutrigenômica da Unicamp, Dennys Esper Cintra, o azeite só é extravirgem se tiver um uma conjunto de propriedades chamado de compostos fenólicos, que possuem várias substâncias diferentes nas quais cada uma tem uma ação específica para o organismo.

Além dos compostos fenólicos, a outra propriedade do azeite - neste caso, não só do extravirgem - é o ácido oleico, um lipídio presente em abundância no azeite de oliva e que também promove uma série de benefícios ao corpo como a prevenção de diversos distúrbios.


Como o azeite faz bem à saúde? 🧬


O azeite extravirgem, por meio da ação dos compostos fenólicos, diminue os riscos, por exemplo, de doenças cardíacas e câncer, por conta de uma ação antioxidante.

"O que eu gostaria de destacar são os antioxidantes e esses antioxidantes podem reduzir o risco, por exemplo, de doenças cardiovasculares ou de alguns tipos específicos de câncer. Eu não estou falando que ele trata o câncer ou a doença cardíaca instalada, mas ele reduz a chance do desenvolvimento dela e isso é muito importante", disse o pesquisador.

 Além da diminuição de riscos de doenças cardíacas e do câncer, o professor afirmou que o azeite também contribui para a preservação da memória. "Eu não estou falando que você vai melhorar a sua memória, mas com o processo de envelhecimento, a natureza dessa característica que é reduzir um pouquinho a memória, o azeite tem compostos e esses compostos podem ajudar a preservar isso por mais tempo", completou Cintra.

Por fim, há ainda a possibilidade de preservação de níveis de colesterol, o que também acontece no azeite virgem.

"O azeite virgem não tem os compostos fenólicos, mas o ácido oleico também é muito bom. Ele é uma gordura estável, reduz o risco de dislipidemia, que é o colesterol alto. É um super instrumento que a gente da nutrição tem para usar no tratamento das dislipidemias. Ele equilibra os níveis", explicou.


Como identificar um azeite extravirgem? 🔎


Além das características químicas, que caracterizam o azeite extravirgem pela presença dos compostos fenólicos, o produto também pode ser identificado por meio de experiências sensoriais que podem ser feitas dentro de casa. Veja detalhes no vídeo acima.

"Em casa, por exemplo, só que a base de treino, a gente vai perceber que o azeite é extravirgem por causa de algumas notas sensoriais, de, por exemplo, picância e amargor, que atestam para a gente. Não é uma alegação química, mas é uma percepção caseira de que você está diante de um produto de qualidade", afirmou o professor.

 

Cuidado ⛔ Azeite pode ser aquecido? 🔥


Segundo Dennys Esper Cintra, a primeira prensa da azeitona do azeite extravirgem, para que ele mantenha as características, deve ser feita a frio porque o calor elimina os compostos fenólicos. Por isso, quando o azeite é usado em uma temperatura muito alta, os compostos são perdidos e, a partir daí, os benefícios à saúde deixam de existir.

"A literatura científica já tem mostrado isso para a gente há bastante tempo, que acima de 80 graus, os compostos fenólicos são perdidos. Isso torna o azeite ruim? De jeito nenhum, mas os benefícios dos compostos fenólicos a gente vai perder. Portanto, a dica é: em cocções onde você precisa ter uma temperatura elevada, é interessante usar o azeite virgem, porque s enão a gente acaba tendo um desperdício de dinheiro. A temperatura extremamente elevada induz o surgimento de substâncias tóxicas dentro do óleo. A gente chama isso aí de acroleína, que é extremamente danosa ao organismo humano e considerada tóxica", finalizou.



Fonte:https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2023/10/27/saiba-como-identificar-azeite-extra-virgem-e-por-que-ele-reduz-riscos-de-doencas-cardiacas-e-cancer.ghtml


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