Carnaval: maquiagem, adereços e protetor solar aumentam risco de
conjuntivite tóxica
Diferente da conjuntivite bacteriana, a conjuntivite tóxica não é
contagiosa, pois é desencadeada por um agente químico
01/02/2024
14:00
Com a chegada do Carnaval, a alegria e a
festividade tomam conta das ruas, mas um alerta importante vem do campo da
saúde ocular. Nesse período, o excesso de maquiagens, adereços e até o protetor
solar próximo aos olhos costumam causar vermelhidão e ardor. O que nem todo
mundo sabe é que esses itens ampliam as chances de conjuntivite tóxica.
Conforme
explica o médico oftalmologista Tiago
César Pereira Ferreira, filiado às Academias Brasileira,
Americana e Europeia de Oftalmologia, a conjuntivite tóxica acomete a córnea e
a conjuntiva. “Alguns dos sintomas são vermelhidão, inchaço das pálpebras,
lacrimejamento e, em alguns casos, ceratite (inflamação). Diferente da
conjuntivite bacteriana, a conjuntivite tóxica não é contagiosa, pois é
desencadeada por um agente químico”.
Estudo recente do Instituto Penido Burnier revelou
dados alarmantes: dos 270 casos de conjuntivite registrados durante o verão,
20% foram diagnosticados como conjuntivite tóxica. Esses casos são
frequentemente atribuídos ao contato acidental de produtos como protetor solar
(46%), bronzeadores e cremes faciais (39%), e maquiagens, incluindo cola para
cílios postiços (15%), com os olhos.
Essa
forma de conjuntivite se distingue das causadas por vírus ou bactérias. “Ela é
desencadeada pela exposição a substâncias químicas e não é contagiosa. Pode
causar irritação ocular intensa, inchaço das pálpebras, vermelhidão,
lacrimejamento e, em alguns casos, pode resultar em ceratite, uma inflamação da
córnea”, relata Tiago César.
O problema torna-se mais comum no
carnaval devido ao uso excessivo de produtos cosméticos na região facial e ao
suor, que pode transportar essas substâncias para os olhos. “É necessário
atenção para a escolha e uso de protetores solares e maquiagens, dando
preferência para os oftalmologicamente testados e próprios para uso na região
dos olhos”. No caso dos protetores solares, ele pontua ainda as fórmulas em
bastão, já que a textura e viscosidade evitam que escorra para os olhos.
Quanto aos adereços de carnaval, Tiago César
recomenda verificar a embalagem e a procedência. “Escolha produtos seguros,
testados dermatologicamente e oftalmologicamente. Para usar nos olhos,
certifique-se de que são produtos próprios para isso e, em caso de dúvidas, não
deixe de consultar seu oftalmologista de confiança.
Fonte: https://www.em.com.br/saude/2024/02/6795601-carnaval-maquiagem-aderecos-e-protetor-solar-aumentam-risco-de-conjuntivite-toxica.html
Comentários
Postar um comentário