IDOSOS SERÃO MAIS DE 40% DA POPULAÇÃO ATÉ 2100: QUEM VAI CUIDAR DELES

  

O dentista Leonardo Tiengo revela que tinha um preconceito muito grande para deixar o pai em uma casa sênior. "Lutei muito contra isso; achava que estava abandonando ele". — Foto: Flávio Tavares/O Tempo

Idosos serão mais de 40% da população até 2100: quem vai cuidar deles?

Projeção do Ipea joga luz sobre um tema para lá de relevante: o envelhecimento das pessoas, que obriga mudanças urgentes, tanto de políticas públicas, do mercado como um todo quanto das famílias

Por Cristiana Andrade, Maria Irenilda, Milena Geovana e Queila Ariadne Publicado em 21 de abril de 2024 | 05h00

 

O Brasil está ficando a cada dia mais velho. Uma projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, até 2100, os idosos serão 40,3% da população brasileira. 
 
A Mais Conteúdo de O TEMPO se debruçou sobre o tema do envelhecimento em busca de respostas para questões como quem vai cuidar desse contingente? Os filhos, parentes? Cuidadores profissionais? Casas de repouso? E quem vai cuidar de você na sua velhice, você já parou para pensar nisso? 

A reportagem especial "Tempo de Envelhecer: quando viramos pais de nossos pais", divulgada ao longo da última semana, trouxe a visão de especialistas; de filhos que já cuidam dos pais; de proprietários de instituições de longa permanência; do secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva; e de uma senhora que escolheu viver em uma casa de idosos.

Aceitar que os pais estão envelhecendo e precisam de apoio para coisas corriqueiras, como marcar o médico e acompanhá-los, pode assustar. E muitas pessoas não estão preparadas para essa mudança.

A professora de gastronomia para crianças, Mônica Veríssimo, 48, conta que se deu conta do envelhecimento da mãe, Valéria, quando há dois anos ela caiu e quebrou a coluna. "Minha mãe ficou praticamente inválida por uma semana. Foi desesperador", revela. 

Da noite para o dia, o dentista Leonardo Tiengo, 43, viu o pai perder a mobilidade após sofrer um acidente vascular cerebral. Depois de mergulhar nos cuidados com o pai, ele parou para reavaliar tudo o que estava vivendo. E depois de muito refletir, tomou a difícil decisão de levá-lo para uma instituição de longa permanência de idosos. Como ele, muitas pessoas vivem a dúvida e a angústia sobre levar o parente para uma casa sênior. 

Essas são algumas das histórias que integram o especial, que foi divulgado em um caderno impresso, no dia 15, em reportagens diárias publicadas no portal de O TEMPO ao longo da semana passada e, por meio de seis episódios de podcasts. 

"Tempo de Envelhecer" falou também sobre a ausência de políticas públicas robustas em nível federal - e o caso da política para idosos, praticada no município de Belo Horizonte, que entre várias ações, tem o programa “Maior Cuidado”, que disponibiliza cuidadores para quem não pode pagar. 

Além disso, retratou os golpes, de toda natureza, que vitimizam diversas pessoas idosas todos os dias. Principalmente os casos de estelionato aplicados por telefone, que são os mais comuns. 

Se você não conseguiu ouvir a série de podcasts ou ler as reportagens, refazemos o convite para conhecer o trabalho. Vem com a gente?

Ouça abaixo cada um dos seis episódios:
 


Para ler o especial completo, com todas as reportagens da série especial "Tempo de Envelhecer: quando viramos pais de nossos pais", clique aqui.

Fonte:https://www.otempo.com.br/mais/idosos-serao-mais-de-40-da-populacao-ate-2100-quem-vai-cuidar-deles-1.3407643

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