HÁBITOS SAUDÁVEIS DIMINUEM RISCOS DE DEMÊNCIA

Hábitos saudáveis diminuem risco de demência

Hábitos saudáveis diminuem risco de demência

Pesquisa em países desenvolvidos mostrou que percentual de idosos com demência diminuiu na última década; neurologista atribui resultado a hábitos mais saudáveis
Um estudo realizado na Inglaterra e no País de Gales apontou que o percentual de idosos, acima dos 65 anos, com algum tipo de demência diminuiu na última década. Outra pesquisa, feita na Dinamarca, mostrou que pessoas acima dos 90 anos se saíram melhor em testes de habilidade mental aplicados em 2010 em relação aos da mesma faixa etária que fizeram o exame no início da década.
De acordo com Ivan Okamoto, neurologista e coordenador do Núcleo de Excelência em Memória do Einstein, os resultados podem ser atribuídos, nesses três países, aos hábitos de vida das pessoas. “Lá eles têm mais condições de controlar doenças e costumam ser bem orientados sobre a importância de uma alimentação adequada e da atividade física.”
Como ainda sabemos pouco sobre as demências, os hábitos saudáveis, segundo o neurologista, são a única explicação para os índices demenciais tão baixos registrados pelos estudos. “Sabemos que a causa é uma somatória de fatores genéticos e ambientais. E, por enquanto, o que conhecemos é que apenas ter hábitos de vida saudáveis, principalmente aos 40 e 50 anos, influenciam para evitar a doença no futuro.”

Tratamento e cura não são impossíveis

Apesar de ainda não termos chegado a uma cura ou tratamento para várias doenças que comprometem a capacidade cognitiva e intelectual, Okamoto explica que as pesquisas apontam para o caminho certo. “Já descobrimos qual o processo cerebral que causa o Alzheimer, agora precisamos saber como impedi-lo”, explica.
Atualmente, enquanto a cura é incerta, medidas de controle da doença são conhecidas. “Buscamos estabilizá-la, dando mais alguns anos de vida ao paciente, o que, no caso dos idosos, é considerado uma grande qualidade de vida”.
A tendência, afirma Okamoto, é que uma vez estabilizada (doença), a pessoa não sofra mais danos degenerativos após alguns anos. “Não sabemos exatamente porque, mas após os 90 anos, caso a pessoa não tenha Alzheimer, a tendência é que ela não sofra mais com o problema. Ou seja, apesar de a doença ser cada vez mais comum conforme o avançar dos anos, depois de certa idade, o índice de pessoas doentes para de subir.”

As demências no Brasil

De acordo com o especialista do Einstein, estima-se que só no Brasil existam aproximadamente um milhão e meio de pessoas com Alzheimer - e a probabilidade de diminuição do índice é menor do que em relação aos países mais desenvolvidos. “Aqui a qualidade de vida é pior. Geralmente as pessoas trabalham mais e não têm tanta atenção com uma alimentação adequada”, alerta o médico. “Exames em dia, atenção com a alimentação e atividade física são coisas que ajudam a nos manter longe das demências”.
Fonte:Ivan Okamoto, neurologista
http://www.einstein.br/einstein-saude/bem-estar-e-qualidade-de-vida/Paginas/habitos-saudaveis-diminuem-risco-de-demencia.aspx
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