Apesar de sua importância para o organismo, colesterol oferece muitos riscos à saúde quando valores são altos, podendo provocar infartos e AVC — Foto: Pexels
Colesterol: mitos e verdades sobre a substância que é fator de risco para infarto e AVC
No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, especialistas esclarecem as principais questões sobre a lipoproteína. Saiba também quais são as taxas ideais de HDL, LDL e VLDL no sangue
Por Gabriela Bittencourt, para o EU Atleta — Aberystwyth, País de Gales
08/08/2019 10h10 Atualizado há 6 anos
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), as taxas ideais no sangue devem ser:
- Colesterol total: abaixo de 190 mg/dl.
- HDL: acima de 40 mg/dl.
- VLDL: entre 2 e 30 mg/dl.
- LDL:
- Para pacientes de risco cardiovascular baixo: abaixo de 130 mg/dl.
- Para pacientes de risco cardiovascular intermediário: abaixo de 100 mg/dl.
- Para pacientes de risco cardiovascular alto: abaixo de 70 mg/dl.
- Para pacientes de risco cardiovascular muito alto: abaixo de 50 mg/dl
Cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Marcelo Bichels Leitão antecipa o alerta sobre os impactos do colesterol alto para a saúde cardiovascular.
– Esse é um fator de risco mais do que comprovado para infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, ao formar placas na parede das artérias que podem levar a obstruções e rupturas – diz.
Apesar de ser causa desses dois graves problemas cardiovasculares, o médico endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP) Osmar Monte comenta que não se pode taxar o colesterol como uma "molécula do mal", uma vez que ele é importante para o nosso organismo e responsável pela formação de diversos hormônios. Não é à toa que, quando os níveis no sangue estão muito baixos, pode haver um aumento do risco de câncer.
– Ninguém vive sem colesterol, que faz parte da nossa estrutura de membranas celulares – comenta Monte, acrescentando porém que a hipercolesterolemia, ou seja, o aumento da concentração dessa molécula no sangue, é a doença genética mais frequente na população.
Não dá mesmo para contestar a importância do tema. Mas não há como negar também que esse assunto gera muitas dúvidas entre as pessoas. Por isso, conversamos com os médicos para explicar os principais mitos e verdades sobre colesterol alto. Conheça!
- O colesterol é sempre um vilão - MITO
Essa molécula também é responsável pela formação de vários hormônios e faz parte da estrutura das membranas celulares. Contudo, se está presente em níveis elevados no organismo, aí sim é um vilão.
Contamos com duas fontes de colesterol: a alimentação, responsável por cerca de 20%, e a produção do próprio organismo pelas gônadas (ovários e testículos), glândulas suprarrenais e, principalmente, pelo fígado, responsável por 80%. O LDL, conhecido como "colesterol ruim", transporta o colesterol do fígado para as células periféricas. Nesse processo, ele pode ser depositado nos vasos sanguíneos e formar placas nas paredes das artérias, a temida aterosclerose. Mas também há o HDL. Conhecido como "colesterol bom", retira o colesterol das células periféricas e levando-o de volta ao fígado, onde é metabolizado e excretado na forma de sais biliares.
- Infartos e AVC podem ser provocados por colesterol alto - VERDADE
O LDL circula pelo organismo unido a partículas de proteínas, que levam o colesterol para as células periféricas, podendo ser depositado, por exemplo, nos vasos sanguíneos. Assim, é formada a placa aterosclerose, que causa doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral. Dessa forma, é fundamental manter taxas baixas de colesterol LDL no sangue para diminuir o risco de aterosclerose e, consequentemente, as chances de sofrer um infarto ou AVC.
Colesterol alto é problema que tem fator genético forte e pode se manifestar ainda na infância — Foto: Pexels
- Colesterol alto também é um problema genético - VERDADE
A hipercolesterolemia é apontada como a doença genética mais frequente na população. Estima-se que uma criança a cada 300 a 500 nascimentos é afetada pelo problema. Se a pessoa tem antecedentes familiares de doenças cardiovasculares precoces e colesterol alto, por exemplo, o componente genético terá influência nos níveis dessa molécula no sangue do indivíduo.
- Problemas de colesterol elevado não têm idade - VERDADE
Colesterol alto é muito influenciado pelo fator genético. Dependendo da mutação que a criança herda dos pais e da gravidade, a hipercolesterolemia pode aparecer já na infância, e não apenas quando for um adulto jovem ou mais idoso. Há mais de 1,6 mil alterações genéticas possíveis e, dependendo do nível, o problema pode se manifestar mais precocemente.
Quando há antecedentes familiares de colesterol alto e problemas cardiovasculares, a recomendação é medir o colesterol da criança a partir dos 2 anos. Caso seja detectado um valor acima do limite, é preciso tratar para evitar a ocorrência de doenças cardiovasculares precoces. Os riscos de sofrer um infarto do miocárdio entre 30 e 40 anos, faixa etária em que é muito grave, são aumentados quando os cuidados não começam na infância. Mas se estiver tudo normal com os níveis, o exame de sangue deve ser repetido anualmente. A partir dos 10 anos, todas as crianças precisam medir o colesterol uma vez ao ano.
Vale acrescentar que quem tem os valores de colesterol elevados deve realizar a medição a cada três ou quatro meses, dependendo da orientação do médico que faz o acompanhamento. Já para quem tem esses níveis dentro do limite, os exames podem ser anuais.
- Só quem está acima do peso ou obeso pode apresentar altos níveis colesterol - MITO
Como principal causa é genética, o indivíduo não precisa ser obeso ou estar acima do peso para ter um aumento de colesterol. Pessoas magras também podem ter hipercolesterolemia. Inclusive quem está dentro do peso ideal e pratica atividades físicas regularmente pode apresentar colesterol alto. Nesses casos, a medição desses valores deve ser um exame de rotina.
Apesar do fator genético ser muito importante, consumo de alimentos ricos em gordura animal ou ácidos graxos também contribui para aumento do colesterol — Foto: Pexels
- Alimentos industrializados ricos em gordura contribuem para aumento do colesterol - VERDADE
Alimentos industrializados que contêm ácidos graxos trans, também conhecidos como gordura trans, contribuem para o colesterol elevado. A presença desse componente deixa os alimentos mais macios e saborosos, mas faz muito mal para qualquer pessoa. No caso de indivíduos que já têm o componente genético para a hipercolesterolemia, o consumo de ácido graxo trans será ainda mais prejudicial.
- A alimentação é a principal causa da alta do colesterol - MITO
A maior parte do colesterol, cerca de 80%, é produzida pelo fígado, pelas gônadas (ovários e testículos) e glândulas suprarrenais. A alimentação influi em apenas 20%.
- Alimentos ricos em gordura animal são os principais influenciadores do aumento o colesterol, quando se considera a alimentação - VERDADE
Cabe ressaltar, no entanto que a capacidade de absorção intestinal do colesterol ingerido é limitada a 300 mg por dia. Isso significa que ao ingerir 1g de colesterol, por exemplo, seu corpo só consegue absorver 300 mg. O restante é eliminado nas fezes.
Consuma mais saladas. As fibras vegetais ajudam a diminuir a absorção de colesterol no intestino — Foto: Unsplash
- Uma alimentação rica em fibras ajuda a equilibrar os níveis de colesterol - VERDADE
Uma dieta rica em fibras vegetais contribui para diminuir a absorção dessa molécula pelo intestino. O colesterol é um produto do reino animal. Vegetais têm fitoesteróis. Esses componentes presentes nas plantas competem com o colesterol na absorção intestinal. Quanto mais fibras vegetais na dieta, menor será a absorção do colesterol. Isso porque a fibra se adere a essa molécula e aumenta as chances de excretá-la.
- Cortar gorduras animal e trans da alimentação e ingerir mais fibras é suficiente para reduzir os valores do colesterol no sangue - MITO
A dieta consegue baixar o colesterol plasmático em torno 10% a 15%. Se mesmo com essa mudança na alimentação os valores continuarem altos, é preciso entrar com tratamento medicamentoso. O principal medicamento usado é a estatina, que bloqueia a produção de colesterol no organismo e pode ser prescrita a partir dos 8 anos. Há ainda a ezetimiba, que pode ser associada ao tratamento para diminuir a absorção do colesterol no intestino, além de novos medicamentos liberados para a prática médica que auxiliam na redução desses valores.
A prática de exercícios aeróbicos não diminui o mau colesterol, mas ajuda a aumentar o bom — Foto: Pexels
- Exercícios aeróbicos diminuem o colesterol no sangue - MITO
Atividades físicas não têm impacto sobre a desejada diminuição do colesterol ruim. No entanto, há uma boa notícia: elas têm influência sim sobre o também desejado aumento do colesterol bom. Portanto, mexa-se!
- O estilo de vida não tem importância, uma vez que o fator genético é determinante para o colesterol alto e é possível fazer uso de medicamentos - MITO
Os maus hábitos alimentares e o sedentarismo também influenciam no aumento do colesterol. Sem contar que promovem uma piora geral da saúde e também são fatores de risco para obesidade, diabetes e outras doenças crônicas.
É importante fazer uma dieta saudável que seja pobre em gorduras saturadas trans, especialmente de origem animal, e carboidratos, além de rica em vegetais. Nesse processo, evite alimentos processados e ultraprocessados. Cozinhar em casa é sempre a melhor pedida. Opte também pelo consumo regular de vegetais, incluindo saladas, especialmente com folhas, nas suas refeições.
Deve-se ainda incorporar a prática de atividades físicas à rotina. Associe exercícios aeróbicos, como corridas, mas também trabalhos de força e musculação.
Estudos demonstram que LDL pode ser diminuído em cerca de 4,5% com a prática de exercícios de força e musculação — Foto: Pexels
No caso dos exercícios aeróbicos, há demonstrações de que a prática ajuda a aumentar o colesterol bom, o HDL, em 4%. No caso do LDL, é importante comentar que existem dois tipos de partículas, aquelas que são maiores e menos densas e as que são menores e mais densas. Os exercícios aeróbicos não influenciam nos níveis totais do HDL. É por isso que ao realizar exames de sangue após incorporar essa prática ao dia a dia os valores podem se manter altos por um tempo. No entanto, esse tipo de atividade, quando realizada por 150 a 300 minutos semanais, contribui para mudar o perfil do LDL. Os exercícios aeróbicos aumentam as partículas grandes e diminuem as menores, que, por serem mais densas, têm mais facilidade de se depositarem na parede das artérias.
Crianças também devem adotar essas mudanças no estilo de vida, evitando uma alimentação rica em gorduras animais e trans e abandonando o sedentarismo. Cada vez mais, meninos e meninas se movimentam menos, optando por permanecer na companhia de seus eletrônicos. Esse comportamento pode favorecer o aumento do colesterol precocemente, inclusive entre crianças que não têm o componente genético.
Crianças, com predisposição genética ou não, precisam adotar estilo de vida mais saudável para evitar problemas decorrentes de colesterol elevado na infância e na vida adulta — Foto: Pexels
- Para manter os valores do colesterol sob controle, eu só preciso usar medicamento - MITO
O primeiro passo no tratamento do colesterol é adotar uma dieta saudável, fazer atividades físicas e controlar o peso. Quem tem alguns quilos a mais precisa promover essa redução na balança. Se mesmo com essas mudanças no estilo de vida o colesterol continuar alto, é hora de entrar no tratamento com medicamentos.
Vale comentar que, quando se faz uso de remédios para tratar colesterol, atua-se apenas sobre esse problema. Ao associar esse tratamento à prática de exercícios aeróbicos, de força e musculação, atua-se não apenas nos níveis de colesterol, mas também na melhora dos valores de açúcar no sangue, reduzindo as chances de diabetes; no controle a pressão arterial; e na diminuição do sobrepeso e da obesidade.
Fonte:https://ge.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/colesterol-mitos-e-verdades-sobre-a-substancia-que-e-fator-de-risco-para-infarto-e-avc.ghtml
Colesterol: confira mitos e verdades sobre um dos maiores vilões da saúde cardiovascular
Colesterol é um tipo de lipídio (gordura) essencial para o funcionamento do nosso corpo.
Por g1
15 mitos e verdades sobre o colesterol — Foto: Adobe Stick
🩸As doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, são as principais causas de morte no Brasil, com mais de 300 mil óbitos ao ano. E o colesterol alto, que segundo o Ministério da Saúde está presente em 40% da população brasileira, tem grande relação com estes números.
O colesterol é um tipo de lipídio ("gordura") que compõe a membrana das células do nosso corpo e que também é precursor da formação de hormônios e vitaminas. Ele é essencial para diversas funções, mas seu excesso está associado a diversos problemas de saúde, especialmente doenças cardiovasculares, como AVC e infarto.
O colesterol é essencial para o funcionamento do nosso corpo, porque ele participa de diversas funções biológicas essenciais, como na estrutura das células, na produção de hormônios - como testosterona, estrógeno, progesterona - e vitaminas, na formação da bile - necessária para digestão das gorduras - e para formação da bainha de mielina, que protege os neurônios, acrescenta o médico. Apesar de o colesterol ser essencial, é preciso manter seus níveis sob controle.
Os alimentos ricos em gordura trans, gorduras saturadas e ultraprocessados são as principais fontes alimentares de colesterol ruim, com impacto nos níveis do LDL.
Abaixo, nesta reportagem, confira 15 mitos e verdades sobre o colesterol apresentados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM):
MITOS:
1. ❌ O consumo de proteínas, como o ovo, aumenta o colesterol
O ovo é rico em colesterol, além de também ser fonte de outros nutrientes como vitamina D, colina (importante para o tecido nervoso), ferro, vitamina A e luteína (que auxiliam a prevenir problemas de visão).
Como qualquer alimento, seu uso deve ser equilibrado e integrado a uma dieta equilibrada. A quantidade diária depende de diversas questões relacionadas à saúde de cada indivíduo.
Em geral, a quantidade de até 2 ovos ao dia é ser benéfica para a maioria das pessoas, sem maiores riscos de alteração do colesterol ou outros índices.
2. ❌ Chás ou água de berinjela ajudam a diminuir o colesterol
Não há comprovação científica de que chás ou água de berinjela reduzam significativamente o colesterol ou a pressão arterial.
Portanto, não são recomendados como tratamento eficaz. Naturalmente, uma dieta equilibrada pode incluir este vegetal como forma de obter nutrientes e evitar o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas.
3. ❌ O abacate pode aumentar o colesterol
O abacate é rico em gordura monoinsaturada, que pode ajudar a aumentar o colesterol bom (HDL) e diminuir o ruim (LDL). Apesar disso, deve ser consumido com moderação, devido ao seu alto valor calórico.
4. ❌ Pessoas magras não têm colesterol alto
Mesmo pessoas magras podem apresentar colesterol alto devido a fatores genéticos, que não são tão raros quanto se imagina. Os determinantes dos níveis de colesterol são complexos e não envolvem apenas o peso. Logo, todas as pessoas estão sujeitas a níveis elevados de colesterol, independentemente do IMC (índice de massa corpórea).
5. ❌ Óleo de coco diminui o colesterol e ajuda a emagrecer
O óleo de coco é uma gordura saturada e pode aumentar o colesterol. Além disso, é altamente calórico e não contribui para o emagrecimento.
6. ❌ Remédios para baixar o colesterol devem ser suspensos após algum tempo de uso, pois podem causar problemas de saúde
A manutenção ou suspensão dos medicamentos para controle do colesterol deve ser discutida com um médico. Muitos pacientes necessitam de uso contínuo para obter benefícios na prevenção das doenças cardiovasculares e os estudos clínicos atestam a segurança do uso prolongado dessas medicações.
7. ❌ Remédios para reduzir o colesterol não são seguros para idosos
Estudos mostram que esses medicamentos são seguros e benéficos para idosos quando bem indicados. Alguns trabalhos sugerem que pelo menos 30% dos idosos no Brasil possuem níveis elevados de colesterol.
Nesta faixa etária, o cuidado com o colesterol deve ser redobrado, tendo em vista a maior frequência de comorbidades que aumentam o risco cardiovascular, como hipertensão arterial e diabetes mellitus.
A adesão a longo prazo às medicações para controle do colesterol ainda é relativamente baixa no Brasil, em torno de 20 a 30%. O índice é problemático, pois o efeito destas medicações na proteção cardiovascular exige seu uso contínuo e só se manifesta no longo prazo, segundo o médico endocrinologista Joaquim Custódio Jr, também professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e presidente do Departamento de Dislipidemias e Aterosclerose da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia):
“Conscientizar as pessoas sobre o adequado controle do colesterol é essencial para reduzir a ocorrência de eventos cardiovasculares em nossa população”, afirma o médico.
8. ❌ Suplementos contendo ômega 3 são saudáveis e devem ser utilizados na prevenção das doenças cardiovasculares e para abaixar o colesterol
A dieta rica em ômega 3 demonstrou benefícios cardiovasculares, mas isso não foi comprovado com o uso de suplementos de ômega 3.
Na realidade, esses suplementos podem até elevar o colesterol ruim. O ômega 3 pode ser útil para a redução dos níveis de triglicérides (um tipo de gordura que circula em nosso organismo), mas a relação do seu consumo com a redução de eventos cardiovasculares ainda é considerada incerta.
Fontes naturais de ômega 3 incluem peixes de água fria - como salmão, atum e sardinha - algumas sementes – como linhaça e chia - e nozes.
9. ❌Reduzir excessivamente os níveis de colesterol no sangue pode levar à demência pela falta de colesterol para as células
Estudos indicam que a redução dos níveis de colesterol é segura, mesmo a níveis muito baixos. As células do nosso organismo são preparadas para produzir o seu próprio colesterol sem depender do colesterol do sangue. Por outro lado, não tratar o colesterol elevado, especialmente em pacientes de alto risco cardiovascular, está associado a alguns tipos de demência.
VERDADES
1. ✅ Colesterol elevado está associado ao envelhecimento das artérias
O LDL (colesterol ruim) elevado contribui para o envelhecimento das artérias através da formação de placas de gordura. Essas placas resultam em inflamação, oxidação e enrijecimento das paredes arteriais, reduzindo sua elasticidade e capacidade de fluxo sanguíneo.
2. ✅ O colesterol elevado está associado a alimentação e fatores genéticos
Setenta por cento do colesterol é produzido pelo fígado, mas os demais 30% são provenientes da alimentação e estilo de vida. Portanto, é importante também adotar hábitos saudáveis.
3. ✅ Distúrbios do colesterol devem ser rastreados na população
Homens a partir de 35 anos e mulheres a partir dos 45 anos devem ser rastreadas para níveis elevados de lipídios (gorduras) no sangue. Mas em casos específicos, a recomendação de idade pode mudar para a partir até de 20 anos em homens e mulheres, quando o (a) paciente apresentar um dos fatores de risco como diabetes, história prévia de doença coronariana ou doença aterosclerótica, história familiar de doença cardiovascular em homens abaixo dos 50 e mulheres abaixo dos 60 anos de idade, tabagismo, hipertensão e obesidade.
4. ✅ O excesso de colesterol pode causar infarto e AVC (acidente vascular cerebral)
O excesso colesterol LDL, que é conhecido como o "colesterol ruim”, está associado às doenças cardíacas. Uma estimativa realizada pelo grupo do estudo Carga Global de Doenças, iniciativa mundial coordenada pela Universidade de Washington, nos EUA, em 2019, aponta que pelo menos 6% da população brasileira convive com doenças cardiovasculares, sendo as mais prevalentes a doença arterial coronariana (que afeta a circulação do coração) e a doença cerebrovascular (que compromete a irrigação do cérebro).
5. ✅ Dietas que cortam carboidratos podem aumentar o colesterol
Se os carboidratos forem substituídos por gorduras saturadas, como é comum em algumas dietas, o colesterol pode aumentar. Recomenda-se que os carboidratos consumidos sejam de boa qualidade, com predomínio de carboidratos complexos (ricos em fibras) e menor consumo de carboidratos refinados, como o açúcar.
6. ✅Crianças também pode ter colesterol alto
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a primeira avaliação do colesterol seja realizada entre os 9 e 11 anos de idade, podendo ser antecipada em caso de histórico familiar de dislipidemias ou condições cardiovasculares precoces. Se os níveis de colesterol forem elevados, o endocrinologista deve ser consultado para definir o risco cardiovascular individual e planejar o tratamento adequado.
Um estudo recente, coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta que em torno de 20% das crianças e adolescentes do Brasil possui níveis de colesterol acima dos limites adequados para a faixa etária, acendendo um alerta para o possível desenvolvimento de doença cardiovascular precoce.
Fonte: Departamento de Dislipidemias e Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
https://g1.globo.com/saude/noticia/2024/08/28/colesterol-confira-mitos-e-verdades-sobre-um-dos-maiores-viloes-da-saude-cardiovascular.ghtml
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